Nos próximos três anos, R$ 44 milhões poderão ser investidos pelos ministérios da Cultura do Brasil e do Paraguai – com participação também da Itaipu Binacional – em projetos culturais nos dois países. O protocolo de intenções foi assinado nesta sexta-feira, no Edifício da Produção, pelos ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira, pelo ministro da Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai, Tício Escobar, e pelos diretores-gerais brasileiro e paraguaio de Itaipu, Jorge Samek e Gustavo Codas Friedmann.
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A inclusão de Itaipu no acordo binacional “é muito óbvia”, como disse o ministro Juca Ferreira, pela experiência da empresa em tratar as questões entre os dois países de forma que “extrapola a questão econômica”. Tanto o ministro brasileiro quanto Ticio Escobar citaram a questão dos povos guaranis como um dos assuntos a merecer maior atenção.
O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, informou que a principal atuação de Itaipu será justamente no apoio a projetos culturais das comunidades indígenas da região de influência da usina, em ambas as margens. “Já fazemos um trabalho muito forte em três reservas indígenas, mas queremos aprofundar isso”, disse. “É dentro desse objetivo que estabelecemos esse convênio, que prevê uma série de trabalhos a curto, médio e longo prazos”.
Juca Ferreira citou a recuperação do centro histórico de Assunção, capital paraguaia, como outro foco de atuação cultural. Segundo o ministro, o acordo representa “um avanço nas relações bilaterais. Não é suficiente a cooperação econômica, geopolítica, é preciso haver cooperação cultural”, afirmou.
Quando for definido em orçamento, tanto no Brasil como no Paraguai, o acordo representará “o maior termo de cooperação de toda a história do Brasil”, disse ainda Juca Ferreira. O ministro do Paraguai, Ticio Escobar, disse que o acordo repreenta “um avanço muito forte na parceria entre os dois países”.
O diretor-geral paraguaio, Gustavo Codas Friedmann, disse que Itaipu já incluiu a responsabilidade social e ambiental como fundamentos de sua atuação. Agora, “a dimensão cultural passa a ser parte importante da estratégia da empresa”.