Itaipu reforça compromisso com transição energética justa e inclusiva na Cúpula dos Povos

Foto: Ruan de Souza/Itaipu Binacional

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A coordenadora de gênero da Binacional, Victoria Corrêa, destacou as ações da usina que aliam inovação tecnológica e responsabilidade social

Em discurso durante o painel “Por uma transição energética interseccional, justa, popular e inclusiva”, nesta sexta-feira (14), promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Cúpula dos Povos, a coordenadora de gênero da Itaipu Binacional, Victória Corrêa, destacou as ações para a transição energética que aliam inovação tecnológica e responsabilidade social.

O evento, que acontece em Belém (PA) em paralelo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), reúne representantes de movimentos sociais e da sociedade civil para debater soluções para a crise climática.

Victória ressaltou o reposicionamento da Itaipu, sob a nova gestão do Governo do Brasil, comprometida com as pautas sociais e ambientais. Um dos marcos desse novo momento, disse, foi a recente decisão de promover uma reparação histórica às comunidades indígenas Avá-Guarani impactadas pela construção da usina, um ato realizado em parceria com o INCRA e a FUNAI.

“Depois de 50 anos, este é um passo corajoso, especialmente vindo de onde eu venho, uma região do agronegócio, no oeste do Paraná. Isso demonstra o compromisso de Itaipu com as pautas sociais a partir do novo governo Lula”, afirmou.

Foto: Ruan de Souza/Itaipu Binacional

Inovação a serviço da inclusão

A representante da Itaipu detalhou as iniciativas da empresa para diversificar a matriz energética e democratizar o acesso a novas tecnologias. Entre as ações, está a instalação de painéis de energia solar em instituições sociais, como APAEs, asilos e associações comunitárias.

A medida permite que os recursos economizados na conta de energia sejam reinvestidos em suas atividades finalísticas. “Levar usinas fotovoltaicas para instituições sociais é impactar a vida das pessoas que mais precisam”, disse Victória.

Outra frente de atuação é o projeto-piloto Cozinhas Comunitárias Sustentáveis, que proporciona transição energética e tecnologia social para cozinhas solidárias em diversas partes do Brasil, incluindo uma unidade recém-inaugurada em Ananindeua, região metropolitana de Belém.

As cozinhas são equipadas com painéis fotovoltaicos e biodigestores, que transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha, garantindo sustentabilidade financeira e ambiental. “É muito importante que as comunidades entendam e se apropriem de que elas também devem ter acesso a novas formas de energia”, pontuou.

No campo da pesquisa e desenvolvimento, Itaipu investe em transição energética, com foco no desenvolvimento de carros elétricos e veículos movidos a biometano. Soma-se a isso a recente apresentação do primeiro barco da América Latina movido 100% a hidrogênio verde, uma tecnologia totalmente desenvolvida na Itaipu.

Victória enfatizou ainda a importância de conectar o debate sobre mudanças climáticas com a realidade das comunidades, por meio de uma governança participativa. “A gente precisa debater as mudanças climáticas, mas precisamos fazer com que as pessoas se sintam parte do processo. Assim, a gente tem conseguido fazer avançar esse debate nos territórios de uma forma mais leve”, apontou.

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