[102-7; 103-2; 103-3]Desempenho econômico

A Itaipu Binacional investe em projetos de pesquisa e inovação para o desenvolvimento energético e tecnológico que possam ser colocados a serviço da empresa e da sociedade, com ênfase em fontes de energias renováveis, e tendo em vista o desenvolvimento sustentável da sua área de influência. Todas as suas ações nesse âmbito são alinhadas aos Princípios do Pacto Global e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 7, 8, 9, 11 e 13). E, também em consonância com o compromisso assumido pelo Brasil de reduzir em 43% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, durante a Conferência do Clima da ONU de 2015, a COP 21.

Embora não haja uma área específica de P&D+I na Empresa, o compromisso com o tema faz parte do Plano Empresarial, Políticas e Diretrizes Fundamentais, Política Binacional de Sustentabilidade e Política Setorial de Energias Renováveis. A Itaipu, para atender ao seu Objetivo Estratégico 11, busca firmar parcerias com institutos de pesquisa e ensino, nacionais e internacionais, disseminar o conhecimento técnico e científico produzido dentro da Usina e compartilhar com outras iniciativas em desenvolvimento no mercado.

Algumas dessas iniciativas são orientadas pela Universidade Corporativa da Itaipu (UCI) com gestão das áreas interessadas e outras são realizadas descentralizadamente pelas unidades organizacionais, via convênios e acordos de cooperação.

A Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), instituição criada e mantida há 13 anos pela Binacional para gerar conhecimento científico, é a principal parceira da Itaipu em pesquisa e inovação. O espaço reúne instituições de ensino e pesquisa, entidades governamentais e empresas da iniciativa privada. Esse modelo busca o melhor aproveitamento dos recursos investidos em infraestrutura, otimização e complementação de competências, por meio da operação em rede.

Dentre os incentivos à inovação, a Itaipu realiza workshops internos para prospecção de novas linhas de pesquisa, com foco na demanda de colaboradores para melhorias do desempenho operativo da usina. Além disso, estabelece parcerias com instituições de ensino para disponibilizar cursos de doutorado, mestrado e especialização no âmbito dos projetos de pesquisa.

Esse ambiente científico e inovador é sentido a partir da presença física, na Entidade, de cursos da Universidade do Oeste do Paraná (UNIOESTE), do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação (ITAI) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).

Áreas de interesse da Itaipu em P&D+I:

  • Produção de energia
  • Tecnologias de transmissão
  • Segurança de barragem
  • Modernização da usina
  • Meio ambiente
  • Tecnologia de informação
  • Tecnologia social
  • Tecnologias de energia renovável
  • Mobilidade elétrica sustentável

Prêmio Eureka!

Criado em 2010, o Prêmio Eureka passou por uma revisão em 2017 que visa ampliar as possibilidades de participação dos empregados interessados em contribuir com ideias inovadoras para a criação de novos produtos e melhoria de processos. Devido a esta revisão, conseguiu-se instituir uma abordagem binacional e universalizada do Prêmio que possibilitará, em 2018, a integração e o compromisso dos empregados brasileiros e paraguaios na implementação de soluções únicas e compartilhadas

Destaca-se, no entanto, o resultado gerado pelo projeto Medicamentos Vencidos – Recursos Renovados, premiado em 2016. O objetivo é ajudar as pessoas a darem a destinação correta para medicamentos não consumidos na validade. Em apenas três meses de funcionamento no Edifício Parigot de Souza, em Curitiba, foram recolhidos sete quilos de remédios que tiveram descarte adequado. Cada quilo de remédio descartado de forma incorreta, no lixo ou na rede de esgoto, pode afetar 450 mil litros de água, assim, cerca de 3,150 milhões de litros de água deixaram de ser contaminados.


