Transformador amplia transmissão para o Paraguai

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Um novo transformador, que chegou à usina de Itaipu no último sábado (24), irá aumentar a capacidade de transmissão de energia para o Paraguai. O equipamento, o autotransformador TX 375 MVA, está sendo instalado na subestação da margem direita (do lado paraguaio da usina) e começará a operar em setembro. 
       

O equipamento recém-chegado vai integrar um conjunto com o RX, que já foi instalado e comissionado. O TX vai compor um banco de transformadores na subestação no lado paraguaio. O objetivo é aumentar a confiabilidade e a disponibilidade da energia fornecida ao Paraguai.

    
O equipamento foi fabricado pela empresa ABB, de Guarulhos, e custou R$ 7,9 milhões. Além do conjunto TX/RX, está em fase de licitação a compra de outro banco de transformadores para a margem direita – o T5/R5, que vai operar em conjunto com os demais transformadores da subestação.
    
Transporte
   
O transporte deveria ser feito em duas semanas, mas acabou se estendendo para 55 dias devido a fortes chuvas, neblina, trâmites burocráticos e ao grande movimento de veículos nas estradas. As proporções da máquina também atrapalharam. São 165 toneladas distribuídas num bloco de cinco metros de altura, quatro de largura e nove de comprimento. Uma operação que exige muitos cuidados.
    
Puxado por dois caminhões e duas carretas, o autotransformador ocupou quase duas pistas, por isso, precisou de autorização especial para rodar, e acompanhamento da Polícia Rodoviária Federal e das concessionárias de pedágio. Além disso, a velocidade de transporte não passava de 40 km/h. Por dia, eram percorridos, no máximo, 80 km.
    
Eliseu Rodrigues de Morais, que entregou o autotransformador no sábado, conhece bem o caminho até a usina. Ele foi um dos motoristas que, em 1981, trouxe a primeira turbina para Itaipu. Mesmo com as estradas melhores, caminhões mais potentes e bem equipados, Elizeu acha que o transporte era mais fácil há 32 anos, quando ele ingressou na profissão. “A estrada era pior, mas, hoje, o que atrasa mesmo é a burocracia”, conta o homem que já se acostumou a dormir no pequeno quarto/cabine. É lá que ele guarda as fotos que ganhou do transporte da primeira turbina. “Foi um dos trabalhos que mais gostei de fazer”, relembra.
     
Todo o percurso foi acompanhado por empregados de Itaipu, que prestam apoio à empresa contratada, principalmente na questão de documentação.

 

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