A usina hidrelétrica Itaipu Binacional é uma referência mundial na geração de energia limpa e renovável e na promoção do desenvolvimento territorial sustentável, com diversas iniciativas, alinhadas ao Governo do Brasil, que contribuem para o enfrentamento das mudanças climáticas.
No Brasil, essas ações estão abrigadas no programa Itaipu Mais que Energia, e são realizadas em 434 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, além de Belém (PA), sede da 30ª Conferência Mundial do Clima, a COP30.
A Itaipu lidera inúmeras iniciativas no Paraná e no Mato Grosso do Sul que contribuem com o avanço das metas dos 17 ODS da Agenda 2030.
A Itaipu é a maior geradora de energia limpa e renovável da história e investe em pesquisa e inovação para a transição energética.
As áreas protegidas da Itaipu preservam mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica em torno do reservatório, no Brasil e no Paraguai.
As ações socioambientais da Itaipu seguem um modelo de gestão participativa das comunidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
Confira abaixo os infográficos que ilustram as ações da Itaipu, suas interconexões, e como elas contribuem para a promoção do desenvolvimento territorial sustentável.
A Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e renovável da história, com uma produção acumulada de mais de 3 bilhões de Megawatts-hora. A usina fornece cerca de 8% da eletricidade consumida no Brasil e 80% no Paraguai; e contribui para que ambos os países figurem entre as matrizes energéticas mais limpas do mundo.
Este projeto tem como objetivo ampliar o uso do hidrogênio para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), e une produção, armazenamento e aplicação prática. Também inclui estudos de desempenho, avaliação de viabilidade técnico-econômica e suporte a pesquisas aplicadas.
A Itaipu tem uma Unidade de Demonstração (UD) de Biogás e Biometano, que funciona a partir de resíduos orgânicos, e que abriga pesquisas sobre o Combustível Sustentável de Aviação (SAF). Inaugurada em 2017, a UD Itaipu já tratou mais de 600 toneladas de resíduos, produzindo cerca de 41 mil m³ de biometano que possibilitaram rodar 484 mil km.
A Itaipu contribui para a expansão da geração solar fotovoltaica em sua área de atuação por meio da publicação de editais e convênios, permitindo a universidades, prefeituras e organizações filantrópicas investirem nessa fonte. Somente os projetos de prefeituras somam uma potência instalada de 42 MWp (Megawatt-pico), o suficiente para abastecer uma cidade de 70 mil habitantes.
Em implantação no reservatório da Itaipu, o projeto é de caráter experimental e contempla a instalação de painéis flutuantes com uma capacidade instalada de 1 MWp (Megawatt-pico). O objetivo é gerar energia limpa para o consumo da própria usina, desenvolver soluções tecnológicas sustentáveis, otimizar o uso do reservatório e avaliar os impactos ambientais e de desempenho.
A Itaipu Binacional está implantando um projeto de comercialização de Certificados de Energias Renováveis da Itaipu (I-RECs), voltado principalmente a empresas alinhadas às práticas ESG e que realizam inventários de gases de efeito estufa (GHG Protocolo).
A Itaipu utiliza uma frota de veículos elétricos compartilhados para as atividades diárias relacionadas às demandas empresariais. Além disso, no transporte dos trabalhadores, a empresa está implantando uma cláusula no contrato que prevê o aumento gradativo de ônibus elétricos.
Este projeto ainda em fase de implantação é uma parceria entre a Itaipu e o Itaipu Parquetec para o desenvolvimento de um sistema de geração de energia por célula combustível a hidrogênio, em substituição ao atual gerador a diesel, utilizado para atender o Data Center da Itaipu em situações de falha no abastecimento de energia.
A Itaipu mantém mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica em ambas as margens do reservatório, divididas entre a Faixa de Proteção, Reservas e Refúgios. Esse patrimônio faz parte das áreas Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Unesco).
A Itaipu mantém um banco de dados de 1996 sobre plantas aquáticas que auxilia no acompanhamento dessas espécies. Além disso, empresa tecnologia de ponta, como o monitoramento hidroacústico (a partir da propagação do som na água) para monitorar essas plantas que, em caso de proliferação descontrolada, podem prejudicar os usos múltiplos do reservatório.
A empresa dados desde 1979 sobre a qualidade da água do reservatório e de seus principais afluentes, incluindo as condições de balneabilidade das praias. Esse monitoramento é um importante instrumento para a tomada de decisão na gestão da bacia hidrográfica.
O objetivo é promover condições para a gestão dos recursos hídricos associada à presença de micropoluentes. A iniciativa contempla o monitoramento e técnicas para o diagnóstico e a remoção desses poluentes em águas naturais, solo e sedimentos da região de froneira entre o Brasil e o Paraguai.
Em parceria com o Itaipu Parquetec, esta iniciativa investiga as dinâmicas associadas às emissões e ao sequestro de carbono, e suas relações com a biodiversidade na área do reservatório. O objetivo é gerar métodos de estimativas para as emissões de corpos hídricos.
A Itaipu criou em sua área de atuação, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, uma rede de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) que atende a mais de 7 mil famílias de agricultores por meio de duas parcerias: Semeando Gestão, com o Itaipu Parquetec e a Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA-PR); e Caminhos Sustentáveis, com o PNUD.
Esta parceria com a Embrapa, IDR-Paraná, USP/Esalq e Faped soma 17 projetos de pesquisa e transferência de tecnologias agropecuárias em sistemas de produção vegetal e animal. Os resultados demonstram como técnicas como a rotação de culturas, plantio direto e preservação de florestas contribuem para a “produção de água” e a resiliência climática.
Esta iniciativa em parceria com o Itaipu Parquetec e a UFPR monitora a qualidade e as interações entre as águas subterrâneas e superficais. O projeto produziu um atlas com dados para subsidiar as decisões na gestão estratégica dos recursos hídricos.
A Itaipu apoia a produção agroecológica por meio de diversas frentes, incluindo o projeto Vitórias (de transferência de tecnologia, em parceria com o IDR Paraná e Fapeagro); pesquisas sobre o sistema orgânico (junto à Unioeste); cultivo de plantas medicinais; e de qualificação e geração de renda na cadeia de orgânicos (em parceria com a Cooperativa de Agricultores Orgânicos e de Produção Agroecológica).
