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Turismo
Pólo astronômico já está em obras no PTI
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07/04/2008

O som do bate-estaca toma conta da área onde começaram as obras do Pólo Astronômico, no Parque Tecnológico Itaipu. O pólo vai ser o primeiro do país a reunir no mesmo local planetário e observatório astronômico, e contará com laboratórios, auditório, sala de exposição, relógio solar e estação meteorológica. As obras estão na fase de fundação e devem ser concluídas em setembro.

 


Pólo já deve receber turistas em outubro
Segundo o coordenador do Programa de Desenvolvimento Tecnológico Avançado da Fundação PTI, professor Paulo Wu, os equipamentos já foram comprados, em uma parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Em outubro, o pólo já deve receber turistas. Serão de 70 a 80 mil pessoas por ano, de acordo com estimativa do professor Wu.

 

Complexos que reúnem planetário e observatório são raros. Segundo uma pesquisa de Paulo Wu, há cerca de dez complexos com essas características no mundo todo, nenhum no Brasil. “Normalmente ou são observatórios ou são planetários. Nós vamos ter os dois”, afirmou o professor.

 

O planetário vai ser uma das grandes atrações. Com 13 metros de diâmetro e 8,5m de altura, poderá receber 75 pessoas que observarão um “céu virtual” projetado na cúpula. O céu indígena também terá vez. “Vamos fazer uma mistura entre o nosso céu e a visão indígena. Eles olham para o céu há muito mais tempo que nós”, considerou. Cinco projetores vão formar estrelas, galáxias, planetas "tão reais que as pessoas tentarão tocar".

 

Além de temas ligados à astronomia, será proposto aos alunos do PTI que fabriquem protótipos para projetar outros temas na cúpula do planetário. Uma viagem ao corpo humano, à Bacia do Paraná 3 ou ao interior de Itaipu, por exemplo. “Será como um cinema 180 graus”, empolgou-se Paulo Wu. Outra novidade: o planetário estará conectado ao observatório e o que for captado pelas lentes do telescópio poderá ser projetado na cúpula.

 

Segundo Paulo Wu, a maioria dos observatórios astronômicos do Brasil se encontram em institutos de pesquisa e poucas vezes são abertos ao público. O observatório do PTI será voltado ao chamado turismo educativo. “As pessoas visitam Itaipu, conhecem coisas bonitas e ainda aprendem novos conceitos”, explicou. Com uma potência de aumento de 560 vezes, o telescópio está entre os melhores se comparado a outros de observatórios voltados à divulgação científica.

 

O Pólo Astronômico terá uma área construída de 575 metros quadrados, mas outros ambientes, além do prédio principal, farão parte do complexo. Nas quatro extremidades, quatro ambientes interativos: arena ao ar livre para palestras, centro de convivência, relógio solar e estação meteorológica. No relógio solar de seis metros de diâmetro as pessoas poderão consultar as horas com a própria sombra - erro máximo de sete minutos, garante Paulo Wu. A estação meteorológica é uma doação das Forças Armadas e será usada para estudos e divulgação da ciência.

 

Para o professor Wu, o pólo será muito bom para Foz do Iguaçu. Segundo ele, a potência tecnológica e turística de Itaipu vai ajudar a disseminar uma cultura científica na região das três fronteiras. “Vamos impregnar as pessoas como uma cultura de debates e conhecimento”, concluiu.