Centro de Pesquisas Avançadas em Segurança de Barragens (Ceasb)

Formou mais de 700 pessoas em segurança de barragens

O Ceasb do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) já formou mais de 700 pessoas em segurança de barragens, sendo 22 doutores. O Centro desenvolve pesquisas e soluções para segurança de usinas, principalmente para a Itaipu Binacional. O objetivo desses estudos é aumentar a compreensão dos diversos fenômenos envolvidos na barragem e nas turbinas, colaborando para o aumento da segurança e da vida útil dessas estruturas. As simulações, feitas em computadores de alto desempenho do laboratório do Ceasb, baseiam-se nos dados fornecidos pela Itaipu para promover a atualização tecnológica da hidrelétrica. Em 2018, o Ceasb comemora 10 anos com objetivo de ampliar a sua atuação em parcerias nacionais e internacionais.


Produção de Biometano

A Itaipu e o CIBiogás inauguraram em 2017 uma unidade de demonstração de biogás e biometano instalada na Usina com tecnologia 100% nacional. O biogás gerado a partir do tratamento de resíduos orgânicos de restaurantes e da poda de grama dentro da Usina é transformado em biometano, que é utilizado como biocombustível para abastecer aproxidamente 25% da frota (21 veículos próprios). Até 2020, a empresa pretende substituir 50% da frota por veículos elétricos ou que utilizem biometano.

Os projetos de mobilidade a biometano tem como objetivo criar alternativas de uso do biocombustível, fortalecendo toda a cadeia do biogás na região oeste do Paraná, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, a utilização de combustíveis tradicionais e a utilização de biofertilizantes na agricultura.

Nesse sentido, a Itaipu assinou um acordo de cooperação tecnológica com a fabricante italiana de tratores New Holland para estimular a produção de biometano como combustível veicular. A Empresa é responsável pelo projeto de adaptação do trator italiano movido a biometano às características naturais do Brasil. A propriedade escolhida para testar o trator no Brasl foi a Granja Haacke, de Santa Helena, que possui uma estrutura adequada e é parceira da Itaipu desde o início dos trabalhos com a produção e uso do biometano na cadeia produtiva.


Atividades de P&D+I Desenvolvidas ou Apoiadas pela Itaipu
Segurança de barragens
Objetivo Desenvolver técnicas de inteligência computacional relacionadas ao comportamento e segurança de barragens, por meio do Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb), e pesquisa aplicada sobre os comportamentos das estruturas e seus respectivos materiais.
Investimentos 2017: US$ 531.145,20 2016: US$ 572.842,12 2015: US$ 763.620,74
Parceiros Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Principal resultado em 2017 Desenvolvimento do aplicativo Sistema Coletores de Itaipu, que auxilia no registro e na sincronização das leituras realizadas nos milhares instrumentos de monitoramento (auscultação) da barragem de Itaipu.

Tecnologias de transmissão e distribuição
Objetivo Realizar pesquisas, testes e verificações do desempenho dinâmico de bem utilizá-las e divulgá-las no campo das ciências e das águas. equipamentos e sistemas associados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em plataforma digital de simulação em tempo real no Laboratório de Automação e Simulação de Sistemas Elétricos (Lasse).
Investimentos 2017: US$ 851.321,15 2016: US$ 819.446,20 2015: US$ 897.012,40
Parceiros Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).
Principal resultado em 2017 Desenvolvimento de um sistema de monitoramento de transformadores para gerenciamento e visualização via web de informações dos transformadores das unidades geradoras 9A e 18A.

Pesquisas em Hidrogênio
Objetivo Desenvolver estudos no Núcleo de Pesquisas em Hidrogênio (NUPHI) que possibilitem que a Itaipu, no futuro, extraia hidrogênio a partir da água e energia excedentes. Armazenado em grandes cilindros, na forma de gás, o hidrogênio pode ser utilizado em células a combustível e produzir energia elétrica para abastecer residências, indústrias e até veículos elétricos.
Investimentos 2017: US$ 172.624,20 2016: US$ 111.380,23 2015: US$ 52.725,78
Parceiros Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Eletrobras e Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Principal resultado em 2017 Análise de trabalhos experimentais sobre o ciclo da vida do hidrogênio, a eficiência energética da planta instalada e do uso do hidrogênio em células a combustível para sistemas auxiliares de energia, a combustão de biometano enriquecido com hidrogênio e o desenvolvimento de novas membranas poliméricas para células a combustível.

