Hoje, dia 16, na Associação Comercial de Medianeira (avenida José Calegari, 700), das 9h às 16h, os integrantes do Coletivo Educador definirão sua agenda anual de trabalho, que inclui a continuidade da formação que deverá permear as instituições envolvidas no conceito de Educação Ambiental.
Amanhã, 17, no Centro Popular de Cultura de Medianeira (Avenida Brasil, 1.677 – duas quadras abaixo da Praça Central e ao lado da Escola do Trabalho) das 9h às 13h, é a vez dos Educadores e Educadoras Ambientais (PAP3) da região colocarem em comum o que está sendo o universo das Comunidades de Aprendizagem, suas dinâmicas específicas, suas necessidades e de encaminhar uma agenda comum de acompanhamento regional.
As reuniões da comunidade mostram que foi-se o tempo em que a Educação Ambiental era considerada assunto exclusivo de bancos escolares, principalmente de escolas primárias. Mas a situação crítica do meio ambiente virou assunto diário em jornais, revistas, programas de rádio e de televisão, além de começar a fazer parte das preocupações da comunidade acadêmica e dos estrategistas, planejadores e executores de políticas públicas. Anos de trabalho de educadores e educadoras ambientais e, recentemente, noticias propagadas pela grande mídia confirmaram a evidencia de que, independentemente de nossa formação acadêmica “somos todos aprendizes”, como sinalizou o Tratado de Educação Ambiental na Rio 92.
Na região da Bacia do Paraná III e do entorno do Parque Nacional do Iguaçu, esta questão vem sendo trabalhada intensamente há mais de dois anos, através de uma parceria Ministério do Meio Ambiente e 42 instituições regionais, tendo como instituições âncoras a Itaipu Binacional e o Ibama/Parque Nacional do Iguaçu.
Um Coletivo Educador foi constituído com a participação de 42 instituições e 34 prefeituras, o qual teve, como primeira função, dar início ao Programa de Formação de Educadores Ambientais – FEA, através do qual, em 2006, desenvolveu-se um processo de formação para 300 educadores ambientais.
Como resultado de sua aprendizagem, os integrantes do FEA já começaram a implementar, em seus respectivos municípios e espaços de atuação, Comunidades de Aprendizagem, que hoje reúnem, na região, pelo menos 2.000 ( “pessoas que aprendem participando” ao desenvolver ações ambientais em seu próprio pedaço.
São comunidades de aprendizagem centradas na melhoria do ambiente e de qualidade de vida que congregam escolas, pastorais, ongs, movimentos sociais, clubes de serviços, prefeituras, empresas, todos empenhados em aprender o que significa exercer no cotidiano a “ética do cuidado”.
Um passo adiante
Além das Comunidades de Aprendizagem que se espalham pelo território geográfico e facilitam a capilaridade do processo educativo que deve estender-se a todos os cidadãos e cidadãs da região, em março de 2007 foi criado o Núcleo Facilitador do Coletivo Educador, composto por 19 pessoas representativas da região, da diversidade das instituições e da coordenação técnica dos trabalhos para pensar a sustentabilidade deste processo.
Os desafios que se apresentam, sem dúvida são muitos. Mas é importante registrar que a região está conhecendo um processo pioneiro de política nacional descentralizada e participativa, no contexto de mais de 150 coletivos educadores que estão sendo implementados em todo o país.