Itaipu Binacional apresentou iniciativas em transição energética justa e proteção do reservatório
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e conselheira da Itaipu Binacional, Esther Dweck, destacou o papel estratégico das empresas estatais brasileiras na transição ecológica e na promoção de um novo ciclo de desenvolvimento produtivo e sustentável. A fala ocorreu na abertura do Encontro Global de Empresas Estatais, Desenvolvimento e Ação Climática, realizado nesta quarta-feira (15), no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. O evento antecede a agenda do Governo do Brasil para a Conferência das Partes, a COP 30, que acontece em novembro em Belém (PA).

Segundo a ministra, a agenda climática exige que o Estado brasileiro atue de forma planejada e articulada, com governança sólida, investimento público eficiente e valorização do serviço público. “A transição ecológica requer mais Estado, mas um Estado melhor, que planeja, coordena, investe e aprende com a sociedade. As estatais são parte dessa resposta: elas são o patrimônio do país e o instrumento de futuro”, disse.
Dweck enfatizou que as empresas públicas têm papel essencial na formação de pessoas, no desenvolvimento tecnológico e na redução de incertezas para o setor privado, criando mercados e estimulando inovação em áreas como energia limpa, infraestrutura verde e biocombustíveis sustentáveis, e isso deve constar na agenda das estatais da COP 30.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, participou da abertura e do painel sobre “Transição Energética Justa: a janela de oportunidade é agora”, destacando o compromisso da empresa com a agenda climática e social do país. O tema também será levado pela Itaipu em um evento paralelo da COP 30.
“Itaipu é exemplo concreto de como uma empresa estatal pode unir eficiência, inovação e responsabilidade socioambiental. Nossos investimentos mostram que o Estado pode ser indutor do desenvolvimento sustentável”, afirmou.

Verri ressaltou que a energia limpa e acessível, produzida por Itaipu, é base para a soberania energética do Brasil e do Paraguai. “A transição justa precisa garantir que a sustentabilidade caminhe junto com o desenvolvimento social e a redução das desigualdades”, completou.
Ação coordenada
O encontro reuniu especialistas, dirigentes de organismos internacionais e representantes de empresas públicas para discutir o papel das destas na ação climática global.
Participaram também a secretária de Governança das Estatais, Elisa Leonel, e representantes da Petrobras, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e outras empresas públicas brasileiras e estrangeiras.
Durante o evento, as falas convergiram em torno da necessidade de governos e empresas agirem de forma coordenada na descarbonização da economia, com planejamento público, inovação tecnológica e foco na geração de empregos de qualidade.