Evento será promovido pela Itaipu Binacional e parceiros do programa Itaipu Mais que Energia nos dias 28 e 29 de maio e contará com lançamento de programa voltado à expansão da coleta seletiva
A Itaipu Binacional irá promover nos próximos dias 28 e 29 de maio, em Belém (PR), o 2º Seminário de Educação Ambiental. O evento será realizado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. Além de especialistas, educadores e pessoas da comunidade, o seminário contará com a participação de catadores de materiais recicláveis da capital paraense.
Organizado em parceria com os governos federal, estadual e municipal, o evento faz parte dos preparativos para a 30ª Conferência Mundial do Clima (COP30), que acontece em novembro em Belém. A Itaipu, a pedido do governo federal, e por conta de sua experiência na participação de outras edições da COP, tem atuado em várias frentes para preparar a cidade para o evento.
Uma dessas frentes é o convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP30, parceira entre a Itaipu, Itaipu Parquetec, Fadesp (Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento da UFPA) e Prefeitura de Belém. É no contexto desse convênio que se dará o seminário, que terá como destaque a participação professor e ambientalista Marcos Sorrentino, que dirige o departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Além dos debates, rodas de conversa e apresentação das oficinas que acontecerão em Belém, será lançado o programa “Coleta Mais Belém”, que trata de expandir a coleta seletiva de resíduos na capital paraense, em parceria com as cooperativas de catadores Concaves, Aral, ACCSB, e Filhos do Sol.
Esta ação de educação ambiental integra diversas outras, compondo um dos eixos do convênio. Em dezembro do ano passado, na primeira edição do seminário, o líder indígena, ambientalista e escritor Ailton Krenak ministrou palestra sobre crise ambiental, cosmologia indígena e ancestralidade.
Ao todo, o convênio prevê a realização de três seminários sobre educação e sustentabilidade, instalação de biodigestores nas escolas e a realização de dez oficinas sobre: horta comunitária; biojoia; aproveitamento do resíduo do óleo de cozinha; jogos educativos e grafitti; coleta seletiva; fotografando, pintando e colando com a natureza; e coleta seletiva. Cada oficina contará com 20 participantes, incluindo professores, estudantes, pais de alunos e lideranças comunitárias.
O convênio
O convênio Gestão de Resíduos Sólidos, Educação Ambiental e Inovação em Bioeconomia para Belém rumo à COP30 atua em cinco eixos que, juntos, visam a apoiar a gestão de resíduos na cidade e promover a economia criativa e circular, startups ligadas à bioeconomia e em um protótipo de barco movido à hidrogênio.
Entre as ações do convênio, está a o apoio com a reforma e compra de equipamentos dos locais de trabalho de quatro associações de catadores de Belém, na mesma proposta metodológica que a Itaipu e Itaipu Parquetec desenvolvem em municípios do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul, constituindo, assim, as Unidades de Valorização dos Recicláveis (UVR).
Além das reformas e equipamentos, há a contratação de técnicos que apoiam os catadores em questões legais e na venda dos recicláveis, além de alimentarem um programa chamado “reciclómetro” que mensura a quantidade de recicláveis que estão sendo comercializados e a renda que está sendo revertida para as associações mensalmente.
No escopo do projeto também estão sendo realizadas diversas ações de educação ambiental com as escolas e as comunidades, como oficinas temáticas, peças de teatro e uma formação EAD, com o curso “A Sustentabilidade na Prática Pedagógica”, que será oferecido aos professores das escolas da rede municipal.

Biodigestores
Nesta etapa, 32 escolas da rede municipal de ensino foram contempladas com o projeto, incluindo as unidades de Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro e região das Ilhas. Em 31 escolas já foram instalados biodigestores, utilizados para o processamento e reaproveitamento do resíduo orgânico, produção de fertilizantes e biogás.
A produção do biodigestor permite à escola economizar na conta de gás de cozinha. Ao mesmo tempo, mostra como produzir biogás com o resto de alimentos e outros resíduos orgânicos. Cada biodigestor instalado tem a capacidade de tratar 10 quilos de resíduo orgânico e prover sete horas de gás por dia, deixando de emitir oito toneladas de CO2 por ano.