Realizado no Pavilhão Brasil da Zona Azul, evento reuniu presidentes de algumas das principais empresas públicas ligadas ao governo brasileiro, com mediação da ministra Esther Dweck
O papel da empresa pública na promoção de uma sociedade mais justa e em equilíbrio com o meio ambiente, capaz de enfrentar a mudança global do clima, foi tema de um evento realizado nesta tarde de segunda-feira (10) no Pavilhão Brasil na COP30, em Belém. Promovido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o painel reuniu presidentes de algumas das principais empresas ligadas ao governo do Brasil: Itaipu Binacional, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Nordeste.
As empresas trouxeram exemplos de ações climáticas, desde a geração de energia limpa e inovações tecnológicas para a transição energética (no caso da Itaipu) ao financiamento de soluções para uma economia de baixo carbono, da recuperação de solos agrícolas degradados ou de obras públicas de mitigação e adaptação das cidades para eventos climáticos mais severos e frequentes (no caso dos bancos).

“Defendemos um estado eficiente e com propósito”, afirmou a ministra Esther Dweck (MGI), responsável pela mediação do painel, referindo-se à estratégia de mobilizar as estatais para adotarem metas climáticas e contribuírem com a transição ecológica. “Não existe transição ecológica sem um estado efetivo e, não é possível entregar essa transição sem instrumentos empresarias diretos ou indiretos”, completou a ministra, que também é integrante do Conselho de Administração da Itaipu.
Durante o evento, os participantes assinaram uma declaração aberta sobre o papel das empresas públicas na promoção da transição energética justa e da transição ecológica. A ideia, segundo a ministra, é engajar outros países para aderirem a essa declaração, estimulando ações de mitigação e adaptação climática.

O diretor-geral da Itaipu, Enio Verri, destacou o papel da empresa na segurança energética do Brasil e do Paraguai, contribuindo para que ambos os países figurem entre aqueles que detêm maior participação de renováveis na matriz elétrica. Além disso, ressaltou o baixo custo da energia fornecida por Itaipu, a segunda menor tarifa do País, o que ajuda a puxar para baixo os valores da conta de luz.
“A Itaipu também está na vanguarda da transição energética, contribuindo com inovações como a fotovoltaica flutuante, biogás e hidrogênio verde, além de iniciativas sociais e ambientais que contribuem para aumentar a resiliência frente à mudança climática”, afirmou Verri.
Também participaram do debate a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante; o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes; e o presidente do Banco do Nordeste, Wanger Antônio de Alencar Rocha.