Esta parceria com o Itaipu Parquetec tem como objetivo conectar agroindústrias, agropecuárias e cooperativas a tecnologias de ponta, promovendo a sustentabilidade, a eficiência e a inclusão no campo nas temáticas: resíduos e efluentes, eficiência energética, rastreabilidade e logística e inovações inclusivas.
Em parceria com a Unioeste, a Itaipu investiga a contaminação humana e de fauna terrestre por agrotóxicos nas regiões sudoeste e oeste do Paraná. A ideia é avaliar o nível de contaminação de populações expostas aos agrotóxicos e fornecer dados para auxiliar na identificação de riscos para a fauna terrestre. A iniciativa inclui ações de sensibilização e fomento a práticas sustentáveis de produção; políticas de saúde pública; e a implantação de um núcleo de análises.
A Itaipu lidera diversas iniciativas voltadas à produção sustentável de peixes na região do reservatório, incluindo: pesquisas sobre a ictiofauna; apoio a associações que representam cerca de 1.000 pescadores do PR e do MS; e desenvolvimento de técnicas para o cultivo de peixes nos sistemas de tanques-rede e de bioflocos.
O programa Coleta Mais, em parceria com o Itaipu Parquetec, está presente em 255 municípios brasileiros (no Paraná e no Mato Grosso do Sul, além de Belém), com ações que estruturam a coleta seletiva e valorizam a atuação de mais de 4 mil catadores de materiais recicláveis. Um dos destaques é o uso do Reciclômetro, ferramenta que permite o acompanhamento de diversos indicadores sociais e econômicos sobre o processo de reciclagem. Em Belém, o programa atua com um barco movido a hidrogênio, especialmente desenvolvido para o programa.
A Itaipu mantém, em Santa Terezinha de Itaipu, uma unidade de referência de valorização de resíduos orgânicos (UVRO). O objetivo é apoiar a separação, coleta e bioestabilização desses resíduos por meio de uma unidade de compostagem, em parceria com a Associação de Agentes Ambientais do município.
Este projeto visa à ampliação e melhoria dos sistemas de abastecimento de água em aldeias indígenas do Mato Grosso do Sul. A inciativa envolve aproximadamente 35 mil indígenas Guarani distribuídos por 18 aldeias. Outros 41 mil indígenas Kaiowás serão beneficiados indiretamente, com a elaboração de projetos básicos e executivos de sistemas de abastecimento de água.
Por meio de um convênio com a Sanepar e o Itaipu Parquetec, a Itaipu está implantando a infraestrutura para a coleta e o tratamento de esgoto doméstico. A iniciativa beneficia cerca de 100 mil moradores da região oeste do Paraná.
A Itaipu apoia a realização da COP 30 em Belém por meio de diversas iniciativas que deixarão um legado para a população local, tais como o Parque da Nova Doca e o Parque São Joaquim, que incluem obras de micro e macrodrenagem e tratamento de esgoto, além da pavimentação de diversas vias urbanas e a implantação do Distrito de Inovação em Bioeconomia, entre outras.
A Itaipu desenvolve diversas iniciativas para garantir a qualidade e a quantidade de água do reservatório que, além de gerar energia, serve para o abastecimento de municípios, entre outros usos. Entre elas, destaca-se o banco de dados sobre a qualidade físico-química da água; e a modelagem hidrodinâmica do reservatório.
Esta obra em Foz do Iguaçu atendeu a uma antiga demanda da população local, resolvendo o problema de alagamentos da Avenida JK durante chuvas mais intensas. Além disso, implantou novos espaços de convivência para a população, beneficiando mais de 285 mil pessoas.
O programa promove o acesso a moradia para 760 em situação de vulnerabilidade social de Foz do Iguaçu, e contempla a construção de 254 casas com método construtivo sustentável (wood frame). As famílias moravam na Vila Brás, em área à marge de um rio e frequentemente atingida por enchentes. O projeto inclui a recuperação ambiental da antiga área ocupada pelas famílias.
O objetivo é fomentar a formação de profissionais em engenharia civil e a implementação de projetos que promovam a sustentabilidade e o desenvolvimento socioambiental nos municípios paranaenses de menor IDH, totalizando uma população de 452 mil pessoas.
Trata-se de uma contribuição financeira da Itaipu ao Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, visando cooperar com o atendimento habitacional às famílias em situação de vulnerabilidade social, promovendo o direito à cidade e à moradia em condições dignas.
O programa fomenta ações de sustentabilidade territorial alinhadas aos 17 ODS por meio de bolsas, equipamentos e insumos, e projetos de extensão para instituições públicas de ensino superior do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul, contribuindo para a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico. A iniciativa beneficia mil bolsistas de 17 universidades.
Esta iniciativa da Itaipu, com apoio do Itaipu Parquetec, tem como objetivo estabelecer uma rede de Núcleos de Cooperação Socioambiental como parte da estratégia de promoção do desenvolvimento territorial sustentável do Programa Itaipu Mais de Energia, alinhado às políticas públicas do Governo Federal.
Este convênio entre a Itaipu e os municípios lindeiros ao reservatório tem como objetivo desenvolver ações educativas e culturais difundindo conceitos e práticas da educação ambiental para a sustentabilidade, promovendo a segurança hídrica e o desenvolvimento cultural do território.
A Itaipu promove ações de educação ambiental de forma integrada, para a sensibilização e a conscientização da comunidade no Ecomuseu e no Refúgio Biológico Bela Vista. Essa sensibilização se dá por meio de atividades que estimulam o interesse pela tecnologia, ciência e sustentabilidade, contribuindo para o desenvolvimento territorial com foco na segurança hídrica.
A proposta é promover processos formativos, capacitações, aquisição e produção de materiais com temáticas da gestão de resíduos, fortalecendo a adoção de hábitos sustentáveis para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de definir um plano de operação e execução das ações de fomento ao ecossistema empreendedor local.
O projeto promove um processo formativo em Segurança Alimentar e Nutricional para merendeiras e nutricionistas do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O convênio contempla a promoção de seminários regionais, curso EAD, publicação de materiais e a realização do concurso de receitas saudáveis de caráter nacional, entre outras ações.
