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Trabalho da técnica em Hidrologia da Itaipu Binacional une responsabilidade e aventura
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18/10/2023

A técnica em Hidrologia na Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos Suelen Ruiz Lisboa integra um time que faz um serviço essencial para o funcionamento operacional da usina da Itaipu. O trabalho dela, por mais que demande muita responsabilidade e conhecimento, também se assemelha, no dia a dia, a uma grande aventura.


Foto: Arquivo pessoal.

A atividade é feita em embarcações de pequeno e médio portes, para coletar dados hidrológicos confiáveis para o processo de previsão de afluência. As viagens a campo duram em média cinco dias (de segunda a sexta-feira), com no mínimo três colaboradores(as), a depender da pendência existente na estação. “É um período intenso e repleto de desafios, em que enfrentamos diferentes condições climáticas e logísticas”, diz. Na semana subsequente, os dados coletados são processados.

Entre as atividades de campo, ela destaca a medição de vazão, o nivelamento de réguas, os levantamentos topobatimétricos nos rios afluentes e no reservatório de Itaipu. A medição de vazão consiste basicamente em aferir o fluxo de água passante numa seção transversal de um rio usando medidores acústicos. Essas medições têm como objetivo atualizar as curvas-chave usadas na previsão de afluência.

Já no nivelamento de réguas limnimétricas são feitos os ajustes e a manutenção das réguas instaladas nas margens dos rios nas estações fluviométricas oficiais. As réguas servem como referência para a vazão medida. E os levantamentos topobatimétricos visam o conhecimento do relevo de um rio para atualização dos modelos hidrodinâmicos desenvolvidos e atualizados constantemente pelo setor de previsão.

A área onde ela trabalha tem outras quatro mulheres, duas engenheiras e duas estagiárias. No campo, no entanto, a atividade é feita apenas por ela e uma estagiária.

Suelen Ruiz Lisboa se formou como técnica em Hidrologia pelo IFPR – Foz do Iguaçu em 2013, e em Engenharia Ambiental pela UTFPR – Medianeira em 2017. Atualmente, cursa um MBA em Geoprocessamento pela AcadGEO.

Nascida e criada em Foz do Iguaçu, sonhava em trabalhar em Itaipu, mas nunca pensou que isso seria possível. Em 2019, foi aprovada no processo seletivo. “No dia em que olhei o resultado, fiquei muito emocionada”, conta. 

Sete meses depois, veio a pandemia de covid-19 e ela teve que trabalhar durante oito meses em home office. No final de 2020, voltou às atividades normais.

Suelen tem 29 anos de idade e conta que sempre teve afinidade com matérias da área ambiental e correlatas. Após o ensino médio, ingressou no curso técnico de hidrologia. Lá, fez amizade com colegas que cursavam Engenharia Ambiental e Engenharia de Energias Renováveis, e acabou optando por fazer o curso de Engenharia Ambiental.

No curso técnico, contou com a experiência de excelentes professores. Mais tarde, viria a trabalhar com dois deles na usina. Tanto no curso técnico quanto na graduação, ela diz que havia uma divisão igualitária entre homens e mulheres. Porém, na área da Hidrologia, no campo de atuação, os homens ainda predominam.

Mesmo assim, a equipe é muito unida e os colegas estão sempre dispostos a ajudar. “Nunca sofri nenhum tipo de preconceito no trabalho. Muito pelo contrário, meus colegas realmente se preocupam com meu bem-estar físico”, elogia.

Um exemplo concreto ela percebe durante a tarefa semanal de fazer testes nos motores na oficina. “Não consigo executar essa atividade em particular, no entanto, sei que isso não significa que minha participação seja menos significativa. Em vez disso, concentro minha energia e expertise em outras áreas em que posso desempenhar um papel ativo e produtivo.”

E a contrapartida vem em forma de boa vontade. “Nossa equipe é multidisciplinar. Embora haja algumas atividades específicas de oficina que eu não consigo executar devido às limitações físicas, estou sempre disposta a auxiliar em outros campos e contribuir de alguma forma.”