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Tecnologia
Oficinas do Programa Ñandeva terminam hoje no PTI
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02/08/2007

Termina nesta sexta-feira (3), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o 2º Workshop de Design e Iconografia do Programa Ñandeva. As oficinas reuniram cerca de 80 artesãos e 15 designers que, durante cinco dias, trabalharam na criação de novas peças artesanais. Essas peças vão integrar a coleção de produtos do Ñandeva.

 

Durante as oficinas, os artesãos conheceram novas técnicas de produção e as tendências do mercado mundial de design, e receberam orientação sobre como determinar preço de mercado de cada peça. O próximo passo, agora, é apoiar a comercialização das peças que levam a marca Ñandeva.

 

Além de criar uma “sintonia” entre o artesanato local com o que o mercado consumidor deseja, o programa Ñandeva também busca estimular a visão empreendedora dos artesãos.

 

“ Precisamos oferecer peças de qualidade e dentro do prazo acertado com o cliente. Esse é um dos nossos maiores desafios”, afirmou Ana Cristina.

 

Novos produtos

 

Para os artesãos, os desafios estão sendo encarados com grande entusiasmo e dedicação. Segundo a artesã Hélia Feil, o contato com os designers e a utilização dos símbolos da iconografia estão ajudando a dar um diferencial aos produtos artesanais.

 

“No começo achava tudo muito estranho. Mas, agora, já dá para sentir a diferença, inclusive nas vendas”, afirmou a artesã, que participa da segunda oficina promovida pelo Ñandeva.

 

Hélia trabalha com tricô e bordado há 10 anos. Acostumada a confeccionar tapetes e toalhas, ela foi orientada pelos designers a utilizar a mesma técnica na confecção de um echarpe. O resultado impressionou a própria artesã. “ Achei muito bonito e acredito que vai vendar bem”, afirmou.

 

O artesão José Antonio Ribeiro França, que trabalha com couro há 20 anos, também acredita que os conhecimentos adquiridos durante as oficinas vão ajudar a aumentar as vendas. Segundo ele, os designers incentivam os artesãos a criar peças inovadoras e com design aprimorado.

 

“Se oferecermos produtos bonitos e de qualidade, com certeza as vendas vão aumentar”, destacou o artesão.

 

Comercialização

 

Por enquanto, a coleção de produtos Ñandeva está sendo vendida na loja de souvenirs do Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu. Conforme Ana Cristina, a comercialização ainda está em fase de teste e, mesmo assim, as vendas têm sido muito boas, principalmente para os turistas estrangeiros.

 

A partir do próximo ano, a coordenação do Programa pretende lançar uma franquia com os produtos Ñandeva. Ana Cristina afirma que deve ser instalada uma loja no Centro de Artesanato de Foz do Iguaçu, que está sendo construído, e também já há propostas de instalação de lojas em Curitiba e, inclusive, em cidades da Europa.

 

“A comercialização dos produtos é um dos pontos prioritários do Programa Ñandeva, pois é o que motiva os artesãos”, afirmou Ana Cristina.

 

Exposição e palestras

 

As peças produzidas pelos artesãos durante o 2º Workshop de Design e Iconografia estarão em exposição neste sábado, durante o 2º Seminário Internacional Design e Identidade Cultural, realizado no Mercure Grand Hotel Internacional.

 

No seminário, os designers vão ministrar palestras para estudantes e profissionais da área. Ao todo, serão 10 palestras sobre temas como: “A expressão da diversidade cultural”, “Design como alternativa de desenvolvimento: Uma experiência brasileira”, e “Promoção do artesanato através do design”. O seminário começa às 9 horas e vai até às 16 horas, e é aberto ao público.