Tem como objetivo melhorar o processo de aprendizagem na rede pública municipal de ensino, por meio da disponibilização de material de apoio e formação para os profissionais de educação. O projeto envolve alunos e professores, e já está consolidado em 56 municípios do Paraná. Além da distribuição de kits de material didático, o projeto inclui a realização de fóruns e ações de capacitação para cerca de 8 mil professores.
O objetivo é desenvolver ações de educação, comunicação, restauração e recuperação ambiental para a produção de alimentos orgânicos saudáveis, geração de renda, promoção da saúde e equidade de gênero em áreas da reforma agrária no estado do Paraná.
A Itaipu apoia as comunidades do Ocoy, Itamarã e Añetete com ações para melhoria da qualidade de vida e a sustentabilidade. Além disso, promove o projeto Opaná: Chão Indígena, de promoção da segurança alimentar de base agroecológica, acesso à água e educação antirracista junto a comunidades indígenas do Paraná. Aproximadamente 970 famílias são beneficiadas.
Com recursos da Itaipu, a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul implantou o Laboratório de Solos, que permitiu a implantação do curso de Agronomia, além da abertura de um Programa de Mestrado em Ciências Ambientais. O laboratório serve de base para ensino e pesquisa, além de ofertar serviços de análises de solo aos agricultores da região.
Este programa já atendeu a mais de 7 mil adolescentes de baixa renda e em situação de risco social desde 1988. Tem como objetivo garantir o direito à profissionalização, proporcionando a experiência prática no ambiente corporativo, formação cidadã e desenvolvimento de competências socioemocionais com base nos pilares da Unesco e nas Competências para a Vida (Unicef).
A Itaipu desenvolve diversas iniciativas voltadas à educação, à saúde e à inclusão social e econômica por meio de modalidades esportivas e atividades culturais, além de ações voltadas à promoção da dignidade humana e à equidade de gênero e raça.
A Itaipu investe em projetos socioambientais em sua área de atuação por meio da publicação de editais. O primeiro edital, de 2023, disponibilizou R$ 931 milhões para 430 prefeituras do Paraná e do Mato Grosso do Sul investirem em saneamento ambiental; manejo de água e solo; painéis fotovoltaicos; e obras sociais. Em 2024, um novo edital, de R$ 400 milhões, permitiu a organizações sociais acessarem recursos para suas iniciativas.
Estes convênios correspondem a parcerias com os municípios da bacia hidrográfica incremental do reservatório de Itaipu para a implantação de atividades de saneamento ambiental, conservação de solos, infraestrutura viária rural e energias renováveis. Essa ação teve início em 2004, chegando hoje a 15 municípios do Mato Grosso do Sul e a 88 municípios do Paraná com ações que beneficiam aproximadamente 1,8 milhão de pessoas.
Esta linha de financiamento desenvolvida em parceria com o Itaipu Parquetec apoia o desenvolvimento de projetos P&D+I e produtos aplicados nas temáticas de água, clima, território, biodiversidade e saneamento, com foco em segurança hídrica e desenvolvimento regional sustentável.
Este projeto tem como objetivo sistematizar as informações da Itaipu relacionadas à sustentabilidade, utilizando metodologias educacionais, e difundir os conhecimentos e a expertise da empresa e do Itaipu Parquetec. Voltado à comunidade em geral, inclui cursos online, seminários e webinars, além de publicações de cunho educativo em redes sociais.
Objeto de um convênio entre a Itaipu, Unila e Unops, esta iniciativa visa à conclusão das obras da Fase 1 do campus da Unila em Foz do Iguaçu, compreendendo o Edifício Central, Central de Utilidades, Restaurante, Salas de aula e as obras de urbanização mínimas necessárias, beneficiando a comunidade acadêmica da Unila, de cerca de 5 mil pessoas. O investimento é de R$ 752 milhões.
Este convênio com a CONAB e UNOPS visa a promover melhorias nas Unidades de Armazenamento de Ponta Grossa/PR, Cambé/PR, Rolândia/PR e Maracaju/MS, identificadas como prioridades pela Conab. A reforma deve contribuir para a manutenção dos programas da Conab de abastecimento social, agricultura familiar e das Políticas de Garantia de Preços mínimos. Com investimento de R$ 55 milhões, essa iniciativa beneficia a população das cidades envolvidas, estimada em 537 mil pessoas.
Em parceria com o Itaipu Parquetec, a Itaipu mantém um Centro de Tecnologia que atua na Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I) em temáticas como Internet of Things (IoT), Data Analytics, Inteligência Artificial, Desenvolvimento de Aplicações e soluções de Tecnologia de Informações. Entre os resultados estão 97 projetos de pesquisa; mais de 500 alunos capacitados; e 109 bolsas ofertadas, inclusive para mestrado e doutorado.
O apoio da Itaipu Binacional à realização da COP30 é parte do compromisso com a agenda global de sustentabilidade e reforça a conexão entre a conservação das florestas e a segurança hídrica do setor hidrelétrico, mostrando que cuidar do meio ambiente e das comunidades da região é cuidar do futuro da geração de energia.
Esta ação em parceria com a Prefeitura de Belém tem como objetivo a requalificação ambiental do igarapé São Joaquim, o maior curso d’água da Bacia do Una e elemento fundamental para a macrodrenagem da cidade. Inclui ações de urbanismo, paisagismo, macro e microdrenagem, esgoto, abastecimento, instalações elétricas, gestão de resíduos, iluminação pública, pavimentação, sinalização viária e comunicação visual. O investimento da Itaipu é de cerca de R$ 150 milhões e da prefeitura, de R$ 23 milhões.
Objeto de convênio com o Governo do Estado do Pará, esta ação visa a melhorar a capacidade das vias urbanas, especialmente as arteriais, essenciais para a mobilidade da população. Também terão papel estratégico como rotas de acesso durante o período de realização da COP30, e permanecerão como legado para a população de Belém. São aproximadamente 320 vias, totalizando 100 km. O investimento é de cerca de R$ 150 milhões.