Centro Internacional de Hidroinformática
Objetivo Aprimorar a gestão dos recursos hídricos com soluções de hidroinformática, promovendo o desenvolvimento e a inovação, formando capacidades para
Investimentos 2017: US$ 322.109,74 2016: US$ 338.887,09 2015: US$ 752.128,80
Parceiros Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Programa Hidrológico Internacional (PHI) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização Latino-Americana de Energia (Olade), Universidade Tecnológica Ferderal do Paraná (UTFPR), Agência Nacional das Águas (ANA) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Principal resultado em 2017 Desenvolvimento e apresentação do Atlas de Energia Solar do Paraná, como uma feramenta de consulta e análise do potencial de irradiação solar e da geração de energia elétrica fotovoltaica no estado. Também foram destaques os estudos de potencial energético hídrico e de biomassa florestal e residual animal na BP3.

[413-1] Plataforma de Energias Renováveis
Objetivo Difundir o uso das fontes de energias renováveis e tecnologias energéticas eficientes, com ênfase no biogás, por meio do desenvolvimento de projetos que possibilitem criar novas oportunidades de negócio e proporcionar autonomia energética para os setores agropecuário e agroindustrial, paralelamente a um processo de saneamento ambiental.
Investimentos 2017: US$ 1.935.236,12 2016: US$ 1.898.828,97 2015: US$ 2.148.508,09
Parceiros Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás), Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Agência Internacional de Energia (IEA), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Florestas), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (SEBRAE/PR), Sistema OCEPAR, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e cooperativas da Região Oeste do Paraná.
Principal resultado em 2017 Inauguração em junho da unidade de demonstração de biogás e biometano, instalada na área da Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu (PR), e desenvolvida com tecnologia 100% nacional. Atualmente são tratados em média 800 quilos por dia de grama e 600 quilos por dia de resíduos orgânicos de restaurantes, produzindo 4.500 m³ de biogás por mês, utilizados como biocombustível para abastecer 71 veículos movidos a biometano, que representam 25% da frota. Também foi elaborado a primeira edição do Relatório de Biogás e Biometano do Mercosul, com casos de sucesso e informações sobre o potencial para a geração de energia a partir das biomassas disponíveis nos quatro países.

Novas oportunidades de negócio com uso de energias renováveis


[413-1] Veículo Elétrico
Objetivo Fomentar a pesquisa e a inovação na tecnologia para desenvolvimento de soluções em mobilidade, e apoiar iniciativas de desenvolvimento de fontes de energia renováveis e limpas, buscando-se a eficiência energética e o desenvolvimento sustentável da área de influência.
Investimentos 2017: US$ 2.336.070,22 2016: US$ 1.425.278,46 2015: US$ 1.907.103,22
Parceiros Entidades de ensino e pesquisa, empresas públicas e privadas, nacionais e internacionais.
Principal resultado em 2017 O projeto do Sistema de Compartilhamento Inteligente (SCI) de veículos elétricos, completou 1 ano de operação e atendeu colaboradores de Itaipu e do PTI em deslocamentos dentro da margem brasileira da usina. Estão previstos a instalação de mais 3 postos em 2018. Estão em andamento acordos de cooperação com o exército brasileiro para a instalação de sistema de armazenamento de energia em localidades de difícil acesso ou isoladas. Conclusão das obras do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica Sustentável, com mais de 3 mil m² distribuídos em laboratórios, oficinas, ferramentaria e showroom. A frota de veículos elétricos evitou a emissão de 23,84 toneladas de CO2 e o projeto Veículo Elétrico gerou aproximadamente 367 matérias espontâneas publicadas na mídia externa durante o ano, economizando investimentos estimados em R$ 2.581.000,00.

Eficiência energética e o desenvolvimento sustentáve