Isae e FGV lançam livro sobre o Programa Cultivando Água Boa

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A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Instituto Superior de Administração e Economia (Isae) fizeram o lançamento simbólico, nesta quinta-feira (18), em Foz do Iguaçu, do livro “Programa Cultivando Água Boa: Resultados, Modelo de Gestão e o seu Papel como Referência Mundial”.
   
O lançamento foi feito no Encontro CAB+8, sétima edição do Encontro Cultivando Água Boa, que ganhou esse nome em referência à idade do programa e às conquistas que ele obteve nos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3).
  
O livro é resultado de uma pesquisa abrangente sobre o CAB. Os pesquisadores da FGV queriam saber a origem do programa, o real propósito, o modelo de gestão, por que é tão premiado, quem são os beneficiados e se ele poderia ser colocado em prática em outras regiões do Brasil e até do mundo.
     
Com 125 páginas, a obra é uma coletânea de mais de 40 entrevistas com produtores, índios, técnicos, pescadores, agrônomos e coordenadores do CAB. Nas próximas três semanas, outras 10 entrevistas serão incluídas no livro. O lançamento oficial está marcado para 17 de dezembro.
     
O administrador Rui Wagner Ribeiro Sedor, um dos autores do livro, conta que foram seis meses de muito trabalho e pesquisas, mas valeu o empenho. Segundo ele, o Programa Cultivado Água Boa não só merece todos os prêmios conquistados, como deveria ser referência mundial no que diz respeito à conservação do solo, da água e do meio ambiente.
 
Segundo Sedor, o CAB pode ser um dos maiores exemplos de gestão ambiental do planeta. “Basta adequar o ‘tempero’ de cada região”, ressaltou.
    
De acordo com o autor, a obra não servirá apenas para enfeitar as prateleiras de universidades e bibliotecas. A FGV utilizará os livros em sala de aula. “Este estudo de caso embasará nossas aulas de graduação e pós-graduação em todo o País”, afirmou.
    
A proposta é apresentar aos acadêmicos exemplos de projetos bem estruturados próximos de suas realidades. “O Cultivando Água Boa mostrou que não precisamos buscar modelos americanos. Temos resultados positivos aqui, bem perto de nós”, destacou. “Todos os projetos e ações podem ser vistos, pesquisados e acompanhados”.
    
Reconhecimento na ONU
       
Após o lançamento oficial, a FGV buscará o reconhecimento da obra na Organização das Nações Unidas (ONU). “Com certeza, este programa balizará também as decisões da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)”, completou.
   
Junto com Rui Sedor, participaram da pesquisa Norman de Paula Arruda Filho, doutorando em Gestão Empresarial Aplicada; Cleusa Rocha Asanome, doutora em Engenharia de Produção; e a psicóloga Ângela Finck.
   
Caminho certo
   
A publicação do livro feita por uma instituição tão conceituada, na avaliação do superintendente de Meio Ambiente da Itaipu, Jair Kotz, demonstra que a empresa é um exemplo real de um novo conceito de organização, que não está preocupada apenas em gerar lucros, mas também em cuidar da comunidade onde está inserida.
    
“O livro confirma que tomamos a atitude certa. Não é apenas marketing ambiental, mas responsabilidade social e ambiental na prática”, frisou.
  
Para ver o que o JIE já publicou sobre o assunto, clique aqui: Cultivando Água Boa vai virar ‘case’ internacional com metodologia científica.

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