Este convênio com a Prefeitura de Belém, Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadep) e Itaipu Parquetec prevê a reforma de um prédio histórico no centro de Belém, com R$ 4,7 milhões de investimento. Outros R$ 2 milhões estão sendo investidos em equipamentos. O projeto atua no fomento a startups voltadas à valorização da bioeconomia amazônica. A reforma é complementada com ações de mentoria, capacitação e a elaboração de um plano de comunicação e marketing para o DIBB. E inclui o lançamento de editais para o fomento de empresas em bioeconomia.
Por meio de uma parceria com a Prefeitura Municipal, Fadesp e Itaipu Parquetec, a Itaipu Binacional está levando a Belém a experiência bem-sucedida do programa Coleta Mais, que já atua em 254 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul. O programa consiste em melhorar as estruturas físicas das associações de catadores (que passam a ser chamadas de Unidades de Valorização de Recicláveis – UVRs), além de novos equipamentos, uniformes e EPIs. Faz parte do programa a doação de um barco movido a hidrogênio (para atuar na coleta nas ilhas) e a contração de técnicos para cada local, que colaboram com a organização administrativa e financeira das associações, preenchimento de dados do Reciclômetro e potencialização da comercialização dos materiais. A iniciativa valoriza a atuação de catadores, que são beneficiados com melhores condições de trabalho e renda. Em Belém, a iniciativa atende a 89 catadores de quatro cooperativas locais: Concaves, Filhos do Sol, Aral e ACCSB.
Em complementação às obras preparatórias para a COP30, a Itaipu está promovendo uma série de ações de Educação Ambiental (EA) em parceria com a UFPA-Fadesp. Essa iniciativa contempla: a aquisição de 36 biodigestores para escolas municipais e para quatro Unidades de Valorização dos Recicláveis (UVRs); realização de três seminários de educação para professores; 68 apresentações teatrais para escolas e comunidades sobre consumo consciente e coleta seletiva; 60 oficinas com diversos temas; produção de cartilha sobre coleta seletiva; lápis-semente e ímãs de geladeira para calendário da coleta seletiva dos bairros atendidos. As ações previstas no DIBB, Gestão de Resíduos Sólidos e Educação Ambiental somam investimentos de R$ 41 milhões.
O parque, com cerca de 1.200 metros de extensão, faz parte de um convênio com o Governo do Estado do Pará que tem como objetivo melhorar as condições de deslocamento na Avenida Visconde de Souza Franco, bem como implantar espaços de convivência, lazer e prática de esportes, além de obras de macro e microdrenagem. A iniciativa tem como princípio a utilização desse espaço pela população e o resgate da memória do local, tendo como referência o ecossistema original. Inclui a implantação de cerca de 19 mil metros de rede coletora, com a execução de 365 poços de visita e 2.300 ramais domiciliares, além de uma estação elevatória e um abrigo para gerador de energia. O investimento é de R$ 316 milhões.
Parceria com a Prefeitura de Belém, o projeto promoveu a restauração do mercado, com o intuito de recuperar as características originais da edificação, tendo em vista sua importância histórica e cultural para a cidade de Belém. Inaugurado em 1911, representa o ciclo da borracha e a arquitetura Art Nouveau, sendo hoje um polo de valorização da culinária e da cultura paraense. Além de gerar renda para pequenos produtores e comerciantes, o espaço também atrai turistas em busca da experiência amazônica autêntica. Sua localização estratégica o torna peça central nos projetos de revitalização urbana e mobilidade, especialmente no contexto da COP30. Investimento de aproximadamente R$ 89 milhões.
Esta parceria com a Prefeitura de Belém contempla a reforma e revitalização do Mercado Ver-O-Peso e da Feira do Açaí, e a reforma das docas e dragagem do Rio Guamá na área das docas junto ao mercado. No Mercado da Carne, abrange os serviços de pintura, revitalização de pisos, instalações elétricas e hidrossanitárias e revitalização das estruturas de madeira das coberturas, bem como substituição de telhas danificadas. No Mercado do Peixe, a reforma visa à conservação, manutenção, atualização de instalações, pintura de fachada, troca de telhas e limpeza da cobertura em geral, troca de piso interno e instalação de bancadas em aço inox. Investimento é de aproximadamente R$ 60 milhões.
Em parceria com o Governo do Pará, este projeto contempla a construção de um Complexo Hoteleiro com quase 20 mil m² de área construída, com cinco blocos totalizando 405 suítes, além de um bloco central de serviços. Após a finalização da COP30, o complexo deverá ser transformado em um Centro Administrativo do Governo do Pará. O investimento é de R$ 224 milhões.
A revitalização e ampliação tem como foco atender às operações de navios de cruzeiro durante a COP30, além de consolidá-lo como um ativo estratégico para o turismo marítimo e para a logística regional. As intervenções planejadas têm como objetivo transformar o terminal em uma infraestrutura de referência, apta a atender embarcações de grande porte de maneira permanente. Após o evento, o terminal contribuirá para o fortalecimento de Belém como um destino estratégico na rota internacional de cruzeiros, ampliando sua visibilidade global e promovendo o crescimento sustentável do turismo e da economia local. O investimento é de R$ 233 milhões.
A Itaipu coloca sua vasta experiência em sustentabilidade à disposição do público em geral por meio de cursos da Escola Itaipu de Sustentabilidade (EIS). Entre eles está o curso Mudanças Climáticas, que é desenvolvido na modalidade a distância (EAD), assíncrono (sem aulas ao vivo), autoinstrucional, com carga horária de 40 horas. Além do curso, a EIS publica diversos conteúdos educativos nas redes sociais, incluindo o podcast Diálogos Sustentáveis.
Por meio dos Núcleos de Cooperação Socioambiental, a Itaipu promove várias ações de educação ambiental. Entre elas, realizou palestras com o influenciador científico Átila Iamarino sobre a emergência climática ao longo do primeiro semestre de 2025. Ao todo, foram 21 seminários nas 21 cidades-sedes dos Núcleos no Paraná e no Mato Grosso do Sul, com a participação de mais de 6 mil pessoas.
Esta ação da Comunicação Social da Itaipu é uma parceria com o jornalista Iberê Thenório, responsável pelo Manual do Mundo, um dos principais canais brasileiros de educação e ciência no YouTube. A parceria inclui um webinar realizado em 23 de outubro de 2025 e a produção de conteúdos sobre a mudança do clima e desinformação climática.
m agosto de 2025, teve início uma nova iniciativa dos Núcleos de Cooperação Socioambiental, desta vez voltada aos jovens e com o tema Formação em Educação Midiática e Desinformação Climática. A expectativa é capacitar mais de 600 jovens por meio de encontros presenciais de seis horas de duração, além de dois encontros virtuais de duas horas cada, totalizando 10 horas de formação.
