Plantas medicinais chegam a Diamante D’Oeste

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Cerca de 40 trabalhadores rurais do assentamento Ander, que reúne 109 famílias em Diamante D’Oeste, participaram nesta terça-feira de um dos 34 cursos sobre plantas medicinais organizados pelo Programa Cultivando Água Boa. Na mesma ocasião, foram entregues equipamentos de apicultura, uma parceria entre Itaipu e a prefeitura de Diamante D’Oeste.

 

      Integrantes da associação comunitária Aciens conversam com moradores do assentamento Ander O curso faz parte do Programa de Plantas Medicinais, que existe há cinco anos e é voltado para comunidades quilombolas, indígenas e trabalhadores assentados. Em Diamante D’Oeste, o curso foi ministrado pela farmacêutica Loici Coletto, o engenheiro agrônomo Nilton Magione e a educadora Maria Margarida, todos da associação comunitária Aciens.

 

Para a assentada Cilda Ristoff, o programa valoriza uma prática já realizada por eles. “Cultivo muitas ervas em meu quintal, já temos o costume de produzir, mas vim aqui aprender um pouquinho mais”, disse.

 

    As plantas medicinais são uma alternativa                econômica aos produtos vendidos nas farmácias. De acordo com o gestor do Projeto de Agricultura Familiar de Itaipu, Miguel Isloar Sávio, o objetivo do programa é levar conhecimento sobre técnicas de extração, produção e conservação das plantas medicinais e fomentar o uso desses fitoterápicos. O curso, segundo ele, resgata o uso de plantas medicinais entre os trabalhadores rurais.

 

Sávio acredita que, com os incentivos do programa, a produção de plantas medicinais pode chegar à escala de mercado. Já foram construídos 130 hortos nos municípios da Bacia do Paraná 3 e capacitadas mais de 2.500 pessoas. Em Pato Bragado, uma agroindústria já produz em escala industrial. “Por não usarem agrotóxicos, os produtores de plantas medicinais ainda contribuem com a preservação do meio ambiente”, acrescenta.

 

De plantas a abelhas

 

Os trabalhadores do assentamento Ander também receberam equipamentos para apicultura. São 200 caixas de colméias, além de macacões, fumegadores, seladoras e centrífugas. Em maio, 30 famílias fizeram um curso ministrado pelo Senai e agora vão colocar em prática o que prenderam.

 

“O apicultor é um ecologista nato; é do seu interesse proteger flores e plantas dos agrotóxicos”, disse Sávio. Segundo ele, tanto a apicultora quanto as plantas medicinais estão dentro da filosofia do Cultivando Água Boa. Sávio defende o mel como um produto sadio e nutritivo, que pode garantir a segurança alimentar das pessoas.Gente como a assentada Aladia Kozak, que tem três filhos pequenos. Para ela, a novidade vai reforçar a alimentação das crianças.

 

Segundo Sávio, a produção de mel já traz bons dividendos às famílias da BP3. São 11 associações, que reúnem cerca de 2 mil apicultores, e respondem por uma produção de 2 mil toneladas de mel por ano. Em Diamante D’Oeste vai ser uma alternativa à produção leiteira do assentamento.

 

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