Itaipu é a empresa do setor elétrico brasileiro que mais avançou nas questões de eqüidade de gênero. As principais conquistas podem ser percebidas na mudança de cultura, mas ainda é preciso melhorar alguns itens, especialmente em relação à gestão de pessoas. A avaliação é da consultora Cida Bento, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades.
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A análise foi feita terça-feira, durante reunião em Foz do Iguaçu entre a consultora e as integrantes do Comitê de Incentivo à Eqüidade de Gênero de Itaipu, transmitida por videoconferência para Brasília e Curitiba. A avaliação levou em consideração o resultado das oficinas feitas com as mulheres em 2004, e as fichas perfis de 2004 e 2006. |
A ficha perfil é um documento/pesquisa proposto pela coordenação do Programa Pró-Eqüidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República. Esse documento fundamenta o Plano de Ação da Itaipu para dialogar com as questões corporativas relativas ao recrutamento e seleção, cargos, salários e ascensão funcional, bem como capacitação e treinamento; saúde e segurança no trabalho; benefícios; comunicação; prevenção e combate às práticas de discriminação e preconceito.
Resultados
O percentual de empregadas na Itaipu, segundo informações da última ficha perfil, corresponde a 18,31% do universo de aproximadamente 1.465 empregados(as) da margem esquerda. Em cargos de chefia/gerência, as mulheres chegam a 18,71%. Esse resultado é uma conseqüência direta das ações de gênero adotadas em parceria com a área de Recursos Humanos.
Segundo a consultora Cida Bento, um dos próximos desafios é chamar a atenção da mulheres para os processos seletivos e, com isso, aumentar e melhorar a presença feminina dentro da empresa. Para a coordenadora do Comitê Incentivo à Eqüidade de Gênero, Maria Helena Guarezi, o sucesso do programa se deve a um conjunto de fatores. “Mas precisamos aprofundar mais a análise desses comparativos de dados, e quem sabe implementar um censo para avaliar e apontar o que precisa ser melhorado”, avalia.
