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Meio Ambiente
Pesquisa monitora migração de peixes no Canal da Piracema
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03/11/2006

Técnicos da Divisão de Reservatório da Superintendência de Gestão Ambiental da Itaipu, do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura (Nupelia), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e do Grupo de Pesquisas em Recursos Pesqueiros e Limnologia (Gerpel), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo, estão, desde quarta-feira (01), monitorando a migração de peixes no Canal da Piracema. 

 

O trabalho de monitoramento, que é realizado cinco vezes ao ano, tem como objetivo avaliar a funcionalidade do Canal da Piracema para a migração dos peixes entre o rio Paraná e o Lago de Itaipu. Para obter os dados destinados a avaliação, os técnicos estão fazendo a captura de peixes em onze diferentes pontos, desde a foz do rio Bela Vista, onde começa o Canal da Piracema, até o reservatório da Itaipu, onde ele termina. Segundo o coordenador do Nupelia, Wladimir Marques Domingues (foto), todos os peixes capturados são medidos, pesados e identificados quanto ao sexo. As análises também revelam se estão em estado de reprodução e o tipo de alimento que consomem. 

 

Migração

 

Nesta etapa do monitoramento, cerca de 20 espécies de peixes foram capturadas no rio Bela Vista, sendo a maioria composta por piaus, dourados, cascudos e piracanjubas. Já no lago principal do Canal, foram capturados peixes de 35 espécies, entre dourado, cascudos e traíras.  Entre as espécies que estão migrando, conforme resultado de outros monitoramentos, estão o dourado e a piapara. Este ano, por exemplo, uma piapara marcada no Canal da Piracema foi capturada no reservatório da usina de Jupiá, a 560 quilômetros de distância.

 

Além do monitoramento da migração de peixes, os técnicos do Gerpel também estão fazendo a coleta de ovos e larvas para verificar se os peixes estão se reproduzindo no próprio Canal da Piracema. As coletas são feitas de quatro em quatro horas, no rio Bela Vista, no lago principal do canal, e no reservatório da Itaipu. Segundo o técnico Vitor André Frana, do Gerpel, já foram coletados ovos e larvas de aproximadamente 20 espécies ao longo do canal.