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Itaipu e PTI inauguram Biblioteca Paulo Freire e Planta de Hidrogênio
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17/12/2014

Nesta quinta-feira (18), três importantes ambientes de ensino, pesquisa e integração serão inaugurados pela Itaipu Binacional e pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) - a Biblioteca Paulo Freire, que atualmente é a maior da região, a primeira Planta de Produção de Hidrogênio do Paraná e o Espaço Milton Santos. A solenidade será realizada às 9h, no PTI, onde estão os três recintos.

Batizada de “Paulo Freire” (1921-1997), em homenagem ao patrono da educação brasileira, a nova biblioteca conta com cerca de 45 mil livros, todos à disposição das mais de 5,5 mil pessoas que circulam pelo PTI diariamente.

A área total é de 4 mil m², onde estão compartilhados os acervos da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila); do polo presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB); do Centro de Engenharias e Ciências Exatas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); da Itaipu Binacional e da Fundação PTI.

Além do amplo espaço para o acervo bibliográfico, a Biblioteca é composta por um auditório, salas administrativas, ambientes para a realização de exposições e 16 salas de estudo, instaladas em uma parte preservada dos antigos alojamentos dos barrageiros. No piso superior foi montado um espaço de convivência, com passarelas, jardins e espelhos d'água.

A arquitetura ecoeficiente é um dos destaques da estrutura. A obra conta com soluções para o aproveitamento de luz natural e para proporcionar conforto térmico e acústico.

Outro aspecto que chama a atenção é uso de madeira laminada colada (MLC), em combinação com concreto pré-fabricado, para a estrutura de sustentação da cobertura da obra, compondo um design diferenciado. A utilização dessa solução apresenta vantagens, como estabilidade dimensional e resistência mecânica.

Produção de Hidrogênio

O PTI já começou a produzir hidrogênio em escala experimental. A planta de produção que será inaugurada nesta quinta-feira (18) é resultado de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Fundação PTI e a Eletrobras. O objetivo é investigar o ciclo de vida do hidrogênio, envolvendo as etapas de produção, purificação, compressão, armazenamento, controle de qualidade, transporte e uso final.

No início de dezembro, foram concluídas a instalação e o comissionamento do eletrolisador, que permite produzir hidrogênio por meio da eletrólise da água. Esse é o principal equipamento da unidade e foi adquirido da empresa italiana H2Nitidor. No eletrolisador ocorre a quebra da molécula da água, separando o hidrogênio e o oxigênio. Enquanto o oxigênio é liberado na atmosfera, o hidrogênio é purificado, comprimido e armazenado.

O potencial de aplicação do hidrogênio é amplo. Armazenado em grandes cilindros, na forma de gás, ele pode ser utilizado em células combustível e produzir energia elétrica para abastecer residências e indústrias, veículos elétricos ou até mesmo ser utilizado como sistema de backup. Entre as vantagens estão os benefícios ambientais, pois, nesse processo, o hidrogênio gera apenas vapor d'água, e não compostos de carbono, que causam emissões de gases do efeito estufa.

“No eletrolisador temos a utilização de energia elétrica e água, produzindo hidrogênio e oxigênio. Na célula combustível ocorre o processo contrário. A reação eletroquímica entre o hidrogênio e o oxigênio produz água e energia elétrica”, explica o coordenador do Núcleo de Pesquisas em Hidrogênio (NUPHI), Ricardo José Ferracin.

Esse processo possibilita armazenar energia elétrica, na forma de hidrogênio, e depois gerá-la novamente, utilizando a célula combustível. O mesmo modelo de produção poderá ser adotado, futuramente, por outras empresas do setor elétrico.

Espaço Milton Santos

Outro espaço que será inaugurado é o Milton Santos, localizado no último pavimento do Edifício das Águas. Trata-se de um ambiente de integração, destinado à realização de eventos e reuniões. O diferencial é a ampla visão do PTI e de parte da barragem de Itaipu a partir deste local.

O nome foi escolhido em homenagem ao geógrafo Milton de Almeida Santos (1926-2001), pela sua contribuição à geografia brasileira. As suas teorias sobre desenvolvimento do território e globalização são reconhecidas mundialmente. Em 1994, Milton Santos recebeu o Prêmio Vautrin Lud, conferido por universidades de 50 países.