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Itaipu e prefeitura de Foz participam de força-tarefa para trazer brasileiros do Paraguai
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23/04/2020

Brasileiros residentes no Paraguai, que aguardavam uma oportunidade de retorno ao País depois do fechamento das fronteiras causado pela pandemia do novo coronavírus, puderam iniciar o caminho de volta nesta quinta-feira (23), após a articulação de autoridades consulares dos dois países.

A operação envolveu a Itaipu Binacional e a Prefeitura de Foz do Iguaçu, entre outros órgãos, e permitiu a entrada no lado brasileiro da fronteira do primeiro grupo, formado por 60 pessoas.


Primeiro grupo tinha cerca de 60 pessoas. Fotos: Rubens Fraulini.

A estimativa é que aproximadamente 400 brasileiros cheguem à fronteira entre esta quinta e sexta-feira (24), em diferentes horários. A maioria é formada por pessoas provenientes da Região Nordeste do País, que estudam Medicina na capital paraguaia. Para recebê-los, foi feita uma operação na aduana brasileira, em Foz do Iguaçu, envolvendo diversos órgãos – como Polícia Federal, Defesa Civil de Foz do Iguaçu, 9ª Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Itaipu, Unioeste e Unila e outras entidades que integram o enfrentamento da covid-19 na cidade.

De acordo com Jorge Aureo, assessor especial da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu, e representante da empresa no enfrentamento da pandemia, a prefeitura solicitou à Itaipu, em caráter emergencial, o fornecimento de ônibus para transportar os brasileiros, o que motivou a realocação de cinco veículos que transportam os empregados para atender à causa humanitária. “Itaipu sempre estará pronta para ajudar no enfrentamento à pandemia na cidade e proporcionar, nesta ocasião, uma melhor acolhida aos nossos irmãos brasileiros à cidade de Foz do Iguaçu”, afirmou Áureo.

“A prefeitura organizou junto com a Itaipu e o governo do Estado toda uma operação para testar toda pessoa que entra no Brasil por uma das fronteiras em Foz do Iguaçu”, informou o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, que acompanhou a chegada dos brasileiros na aduana. “Temos toda a estrutura para que estas pessoas se sintam protegidas em Foz do Iguaçu e que a cidade se sinta protegida com a chegada delas.”


Todos os passageiros passaram por triagem antes de entrar no Brasil.

Na aduana brasileira, a primeira triagem foi feita dentro do ônibus, antes mesmo do desembarque. O coordenador do enfretamento da covid-19 em Foz do Iguaçu, o médico Luiz Fernando Zarpelon, fez as primeiras perguntas para identificar pessoas com possíveis sinais agudos de gripe. “Elas já foram submetidas a uma triagem em Assunção, mas também temos que fazer este procedimento”, explicou Zarpelon.

Em seguida, elas foram encaminhadas para medir a temperatura, fazer o registro dos documentos e passaram por testes rápidos, que identificam a presença de anticorpos no sangue. Eventuais casos positivos de covid-19 seriam encaminhados ao Hospital Municipal, o que não foi necessário: nenhum integrante do primeiro grupo de repatriado testou positivo. Os brasileiros foram, então, levados, com os ônibus da Itaipu, a um hotel da cidade antes de se deslocarem para suas cidades.

Itaipu contra o novo coronavírus

Itaipu tem sido atuante no enfrentamento ao novo coronavírus em Foz do Iguaçu. A principal medida de apoio foi o encaminhamento de R$ 15 milhões para o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) se reorganizar e adquirir insumos e equipamentos para atender à demanda da doença. O HMCC tem 15 leitos de UTI destinados à covid-19 e 12 leitos de semi-intensivo.

Além disso, o HMCC credenciou o Laboratório de Saúde Única do Centro de Medicina Tropical como representante do Laboratório Central do Paraná para fazer os exames da covid-19, o que diminui o tempo para o resultado dos exames. Entre outras ações, a empresa também adquiriu seis mil testes rápidos e dobrou o fundo de auxílio eventual a entidades beneficentes, de US$ 250 mil para US$ 550 mil, o equivalente a R$ 2,7 milhões.

Os brasileiros que não apresentaram sintomas foram liberados para seguir viagem às suas respectivas cidades de origem ou aguardar em um dos hotéis que disponibilizaram leitos ao município.