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Turismo
Maravilhas vão promover ações para vender roteiro turístico integrado
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27/05/2012

Os representantes das sete maravilhas mundiais da natureza, reunidos neste domingo em Puerto Iguazú, Argentina, e em Foz do Iguaçu, no Brasil, decidiram trabalhar em conjunto na promoção turística, para fazer dos sete destinos uma marca global. De início, cada uma das maravilhas irá incorporar à sua publicidade as imagens de todas as demais, enquanto se estuda a criação de um roteiro turístico integrado.

A decisão foi tomada em congresso de representantes de todas as maravilhas naturais, que, além das Cataratas do Iguaçu (Brasil e Argentina), incluem a Amazônia, a ilha de Jeju, na Coreia do Sul, o rio subterrâneo de Puerto Princesa, nas Filipinas, a baía de Halong, no Vietnã, o Parque Natural de Komodo, na Indonésia, e a Montanha da Mesa, na África do Sul.

Ao final do congresso, a fundação suíça New Seven Wonders e os representantes das maravilhas assinaram uma declaração na qual se comprometem a trabalhar em conjunto para “aproveitar as oportunidades que resultam de nossa única e variada presença no mundo”, “promover o turismo sustentável e iniciativas de desenvolvimento econômico e social” e adotar iniciativas em favor de melhorias na educação e no meio ambiente.

O presidente da New Seven Wonders, Bernard Weber, apresentou no congresso o projeto de criação de um memorial para ser instalado em cada um dos atrativos. O monumento incluirá as imagens de todos os outros.

Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social da Itaipu, presidente do Fundo de Promoção e Desenvolvimento do Iguaçu e representante no Brasil do Comitê Local de Apoio às Cataratas, afirmou que as maravilhas devem atuar em conjunto para aproveitar os benefícios que representam essas “sete grandes marcas, esses sete grandes produtos”.

A intenção é criar um fundo com recursos dos países que sediam os sete destinos turísticos, para divulgação de um roteiro integrado. Um site e um filme irão mostrar as maravilhas, que também terão divulgação comum em todos os eventos de turismo internacionais, como feiras e festivais.

Bernard Weber disse que nas três maravilhas já consagradas - as Cataratas, Puerto Princesa e Baía de Halong – a receptividade da população foi impressionante e a repercussão positiva. No caso das Cataratas, disse, “a campanha mostrou a união dos dois países para a eleição” e comprovou “que a natureza não tem fronteira”.

Para Piolla, a conquista do título de uma das sete maravilhas contribuirá para que o Destino Iguaçu se fortaleça no mercado internacional. No lado brasileiro, o número de turistas de outros países tem decrescido nos últimos anos, devido principalmente à supervalorização do real. A queda da moeda brasileira, aliada à divulgação obtida com a eleição das Cataratas, deve contribuir para ampliar a participação de estrangeiros, limitada a um quarto dos visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, no lado brasileiro.

Até quatro ou cinco anos atrás, lembrou Piolla, o número de estrangeiros representava 60%, dos quais a metade era do Mercosul. A proporção ficou exatamente oposta nos últimos anos. De janeiro a abril de 2011, entraram no parque 516.671 visitantes, dos quais 281.004 brasileiros e 235.667 estrangeiros (metade do Mercosul); no mesmo período deste ano, o número aumentou para 545.025 visitantes - 286.399 brasileiros e 258.626 estrangeiros.

O ano passado fechou com cerca de 1,4 milhão de visitantes, um crescimento de 10% sobre 2010. Para 2012, o crescimento não será tão expressivo devido à crise internacional, que afeta quase diretamente o turismo, inclusive internamente, segundo Piolla. Mas a preocupação do setor turístico de Foz do Iguaçu não é apenas com o crescimento do número de turistas. “A ideia não é aumentar quantitativamente, mas qualitativamente”, disse.

Piolla explicou que o Destino Iguaçu busca ampliar o turismo de eventos, inclusive os corporativos, que têm maior valor agregado; reforçar sua vocação como destino de lazer para as famílias; oferecer as opções de ecoaventura, ainda pouco exploradas, apesar de todo o potencial do Parque Nacional do Iguaçu; e difundir ainda mais o turismo de compras, com a intenção de atrair a classe média, já que Ciudad del Este hoje rivaliza, em qualidade de produtos e no tempo de lançamento, com outros grandes centros de consumo mundiais.