A atmosfera tem um efeito estufa natural: parte dos raios do sol que chegam à Terra ficam “aprisionados” nessa camada de gases que envolve o planeta e isso contribui para produzir as condições próprias para a vida como conhecemos. Porém, com a revolução industrial, a queima de combustíveis fósseis gera gases que aumentam esse efeito estufa e, consequentemente, a temperatura média do planeta. É como se estivéssemos tornando o “cobertor” que envolve o planeta cada vez mais espesso.
A ciência climática demostra uma relação clara e direta entre o crescimento das emissões e da temperatura. Com mais energia na atmosfera, aumentam a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos, como ondas de frio e de calor, tempestades, secas e enchentes. As temperaturas mais elevadas também contribuem para o degelo dos polos e dos glaciares, gerando, assim, a elevação do nível do mar.
A queima de combustíveis nos meios de transporte, ou de carvão para gerar energia e aquecer as casas são exemplos de como a energia de origem fóssil contribui para a emissão de gases de efeito estufa. Porém, outro vilão do clima é o desmatamento de matas e florestas, que também libera dióxido de carbono, além de diminuir a quantidade de árvores e plantas. Estas, por sua vez, desempenham um importante papel no clima ao sequestrar (retirar) carbono da atmosfera.
Fonte: un.org
A temperatura média do mundo está aumentando mais rapidamente do que em qualquer outro momento já registrado, provocando alterações nos padrões climáticos da Terra. Essa mudança não tem uma causa única, mas o que a ciência já tem certeza é de que há forte influência da atividade humana.
Entre as causas principais estão:
Fonte: un.org
Em 2024, o Brasil foi um dos pontos do globo com registro de ano mais quente de sua história. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média das temperaturas no país ficou em 25,02 °C, a maior desde 1961, quando esse tipo de dado começou a ser produzido. Mas como é calculada a temperatura média do planeta?
De acordo com a Organização Mundial de Meteorologia (WMO), o número foi calculado a partir da análise e da consolidação dos valores obtidos por seis serviços climáticos independentes. Três são de instituições norte-americanas: a agência espacial (Nasa), a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) e a entidade não governamental Berkeley Earth. Os outros três são o Copernicus, da União Europeia, o Met Office, do Reino Unido, e a Agência Meteorológica do Japão.
A medição da temperatura local é feita de diversas maneiras. Em terra, termômetros afixados em dezenas de milhares de estações meteorológicas nos fornecem leituras precisas da temperatura do ar. Navios e boias flutuando no oceano capturam as temperaturas na superfície do mar. O cálculo da temperatura média global leva em conta todos esses dados coletados na superfície terrestre e oceânica. E a série histórica desses dados demonstra que há uma trajetória de aumento, com o ano de 2024 tendo sido considerado o mais quente da história.
O dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são os principais gases de efeito estufa (GEEs). O CO2 é produzido, por exemplo, pela queima de combustíveis fósseis ou pelas queimadas. O metano, por sua vez, resulta da decomposição de matéria orgânica (como dejetos da pecuária). Já o óxido nitroso pode ser produzido pelo uso de fertilizantes.
Com base em uma pesquisa que se estendeu por 20 anos, o metano é 80 vezes mais potente do que o CO2 como causa da mudança climática e, em relação ao óxido nitroso, essa proporção é de 280 vezes.
Diferentemente de outros países, em que o setor de energia é o principal emissor de gases de efeito estufa, no Brasil, as emissões desses gases se devem à Mudança de Uso da Terra e Uso da Terra, que inclui o desmatamento. Saiba mais sobre as emissões do Brasil, na 6a edição das Estimativas Anuais De Emissões De Gases De Efeito Estufa — Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Fonte: unep.org
Em todo o mundo, estão sendo observadas alterações na atmosfera, nos oceanos e nos continentes causadas pela atividade humana. Isso têm levado a perdas e danos à natureza e às pessoas. Comunidades vulneráveis de todo o mundo, que menos contribuíram para as emissões de gases de efeito estufa, estão entre as mais impactadas pela mudança do clima.
Segundo o último relatório do IPCC, é inequívoco que a atividade humana tem aquecido o planeta. E, como consequências, estão a elevação do nível dos oceanos e a maior frequência e intensidade de ondas de calor, de secas, de tempestades e de ciclones tropicais.
Aproximadamente 3,6 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem em contextos que são altamente vulneráveis à mudança climática. A vulnerabilidade de seres humanos e de ecossistemas é muito interdependente. A intensificação da mudança climática tem levado à insegurança alimentar e reduzido o acesso à água, além da perda de vidas humanas e financeiras em desastres climáticos.
Muitas das perdas provocadas pela mudança climática já são consideradas irreversíveis, especialmente em ecossistemas onde está comprovada a redução da biodiversidade, com a extinção de espécies de fauna e flora. Em áreas urbanas, está comprovado o impacto sobre a saúde, moradia e infraestrutura, incluindo transporte, saneamento e sistemas de energia.
Fonte: Synthesis Report for the Sixth Assessment Report (IPCC) ippc.ch
O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1988, com o objetivo de fornecer aos formuladores de políticas avaliações científicas regulares sobre a mudança do clima, suas implicações e possíveis riscos futuros, assim como propor opções de adaptação e mitigação.
Atualmente, o IPCC possui 195 países membros, entre eles o Brasil e reúne as conclusões de pesquisas realizadas por milhares de cientistas de todo o mundo. Por meio de suas avaliações, o IPCC determina o estado do conhecimento sobre a mudança do clima, identifica consensos da comunidade científica, e em que áreas mais pesquisas são necessárias. As avaliações constituem insumos fundamentais para as negociações internacionais que visam ao enfrentamento da mudança do clima.
