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Institucional
Itaipu testa câmeras térmicas
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20/05/2008

Três câmeras térmicas de uso controlado pelo governo norte-americano poderão reforçar o sistema de monitoramento da segurança empresarial de Itaipu. A câmera se baseia em uma leitura da temperatura de pessoas, objetos e ambiente, permitindo uma precisa visão noturna, que não sofre a interferência da iluminação da barragem. Para comprovar a eficiência, o dispositivo foi testado no mirante do vertedouro da margem esquerda.

 

Criada na década de 50, para uso exclusivo das Forças Armadas dos Estados Unidos, a câmera passou por uma evolução tecnológica e hoje pode ser usada na segurança empresarial, medicina e arqueologia. Mas seu uso ainda é controlado. O transporte até o Brasil foi rastreado pelo governo norte-americano, visto a possibilidade do desvio de uso para construção de armamentos bélicos.

Nos testes, a câmera ficou posicionada no mirante do vertedouro e focalizou diferentes distâncias, da margem direita ao bosque do trabalhador na margem esquerda. O objetivo foi testar a capacidade de detecção e de identificação de pessoas. De acordo com o superintendente da Segurança Empresarial, o coronel Rogel Abib Zattar, os resultados foram bastante satisfatórios. “Após o teste, podemos incluir a aquisição dessas câmeras na ampliação dos equipamentos de segurança”, afirmou Zattar.

 

Segundo ele, a compra das câmeras térmicas faz parte do processo de modernização da segurança empresarial, que conta atualmente com cerca de 150 câmeras comuns, além de outras 60 usadas no circuito turístico. As novas câmeras devem ajudar no combate ao furto de cabos de cobre, que embora reduzido, ainda ocorre na empresa.

 

Cores quentes e frias

 

Para identificar pessoas e objetos, a câmera faz uma leitura térmica do ambiente, ilustrando as áreas em tons e cores distintas de acordo com a temperatura. Segundo o engenheiro eletrônico da segurança empresarial, Moacir Fonteque Júnior, as novas câmeras vão fazer uma triangulação entre os mirantes do vertedouro das duas margens e a barragem.

 

Nos testes foi possível detectar pessoas a 700 metros de distância. A uma distância de 400 metros, explicou Fonteque, já foi possível identificar a silhueta das pessoas. “O resultado foi melhor que o garantido pela empresa”, disse.

 

A câmera tem uma lente de 35 mm e proporciona definição de 320 linhas verticais por 240 horizontais, além de atualizar a taxa de nove imagens por segundo. Operadas por joystick, elas podem fazer movimento de giro contínuo de 360º e de inclinação para cima e para baixo