A Itaipu adota o modelo de gestão por competências para propiciar o desenvolvimento de seus empregados. Para isso, utiliza o Sistema de Gestão de Desempenho por Competências (SGD), cujo ciclo 2015 teve início em 1º de setembro de 2014 e encerrou-se em 31 de agosto de 2015, envolvendo 1.177 empregados ativos. Os empregados são avaliados anualmente, exceto os que estão em período probatório, os quais passam por avaliações semestrais via Programa de Avaliação do Novo Empregado (ANE).

As ações educacionais para o desenvolvimento de competências técnicas, humanas e gerenciais, nas modalidades corporativas e específicas identificadas na avaliação do SGD, são disponibilizadas pela Divisão de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Também são formalizadas parcerias com instituições de ensino, pesquisa e tecnologia, e a empresa oferece auxílio para pagamento de cursos realizados fora da empresa.

As ações educacionais corporativas são aquelas destinadas a todos os empregados da empresa, tais como: cursos sobre gestão (de processos, projetos, riscos, finanças, contratos, pessoas e conflitos), cursos sobre negociação, desenvolvimento de equipes, relacionamento interpessoal, entre outros. Já os específicos visam atender necessidades de aperfeiçoamento e desenvolvimento de cada área/processo da empresa. Entre eles destacam-se as normas regulamentadoras NR10 e NR33 de trabalho em altura, os cursos técnicos para a operação e manutenção da usina, pós-graduação e idiomas.

A Gestão Orientada por Processos foi o modelo aprovado na Itaipu para sistematizar a execução da estratégia empresarial, juntamente com a Gestão de Projetos. Para que isso ocorra, é necessário desenvolver competências e preparar as pessoas para atuarem na melhoria de processos de forma proativa e efetiva em todas as áreas da empresa. Em 2014, um grupo de 45 empregados participou de um curso que foi encerrado em 2015, com a apresentação dos resultados dos 11 projetos implementados. Entre eles, destacam-se a redução do tempo nos processos de manutenção e reforma civil de 46 para 28 dias e a redução do número de etapas no processo de movimentação orçamentária na Diretoria Técnica, que antes levava 11 dias e agora é concluído em duas horas.

Desde 2005 o [+] Programa de Voluntariado Empresarial – Força Voluntária acolhe o desejo dos empregados de exercer sua cidadania, buscando conciliá-lo às demandas da comunidade e aos objetivos estratégicos da empresa. Desta forma, o programa estimula o desenvolvimento de competências individuais e organizacionais dos empregados enquanto sua atuação voluntária é efetiva e transformadora, gerando riqueza para a sociedade.

São diversas modalidades de atuação, que já mobilizaram mais de 700 empregados (quase a metade do número total de trabalhadores brasileiros), além de estagiários, jovens aprendizes e familiares. Uma das principais iniciativas é o Banco de Projetos, que realiza aporte financeiro para projetos elaborados e executados por empregados em prol de instituições sociais de Foz do Iguaçu e região Oeste e Curitiba. A décima edição selecionou sete projetos, que receberam até R$ 30 mil para sua implantação.

Não foram realizados treinamentos específicos para empregados sobre esse assunto no ano de 2015. Apenas os trabalhadores da área de segurança, sendo 56 empregados do quadro próprio (36,36%) e 77 do quadro terceirizado (41,4%), realizaram a reciclagem de vigilantes obrigatória para o exercício da função, que contém as disciplinas de Relações Humanas no Trabalho e Direitos Humanos, ambas com duas horas de duração. A variação anual na participação nesses treinamentos ocorre pelo fato de que a validade da reciclagem é de dois anos.

Com edições anuais, a iniciativa visa preparar os participantes para a aposentadoria, por meio de um seminário com duração de três dias. O primeiro dia é exclusivo para os empregados participantes, pois são detalhados os trâmites burocráticos do desligamento da empresa e inserção no grupo dos assistidos da [+] Fundação Itaipu-Brasil de Previdência e Assistência Social (Fibra).

Nos outros dias a programação é aberta para participação de familiares e conta com palestras com temas que contemplam aspectos financeiros, psicossociais e comportamentais. A participação é espontânea, no entanto, quase todos os empregados que estão próximos à aposentadoria aderem ao programa. Em 2015, participaram 57 empregados e seus respectivos cônjuges.

A Itaipu não possui controle das datas de aposentadoria oficial. A estatística abaixo apresentada é com base na data limite de permanência na empresa, a qual contempla a data em que o profissional preenche 100% das carências para aposentadoria complementar na Fibra (que considera idade, tempo de contribuição ao INSS, tempo de filiação na Fibra e tempo como empregado da binacional) e também a data de saída escolhida pelo Programa Permanente de Desligamento Voluntário (PPDV).