Os Relatórios de Avaliação do IPCC consistem nas contribuições de três Grupos de Trabalho e em um Relatório de Síntese que integra essas contribuições e quaisquer relatórios especiais preparados durante o mesmo ciclo de avaliação. Os Relatórios Especiais do IPCC tratam de questões específicas acordadas entre os países membros, e os Relatórios de Metodologia fornecem diretrizes práticas para a preparação de inventários de gases de efeito estufa.
Fonte: ippc.ch
O enfrentamento da mudança climática se dá por estratégias de mitigação (focada na redução de gases de efeito estufa), e de adaptação (que tem como objetivo criar resiliência a seus impactos). As ações e compromissos dos países para promover essas estratégias estão expressos, principalmente, no Acordo de Paris, e a promoção dessas ações depende, em grande parte do Financiamento Climático.
Além disso, a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável dá especial atenção à ação climática, evidenciada nas metas do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável de número 13 (ODS 13), ‘Ação contra a mudança global do clima’.
É importante destacar que o ODS 13 se relaciona com todos os demais ODS, uma vez que a mudança climática impacta a produção de alimentos, a estrutura das cidades, o fornecimento de água potável, a saúde pública e os ecossistemas, entre outros temas da Agenda 2030.
O Brasil se compromete a algumas ações importantes relacionadas ao ODS 13:
Para cidadãs e cidadãos, o Programa para o Meio Ambiente da ONU (Unep) destaca as seguintes ações:
Fontes: ipea.gov.br, unep.org
Mitigação é, essencialmente, reduzir as emissões de gases de efeito estufa, além de fortalecer as remoções desses gases da atmosfera por meio de sumidouros de carbono, como as florestas, por exemplo.
Por isso, a mitigação é uma das principais estratégias de resposta à mudança do clima, pois busca estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera e, com isso, estabilizar também a temperatura média global.
No Brasil, as emissões de gases de efeito estufa se devem principalmente à redução da cobertura florestal. Elas diminuíram na comparação com os níveis de 2005, principalmente pela redução do desmatamento da Amazônia entre 2005 e 2012. A partir de 2018 voltaram a crescer.
Nos últimos três anos, houve uma redução, graças ao Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônica (PPCDAm), lançado em junho de 2023 (Saiba mais) .
Outra importante estratégia é o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que prevê restaurar 12 milhões de hectares de matas até 2030, e é um dos compromissos do Brasil no Acordo de Paris.
Apesar disso e do compromisso do Brasil de eliminar o desmatamento até 2030, isso não será suficiente para que o País cumpra suas metas internacionais. Por isso, está em elaboração o novo Plano Clima, contendo as principais estratégias de mitigação e adaptação do País (saiba mais em: Plano Clima — Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima)
Fonte: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/mudanca-do-clima/mitigacao
Além disso, a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável dá especial atenção à ação climática, evidenciada nas metas do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável de número 13 (ODS 13), ‘Ação contra a mudança global do clima’.
É importante destacar que o ODS 13 se relaciona com todos os demais ODS, uma vez que a mudança climática impacta a produção de alimentos, a estrutura das cidades, o fornecimento de água potável, a saúde pública e os ecossistemas, entre outros temas da Agenda 2030.
O Brasil se compromete a algumas ações importantes relacionadas ao ODS 13:
Para cidadãs e cidadãos, o Programa para o Meio Ambiente da ONU (Unep) destaca as seguintes ações:
Fontes: ipea.gov.br, unep.org
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU (IPCC, em inglês), adaptação é o processo de ajuste aos efeitos do clima atual e esperado.
Nos sistemas humanos (cidades, produção agrícola e industrial, geração de energia) a adaptação busca moderar ou evitar danos, assim como explorar oportunidades benéficas. Em alguns sistemas naturais, como ecossistemas terrestres e aquáticos, as intervenções humanas podem facilitar o ajuste a mudanças do clima e seus efeitos.
Um primeiro passo em direção à adaptação ao clima futuro é reduzir as vulnerabilidades e exposição à variabilidade climática atual; na sequência, fazer o planejamento da adaptação; implementar as iniciativas; e, como última etapa, monitorar e avaliar a adaptação.
As estratégias e ações de adaptação podem aumentar a resiliência entre uma faixa de cenários climáticos futuros, enquanto contribuem para a melhoria da saúde humana, condições de vida, bem-estar econômico e social e qualidade ambiental (IPCC, 2014).
No Brasil, nos últimos 10 anos, 83% dos municípios brasileiros enfrentaram algum desastre associado a eventos climáticos extremos, que afetaram cerca de 117 milhões de pessoas. Segundo a plataforma Adapta Brasil, cerca de 66% desses municípios tem uma capacidade adaptativa às mudanças climáticas considerada baixa ou muito baixa.
Daí a importância de desenvolver estratégias de adaptação. E isso faz parte do novo Plano Clima, em desenvolvimento pelo governo do Brasil.
Fontes: gov.br, Adapta Brasil, Plano Clima
No dicionário, entre seus significados, resiliência aparece como a capacidade de se recuperar de adversidades; superação. Em termos agronômicos, resiliência é a capacidade de um ecossistema se recuperar e retomar as mesmas funções após um determinado impacto (seca, enchente, fogo, desmatamento etc). Já a adaptação no contexto climático é a capacidade dos sistemas ou populações de adotarem medidas e práticas para diminuir os impactos advindos da mudança do clima.
Estudos apontam que o aquecimento global deve ocasionar alterações no clima capazes de impactar forte e negativamente ambientes naturais e os sistemas agropecuários. E daí advém a necessidade de estratégias de adaptação, para fomentar o incremento da resiliência dos sistemas produtivos, reduzindo sua vulnerabilidade e aumentando a capacidade adaptativa, diante dos impactos causados por eventos climáticos.
O Acordo de Paris é fruto da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21) realizada em 2015, em Paris. Nessa COP, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças.
O documento, adotado por 195 Partes, entrou em vigor em 4 de novembro de 2016. A meta geral é manter “o aumento da temperatura média global em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais” e promover esforços “para limitar o aumento da temperatura em 1,5º C acima dos níveis pré-industrial”.
O Acordo de Paris é considerado um marco no processo multilateral de mudança climática porque, pela primeira vez, um acordo vinculativo reúne todas as nações para combater a mudança climática e se adaptar aos seus efeitos.
