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Itaipu ajuda fornecedores a avaliarem impacto de seus negócios
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04/04/2016
A Itaipu Binacional convida empresas para participarem do 2º Seminário Itaipu Envolve, que acontecerá no dia 6 de abril, no Hotel Deville Business, em Curitiba, e no dia 7, no Centro Executivo da Itaipu, em Foz do Iguaçu. A inscrição pode ser feita pelo link http://celebraeventos.com.br/itaipuenvolve. Não é necessário ser fornecedor cadastrado da Itaipu para participar.
 
O evento é uma oportunidade para refletir melhor sobre o impacto de seus negócios e de aprender mais sobre questões como sustentabilidade, responsabilidade social e ética nos negócios.
 
Nos últimos dias 21 e 22, 54 representantes de empresas fornecedoras da binacional participaram da primeira edição do evento, em Curitiba e Foz do Iguaçu.
 
A ideia é capacitar os fornecedores para que eles sejam capazes de traçar um diagnóstico da situação de seu negócio diante das externalidades. Em economia, isso significa os efeitos sociais, econômicos ou ambientais provocados pela venda de produtos ou serviços.
 
O evento foi organizado pelo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (Desfor), gerido pela Divisão de Planejamento de Compras e Superintendência de Compras da Itaipu. O treinamento foi conduzido por Maria Cristina Fedato, da Sextante Consultoria, mestre em Administração pela Faculdade de Economia e Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).
 
“Queremos capacitar os fornecedores para que eles estejam aptos a atender aos critérios de sustentabilidade que passarão a ser exigidos por nós”, disse o coordenador do Desfor, Luiz Cláudio Barreto, da Divisão de Planejamento de Compras da Itaipu. Esta sinergia é fundamental para que a Itaipu tenha as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, um dos pilares da visão da empresa para 2020.
 
Hoje, Itaipu dispõe de 41 objetos com critérios de sustentabilidade estabelecidos pelo Programa Compras Sustentáveis, lançado em 2011. Até o final deste ano, serão 50 objetos. As aquisições somam quase US$ 16 milhões.
 
“O Programa Compras Sustentáveis está consolidado. Isso significa que, nas nossas aquisições, estamos estabelecendo requisitos de sustentabilidade. Por isso, é fundamental que os nossos fornecedores saibam o porquê dessas novas cláusulas nos contratos, compreendam a importância delas e se preparem para atender às demandas da Itaipu”, afirmou a superintendente de Compras, Rosimeri Fauth Martins.
 
Durante o seminário foram apresentados conceitos de Sustentabilidade, de Responsabilidade Social e de Ética nos negócios e algumas normas de Itaipu para a contratação, como o Código de Condutas para Fornecedores, aprovado há um ano pelo Comitê do Programa Compras Sustentáveis. O documento reúne as expectativas de comportamento de Itaipu em relação a seus fornecedores.
 
“Este treinamento é uma semente que Itaipu está plantando. A orientação que estamos recebendo nos ajudará a continuar no mercado, no futuro”, disse o fornecedor de peças náuticas, Claudio Rogin Silva Olveira, da CRS de Oliveira & Cia Ltda.
 
Menos impactos e rastros negativos
 
Segundo Rosimeri Fauth, uma compra sustentável não está associada apenas ao objeto a ser adquirido, mas a todo o ciclo de vida desse objeto, o que inclui a cadeia de fornecedores. “Um negócio sustentável não pode deixar rastros negativos no processo”, disse Maria Cristina, para quem esta avaliação independe do setor e tamanho da empresa.
 
A palestrante sugeriu que essas consequências sejam pensadas também do ponto de vista do consumidor. “Se eu pago dez reais em uma calça jeans, este valor é suficiente para dar conta da cadeia produtiva? Quem a produz dificilmente está tendo seus direitos trabalhistas assegurados”, exemplificou.
 
Isso não significa que um produto caro assegura a idoneidade da cadeia produtiva. “Mas precisamos saber que, quando não pagamos por algo, este custo está sendo pago por alguém, seja pela supressão dos direitos trabalhistas, sonegação de impostos ou por irregularidades ambientais”, afirmou a consultora.
 
Itaipu oferece uma ferramenta de autoavaliação para estas empresas, que ajudam no diagnóstico destas pegadas. A partir desta autoanálise, os fornecedores devem pensar qual o impacto da atividade exercida e o que é possível tratar para reduzir este rastro.
 
“Ninguém está dizendo que é possível fazer isso de um dia para o outro, mas é preciso ter um plano, com metas”. E alertou: sustentabilidade é uma questão tão relevante quanto a segurança. “É tema para se pensar e atuar de forma permanente dentro das empresas”, concluiu.