Edifício da Produção completa 25 anos abrigando a Diretoria Técnica de Itaipu

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O edifício mais alto do mundo é o Burj Khalifa, em Dubai; o que custou mais caro é o Abraj Al Bait, em Meca, e o mais inclinado é o Capital Gate, em Abu Dhabi. Mas o aniversariante dessa segunda-feira (20) tem um recorde que é só dele: no quesito binacionalidade, ninguém vence o Edifício da Produção da Itaipu.
 

Imagem em perspectiva do Edifício da Produção de Itaipu.  Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
 
Inaugurado em 20 de dezembro de 1996, durante a 146ª reunião do Conselho de Administração, o Edifício da Produção fica no pé da barragem principal, entre as Unidades Geradoras U9 e U11, bem na divisa entre o Brasil e o Paraguai. Só que, longe de dividir, o que ele faz é integrar as equipes da Diretoria Técnica, permitindo que o trabalho aconteça de forma mais rápida e eficaz.
 
A área total do prédio, construído em concreto armado, é de 10.900 metros quadrados, divididos em seis andares. O térreo abriga o hall, o auditório e a Sala de Despacho de Carga. No sexto andar acontecem as reuniões de Diretoria e Conselho e, do primeiro ao quinto andar, estão lotados cerca de 750 empregados, além de terceirizados, estagiários e jovens do PIIT.
 
Na época em que foi inaugurado, o Edifício da Produção contava com o que havia de mais moderno em design de escritórios, “incluindo espaço para a fiação – elétrica, telefônica e de informática – nos próprios móveis”. Segundo afirmou, na época, o assistente do diretor técnico executivo, engenheiro Júlio César Motta Meirelles, “a ideia é praticamente eliminar os papéis nos postos de trabalho, com a ajuda desta rede”.
 
O.k., talvez os papéis não tenham sido tão eliminados assim, mas o espaço logo se mostrou excelente para trabalhar e certamente se tornou o segundo lar para muita gente. Érika Barbosa, da Divisão de Arquivo Técnico (ENCA.DT), foi uma das primeiras a ocupar o local. “No início foi bem estranha a sensação da vibração constante do prédio, bem em cima da Casa de Força, os sustos nas paradas e reinício das máquinas, a impressão de se estar passando por um terremoto”, lembra ela. “Mas nos acostumamos e achávamos até muito interessante toda essa movimentação!”.
 
Outro pioneiro, Roberval Antonio de Oliveira, hoje no Departamento de Engenharia Elétrica e Eletromecânica (ENE.DT), conta que quando chegou ao Edifício, para ocupar o primeiro andar, o segundo ainda estava em construção. “Achamos interessante, porque o piso era elevado e a fiação e as tomadas ficavam todas no chão”, relata. “Foi bom quando as pessoas começaram a chegar, porque mesmo sem contato direto, acabamos conhecendo mais colegas”.
 
Ele lembra que, antes do EDP, grande parte da Diretoria Técnica ficava em prédios localizados em frente ao Schumódromo, hoje já demolidos. A Manutenção ficava num prédio em frente à atual Informática, a Superintendência de Obras ficava no Escritório Central, e o RH ficava no Centro Executivo. Sem falar nos colegas paraguaios – muitos deles ficavam em estruturas fora da área da usina. Imagina que complicação para levar um documento ou marcar uma reunião entre diferentes áreas?
 
“Trabalho vibrante”
 
A primeira impressão que se tem do Edifício da Produção é sempre a da vibração causada pelas unidades geradoras. “Brincamos que é um trabalho vibrante, mas a verdade é que é muito bom, para a equipe, estar perto dos equipamentos. É onde temos que estar”, afirma Marcelo Miguel, da Divisão de Engenharia Eletromecânica (ENEE.DT). Ele também foi um dos primeiros a se mudar para o Edifício da Produção, ainda em 1997.
 
“Antes, tínhamos que tomar um ônibus para falar com um colega. Era muita perda de tempo. Então, todo mundo gostou da mudança”, lembra o engenheiro. Érika Barbosa concorda. “O convívio com os colegas das diversas áreas da Técnica foi um aprendizado, e a convivência com nossos hermanos paraguaios se tornou ainda mais amigável. Depois 32 anos trabalhando na usina, na Superintendência de Engenharia, tenho só gratidão por tudo o que vivi ali”, garante.

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