Sua implementação requer transformação social e econômica baseada na ciência. Desde 2020, os países submetem seus planos nacionais de ação climática, conhecidos como NDCs (da sigla em inglês para nationally determined contributions, ou contribuições nacionalmente determinadas).
A cada cinco anos, o processo do Acordo de Paris é avaliado pelo chamado Global Stocktake (GST), ou Balanço Global, uma espécie de inventário o que foi feito em termos de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. O último foi realizado durante a COP 28, em Dubai.
O Acordo de Paris oferece uma estrutura apoiar a construção de capacidades e de apoio técnico e financeiro para a promoção da ação climática.
Fontes: https://unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-agreement
O Acordo de Paris estabeleceu que cada país descreva e comunique suas ações climáticas pós-2020, conhecidas como NDCs (sigla para Contribuições Nacionalmente Determinadas, em inglês).
As NDCs representam os esforços para mitigar as emissões nacionais e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas. Em conjunto, essas ações climáticas determinam se o mundo alcançará as metas de longo prazo do Acordo de Paris e se atingirá o pico global de emissões de gases de efeito estufa (GEE) o mais breve possível.
Entende-se que o pico de emissões levará mais tempo para os países em desenvolvimento e que as reduções de emissões serão realizadas com base na equidade e no contexto do desenvolvimento sustentável e dos esforços para erradicar a pobreza, que são prioridades críticas para esses países.
Fonte: https://unfccc.int/process-and-meetings/the-paris-agreement/nationally-determined-contributions-ndcs
Como anfitrião da COP 30, o Brasil foi o segundo país a atualizar suas NDCs, ainda durante a 29ª edição da Conferência do Clima da ONU, em Baku, em novembro de 2024.
A atual NDC do Brasil inclui os objetivos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa enre 59% e 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005, o que equivale a alcançar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente em termos absolutos.
Com base na nova NDC, foram desenvolvidos os Planos Setoriais de Mitigação, alinhados com o objetivo de promover a neutralidade climática até 2050, e ao objetivo geral do Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global a 1,5º C.
O Financiamento Climático é a mobilização de recursos para lidar com os efeitos da mudança do clima, ou seja, para a promoção de ações de mitigação e adaptação. E o Acordo de Paris afirma que os países desenvolvidos (que foram os principais beneficiados pela revolução industrial e que, nesse processo, foram os principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa) são os que devem prover a assistência financeira aos países em desenvolvimento, que precisam sanar seus problemas em infraestrutura, saúde, educação, geração de empregos, entre outros, sem aumentar suas emissões.
Nesse contexto, os Meios de Implementação (MdI) são instrumentos que viabilizam a transformação dos compromissos climáticos em ações concretas. De acordo com a UNFCCC, os MdI englobam financiamento climático, transferência de tecnologia, capacitação e outras formas de apoio técnico e operacional. Além disso, os MdI estão alinhados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17 (ODS 17), que enfatiza a importância das parcerias e do financiamento para a promoção do desenvolvimento sustentável.
Consulte o link abaixo para conhecer algumas das principais fontes de financiamento climático nos níveis Federal, Estadual, Municipal e Internacional.
Fonte: Financiamento Climático — Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
COP é a sigla para Conferência das Partes. A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) reúne anualmente as Partes signatárias (países) em conferências mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais, só podem ser tomadas se forem aceitas unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para todos os países signatários.
Seu objetivo é manter regularmente sob exame e tomar as decisões necessárias para promover a efetiva implementação da Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos que a COP possa adotar.
À COP também compete:
A COP conta com um secretariado, com sede em Bonn, na Alemanha, que mantém atualizadas todas as informações relativas à Convenção no site www.unfccc.int.
Fonte: What are United Nations Climate Change Conferences? | UNFCCC
A hidrelétrica tem sido, historicamente, a principal fonte de energia elétrica no Brasil, representando 60% da eletricidade consumida no País em 2023, de acordo com o Balanço Energético Nacional de 2024.
A geração hidrelétrica é fortemente influenciada pela variação natural do regime hidrológico e, assim, períodos de seca ou chuvas afetam diretamente a geração das usinas.
O aumento da temperatura média global resulta em impactos nos sistemas de circulação atmosférica e no ciclo hidrológico afetando, consequentemente, a precipitação. Alterações nos padrões de precipitação, seja em quantidade, seja em sua distribuição sazonal e geográfica, podem afetar a disponibilidade de água para as hidrelétricas, prejudicando a gestão dos reservatórios e a produção de energia elétrica.
Embora influenciada pela variabilidade da precipitação, a geração de energia depende das vazões afluentes às hidrelétricas e que estão relacionadas não apenas ao comportamento das chuvas, mas também a uma série de outros fatores como a capacidade de regularização das vazões por meio de reservatórios, os usos da água na bacia hidrográfica, a evapotranspiração e, ainda, outros aspectos que influenciam o escoamento da água, como a cobertura vegetal e o tipo de solo.
A mudança climática impacta na atividade econômica da Itaipu Binacional: a geração de energia limpa e renovável para o Brasil e o Paraguai. Para manter essa atividade no longo prazo, a empresa desenvolve ações sociais e ambientais que contribuem para a sustentabilidade das comunidades, das atividades econômicas e dos ecossistemas conectados à usina.
Essas ações também contribuem para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas no território de atuação da empresa. E, por isso, são compartilhadas nas conferências do clima com outros governos e organizações, com o objetivo de contribuir com a estratégia brasileira de protagonismo na ação climática e na agenda do desenvolvimento sustentável.
Como parte desse compromisso, a Itaipu apoia a realização da COP30 em Belém, não apenas com o compartilhamento de boas práticas e da participação em debates, mas também por meio de investimentos que somam um total de R$ 1,3 bilhão, viabilizando melhorias estruturais que beneficiam cerca de 1,3 milhão de pessoas em 37 bairros, incluindo 89 famílias de catadores, com melhores condições de trabalho e renda. Essas ações fortalecem o legado social da conferência.
A atuação da Itaipu na COP30 reforça a conexão entre a conservação da Floresta Amazônica e a segurança hídrica do setor hidroelétrico nacional, mostrando que cuidar do meio ambiente e das comunidades da região também é cuidar do futuro da geração de energia.
