“Cúpula do Mercosul consolida processo de integração”, diz Samek

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O  diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, avalia que a realização da Cúpula Social do Mercosul, que será aberta nesta terça-feira (14), no Cineteatro do Barrageiro, e da 40ª Cúpula de Presidentes do Mercosul e Estados Associados – Cúpula Ñandeva, nas próximas quinta (16) e sexta-feira (17), consolida um processo de integração sem precedentes na história nacional.
  
Para Samek, esse processo ganhou força oito anos atrás, no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foram anos extremamente produtivos do ponto de vista da integração do continente e da constituição de políticas públicas envolvendo a região. A relação dos países mudou radicalmente”, afirmou.
     
Um exemplo citado pelo diretor-geral é o incremento comercial entre os países vizinhos, antes direcionado prioritariamente para as nações desenvolvidas. “Se você avaliar o nível de comércio de oito anos atrás e o de agora, o que o Brasil exporta hoje para os Estados Unidos é o mesmo que comercializa com a América do Sul. Com a Europa, a mesma coisa”, comparou. “Passamos a nos conhecer melhor, a trabalhar mais projetos de infraestrutura, sempre visando mais o desenvolvimento e a integração”.
     
Samek destaca que Itaipu, que uniu Brasil e Paraguai para o aproveitamento hídrico do Rio Paraná, “sempre foi uma grande inspiradora de que é possível integrar mais, construir mais, criar mais progresso, sem guerra e com menos violência”. O resultado desse processo, segundo ele, é o fato de hoje não apenas o Brasil crescer de forma consistente, mas a região como um todo – especialmente Paraguai, Uruguai e Argentina. “Um desenvolvimento harmônico e isso é novo para a região”, salientou.
     
O diretor-geral disse ainda considerar “extraordinário” o fato de o presidente e o chanceler Celso Amorim escolherem Foz do Iguaçu e a região da tríplice fronteira como sede do último encontro com os chefes de Estado. Em 1º de janeiro, Lula passa o cargo para a presidente eleita, Dilma Rousseff – que também virá a Foz para o primeiro contato oficial com os futuros colegas. “Aqui estamos no coração do Mercosul. Realizar essa cúpula na região é fechar com chave de ouro um processo que tem na Unila [a Universidade Federal da Integração Latino-Americana] um grande marco”.
    
Chefes de Estado
    

A Cúpula dos Presidentes, quinta e sexta-feira (16 e 17), no Hotel Bourbon, trará para Foz chefes de Estado de 12 países, além de Lula, da presidente eleita Dilma Rousseff e representantes de mais de 20 países. Durante a cúpula, Lula vai passar o comando do Mercosul para o presidente do Paraguai, Fernando Lugo.
     
Na quinta-feira, a Cúpula Social e a Cúpula dos Presidentes terão uma agenda em comum, no Cineteatro do Barrageiro. Na noite do mesmo dia, o presidente Lula vai oferecer aos chefes de Estado e autoridades um jantar em tenda montada no Mirante Central, em frente ao Painel do Barrageiro, obra do artista paranaense Poty Lazarotto.
     
Além dos países membros do Mercosul – Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – e os demais da América do Sul, está prevista a participação de ministros da Jordânia, Síria, Palestina – todos dos Ministérios de Indústria e Comércio; chanceleres e ministros da Austrália, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Malásia, Zimbábue, Nigéria, Argélia, Marrocos, Egito, México, Cuba, Índia, Irã, Paquistão e Sri Lanka.
    
Programação
    
Para conhecer a programação atualizada da Cúpula Social do Mercosul, que começa nesta terça-feira (14), clique aqui.
 

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