Estrutura é considerada vital para a hospedagem de delegações durante a COP30. Cerca de 3.900 cabines com capacidade de até 6 mil leitos serão ofertados em dois transatlânticos. Inauguração será neste sábado (1º)
A Companhia Docas do Pará (CDP) inaugura neste sábado (1º) a revitalização e ampliação do Porto de Outeiro, obra essencial para aumentar a capacidade de hospedagem de Belém (PA) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Realizada com investimentos de R$ 233 milhões da Itaipu Binacional, a reforma vai permitir a atracação de dois transatlânticos que vão disponibilizar aproximadamente 3.900 cabines com capacidade de até 6 mil leitos durante a realização do evento.
Além de atender às operações de navios de cruzeiro durante a COP30, a reforma consolida o porto como um ativo estratégico para o turismo marítimo e para a logística regional. “O novo Porto de Outeiro é uma obra estratégica, que deixará um legado duradouro para o turismo e a logística regional. Com o novo píer, Outeiro poderá receber cruzeiros turísticos mesmo após a COP30, impulsionando o desenvolvimento local, gerando renda e ampliando oportunidades. Belém está preparada para mostrar ao mundo que a Amazônia urbana tem voz, capacidade e soluções. O Terminal Portuário de Outeiro será uma das portas da Amazônia”, afirmou o diretor-presidente da CDP, Jardel Silva.

A obras permitiram ampliar o píer de 261 para 716 metros e foram realizadas em tempo recorde, com as operações ocorrendo ininterruptamente desde o dia 17 de abril deste ano. Além da ampliação do píer, o local ganhou uma nova estrutura para o receptivo dos participantes da COP, que vai contar com transporte de ônibus contínuo e gratuito, para o local do evento, no Parque da Cidade.
Uma nova ponte entre a ilha de Caratateua (onde fica Outeiro) e Belém, construída pelo governo do Pará, viabiliza essa logística. Com 507 metros de extensão, a ponte estaiada Pastor Firmino Gouveia tem 10,5 metros de largura e foi inaugurada no último dia 18 de outubro. Com a ponte, o tempo de deslocamento foi reduzido em cerca de 30 minutos.
Um dos principais desafios em Outeiro foi a implantação de colunas de concreto e aço enterradas a quase 50 metros abaixo do leito do rio para reforçar a estrutura e permitir a atracação de embarcações de grande calado, como no caso dos navios de cruzeiro. Para agilizar, as estruturas de aço da base das pontes de ligação foram pré-fabricadas em um estaleiro próximo, sendo então lançadas diretamente na baía e, por serem flutuantes, foram puxadas por rebocadores até o local de instalação, num processo que aproveitou o movimento e variações da maré para o posicionamento exato.

Para o diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, a revitalização do Porto de Outeiro é uma prova da capacidade da engenharia nacional de desenvolver e prover soluções em um curto espaço de tempo, diante da importância da realização de um evento como a COP30 no País. “A Itaipu, por meio deste investimento, reafirma seu compromisso em apoiar o governo do Brasil na realização da COP como parte da estratégia da empresa de contribuir com o desenvolvimento sustentável do País, especialmente no contexto do enfrentamento da mudança climática”, afirmou Verri.
Ao longo dos seis meses de execução da obra, foram gerados 745 empregos (382 diretos e 363 indiretos). As obras motivaram Michel Antônio dos Reis, técnico em elétrica e telecomunicações que há 15 anos vivia no Rio de Janeiro, a retornar com a família para sua terra natal. Hoje, ele é vizinho do Porto de Outeiro. “Posso dizer que eu tenho o conforto de trabalhar próximo da minha casa, com um bom salário. Graças a Deus, estão ofertando emprego para muita gente. E isso vai continuar, não só com essa obra, mas com a interligação da ilha com Belém, trazendo melhores condições de vida, emprego e renda para quem vive aqui”, afirmou Michel.
 
				 
								 
								 
								 
								 
															 
								 
								

 
											