Antes de definir o que é desinformação climática, é importante entender os conceitos de informação falsa (misinformation), mal-informação (mal-information) e desinformação (disinformation).
A primeira se refere a informações falsas, mas que não foram criadas com a intenção de causar prejuízo. Trata-se de um erro. Uma notícia com dados desatualizados, errados ou trocados é um exemplo de informação falsa.
Já a mal-informação tem cunho malicioso. É usar dados com a intenção de gerar prejuízos para uma pessoa, organização ou país. Quando a mal-informação se utiliza de informação falsa, ela caracteriza a chamada desinformação.
No contexto da mudança do clima, a desinformação é empregada para desacreditar a ciência, lançar dúvidas sobre as pesquisas sobre a elevação da temperatura global, suas causas e consequências, e as responsabilidades relacionadas ao tema.
Caracteriza-se, em grande parte pela negação das evidências científicas (daí o termo “negacionista climático”) e pela difusão de ideias como: a de que a temperatura não está aumentando; ou que, apesar de reconhecer que há elevação de temperatura, esta não se deve à ação humana; ou ainda de que há influência humana, mas que as consequências serão positivas.
Uma outra face da desinformação no contexto da sustentabilidade é o chamado “greenwashing” ou “lavagem verde”, em uma tradução literal. Trata-se da divulgação de informações a respeito de uma empresa, produto ou serviço como se fosse ecologicamente correto, quando não o é, induzindo o público a erro.
A prática do greenwashing se caracteriza pelo uso de expressões vagas como “verde”, “ecofriendly”, “100% ecológico” ou “biodegradável”, sem mais explicações. No contexto da desinformação climática, uma determinada tecnologia, produto ou serviço pode ser divulgada como “zero emissão”, escondendo o fato de sua produção ou utilização gera gases de efeito estufa e contribui para a mudança do clima.
O jornalista e pesquisador John Cook, do Hub de Pesquisa em Comunicação da Mudança Climática da Universidade Monash (Austrália), estabeleceu uma classificação das principais estratégias de desinformação utilizadas para lançar dúvidas sobre a ciência climática. Essas estratégias revelam um padrão já utilizado para desacreditar a ciência em outras situações como, por exemplo, surgiram estudos que apontavam os malefícios do cigarro para a saúde.
As cinco principais categorias são:
Falsos especialistas: utilizar como fonte uma pessoa que não tem autoridade para falar sobre clima, muitas vezes como alguma formação científica, mas não nas ciências ligadas ao clima. Uma prática ligada a essa técnica é a promoção do “falso debate”, quando se coloca um cientista climático para discutir com um negacionista e isso cria a falsa ideia de que há um debate científico sobre o tema, quando na verdade há consenso sobre a mudança do clima e a influência humana.
Falácias lógicas: categoria que abriga várias subcategorias, como atacar quem fala no lugar de discutir o assunto em si (“ad hominem” ou argumento contra a pessoa), ou explorar a ambiguidade (afirmar, por exemplo, que se já houve mudança climática no passado remoto e não havia queima de combustíveis fósseis, então não há relação entre esses dois temas).
Expectativas impossíveis: dizer, por exemplo, que só irá acreditar em aquecimento global quando os cientistas afirmarem que estão 100% seguros sobre suas previsões. A ciência tem uma linguagem cautelosa. Cientistas dificilmente afirmam 100% de certeza em relação a determinado tema, especialmente quando tratam de previsões futuras. Eles usam expressões como “é muito provável” ou “há um grande grau de confiança” e isso é explorado por negacionistas para lançar dúvidas sobre a ciência climática.
Cherry picking: o termo em inglês que significa “pegar uma cereja” vem da analogia de escolher uma cereja em um recipiente com várias unidades dessa fruta, prová-la e tirar conclusões generalistas sobre a qualidade das frutas que restaram. É uma alusão ao fato de se ater a um dado que corrobora um ponto de vista para tirar conclusões generalistas, como se o fato de este ano ter tido um inverno mais rigoroso fosse suficiente para negar que a temperatura global está aumentando.
Teorias da conspiração: quando a pessoa acredita que há interesses não declarados, fatos ocultos ou alguma conspiração que envolve cientistas, governos, empresas, organizações etc, que querem esconder a verdade, impor algum plano maligno, ou algo do gênero.
Esta resposta foi produzida com base em conteúdos do curso “How to cover the Climate Crisis – and Fight Disinformation”, do Knight Center for Journalism in the Americas.
A Itaipu Binacional é um exemplo de como usar a ciência a favor do desenvolvimento humano. Não é exagero afirmar que, sem pesquisa e conhecimento científico de ponta, não haveria eletricidade da Itaipu nas casas de brasileiros e paraguaios.
São inúmeros os conhecimentos científicos necessários para a operação da usina, desde as engenharias civil, elétrica e mecânica, até os saberes ambientais empregados nos cuidados com o reservatório, as áreas protegidas e o território.
A ciência climática também é essencial, para entender as relações entre o clima e as águas do Rio Paraná, matéria-prima para a geração de energia na Itaipu. Por isso, as mudanças climáticas são um tema que a Itaipu acompanha com grande interesse.
Mitigar os impactos, e promover resiliência e adaptação às mudanças do clima são questões diretamente ligadas ao negócio da Itaipu. E fazem parte da estratégia da empresa nos cuidados com a água, com o território e com as pessoas.
Nesse contexto, a empresa também está comprometida com o combate à desinformação climática. Hoje, mais de 97% dos cientistas climáticos concordam com a afirmação de que a atividade humana, especialmente os combustíveis fósseis, estão alterando o clima da Terra.
Mas esse consenso não se reflete na sociedade em geral. Interesses econômicos, políticos e ideológicos, muitas vezes, se sobrepõem ao saber científico e lançam mão da disseminação de informações falsas para colocar em dúvida a ciência climática.
A falta de conscientização sobre a urgência desse tema vem retardando a tomada de ação. Com isso, muitos impactos das mudanças do clima já são irreversíveis e vêm afetando a vida de milhões de pessoas em todo o mundo, além da extinção de espécies, colapso de ecossistemas e perdas econômicas.
Por isso, a Itaipu, alinhada às estratégias do Governo do Brasil para a COP30, vem atuando para contribuir com o combate à desinformação climática.