Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis, lembrou do pioneirismo de 20 anos de Itaipu no setor

O superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Rogério Meneghetti, participou nesta quarta-feira (13) da mesa redonda “Aplicações do Biogás na Agroindústria Brasileira”, realizado no Museu Paraense Emílio Goeldi. O evento faz parte da programação da COP30, em Belém (PA).
Meneghetti lembrou que a Itaipu investe em soluções de biogás há duas décadas e que vem avançando nos projetos de combustíveis renováveis, como o desenvolvimento de petróleo sintético, o bio-syncrude, usando biogás e hidrogênio verde, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).
A novidade representa um avanço significativo na economia circular e na busca por combustíveis de baixo carbono. O projeto, que em março era apenas uma ideia, materializou-se em uma ampola do biocombustível. A intenção, segundo os envolvidos, é apresentar a solução como um exemplo concreto do potencial da bioeconomia brasileira para o mundo.
Durante o debate, focado no Projeto GEF Biogás Brasil, uma iniciativa liderada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o superintendente destacou ainda como o biogás deixou de ser uma solução de nicho para se tornar um pilar estratégico e imprescindível na descarbonização da economia.
Itaipu começou a investir em combustíveis renováveis, entre outros motivos, para proteger o reservatório de resíduos da agroindústria – essa é uma característica na região, conhecida por ser uma das maiores produtoras de suínos e de aves no país – e hoje colhe os frutos de um ecossistema consolidado.
“O biogás é uma solução de triplo impacto: ambiental, social e econômico. Ele transforma um passivo ambiental em um ativo energético, reduzindo a poluição, gerando renda para o produtor rural e fortalecendo nossa matriz energética”, afirmou Meneghetti.

Desde 2018, o número de plantas de biogás no Brasil saltou de aproximadamente 500 para mais de 1,6 mil. “A atuação de Itaipu foi fundamental para pavimentar o caminho, especialmente por meio da criação de Unidades de Demonstração e da ‘tropicalização’ e adaptação de tecnologias à realidade climática, cultural e produtiva do Brasil.”
O painel mediado pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Gomes de Almeida Filho, também contou com a participação do diretor presidente do CIBiogás, Felipe Marques, e da coordenadora do Curso de Economia Circular e Inovação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Ana Paula Bernardes.






