A tão almejada integração entre os povos do América Latina ganhou um sentido prático, na manhã de sexta-feira, durante o segundo e último dia do seminário “Saberes em discussão: políticas públicas para a cooperação com o Mercosul”, no Auditório César Lattes, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
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Durante a mesa-redonda intitulada “Papéis e perspectivas da cooperação internacional com os países do Mercosul e o Paraná”, o diretor-superintendente da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), Juan Carlos Sotuyo, propôs a criação de um espaço, no PTI, para fomentar negócios que ultrapassem os limites da tríplice fronteira. |
“Proponho que no PTI surja um espaço que atue como uma rede de cooperação internacional, para mostrar e ensinar de modo prático como apresentar projetos, abrir empresas, etc, tudo com respostas rápidas, sem burocracia”, sugeriu Sotuyo. A inspiração para a proposta, segundo Sotuyo, veio de uma viagem à Barcelona, na Espanha, onde ele conheceu um programa que pode servir de modelo para o possível projeto do PTI. A idéia foi bem recebida. “É algo se materializando a partir desse encontro”, ressaltou o ministro do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Estado do Paraná (Erepar), Sérgio Couri.
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O assistente do diretor-geral brasileiro, Paulino Motter, moderou o debate. Além de Sotuyo e Couri, também participou o secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo. |
Para uma platéia formada por muitos profissionais do mundo acadêmico, como professores e reitores de diversas universidades paranaenses, além de representantes de empresas e instituições públicas, o trio deixou as manifestações teóricas um pouco de lado para privilegiar a aplicação prática das formas de integração, inclusive entre instituições de ensino superior.
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Segundo Sérgio Couri, para impulsionar a união entre os países vizinhos, excursões, missões de autoridades e empresários falando de negócios já cumpriram o seu papel. “O momento agora requer a formulação de um plano de ação abrangente”, afirmou. Para Santiago Gallo, ações como a proposta por Sotuyo podem dar origem a projetos com muito potencial para colaborar com a desejada integração. E o lugar onde isso pode acontecer não poderia ser mais adequado. |
“O Paraná, sobretudo a região da tríplice fronteira, pela proximidade geográfica e pela política pública que possui, é fundamental nesse processo”, complementou Gallo. O papel paranaense também foi destacado por Sérgio Couri. “O Paraná tem condições até mesmo de trocar tecnologia de ponta com outras regiões, e é uma alavanca para a integração do Brasil com o Mercosul”, destacou.