Quem passa pela cota 144 e aprecia os 20 condutos forçados enfileirados talvez não imagine o que se passa abaixo ou acima deles. Pois do turbilhão de água que corre pelo conduto, algumas gotas ficam pelo caminho. É trabalho da Operação e da Manutenção cuidar para que esta goteira não vire cascata.
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A ‘goteira’ ocorre na chamada junta de expansão do conduto forçado, na cota 111. Por unir duas seções do conduto, esta junta pode apresentar pequenos vazamentos. É tolerada uma vazão de 200 litros por minuto; ou quase nada, se comparado à vazão média do conduto forçado – 690 mil litros por segundo. |
Se a água que sai pela junta passa dos 200 litros, o pessoal da Operação fica em alerta. Com a máquina em funcionamento, os técnicos fazem a ronda diária na cota 111 e, se encontrarem algo fora do comum, acionam a Manutenção, que faz os reparos: reapertar os parafusos que prendem a junta ao conduto forçado. Na parada da U07, após a inspeção da junta, estava tudo em ordem. Não foi necessária fazer a manutenção.
De branco e de cinta
Segundo o engenheiro Gabriel Caballero (SMMU.DT), responsável pela área mecânica da turbina, do regulador de velocidade e da tomada d’água, a junta de expansão une dois tubos que estão submetidos a diferentes condições de temperatura e pressão. Por conta disso, cada seção do tubo se comporta de forma distinta. “Se fosse único, sem a junta de expansão para absorver essas diferenças de tensão, o conduto se deformaria e poderia se romper”, explicou.