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Meio Ambiente
Superintendente de Itaipu é reconduzido para a direção do CIBiogás
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29/11/2013

O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu Binacional, Cícero Bley Jr., foi reeleito nesta sexta-feira (29) para a direção geral do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), que tem sede no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR).

A assembleia para a eleição da diretoria executiva reuniu representantes de pelo menos 15 entidades do Brasil e do exterior. Bley estava no cargo havia seis meses, quando o centro foi instalado e a diretoria provisória, eleita; agora, reassume a função para um mandato de três anos.

O assistente da direção geral brasileira de Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida, também foi reconduzido para o cargo de diretor de desenvolvimento tecnológico; na diretoria administrativo-financeira, Jackeline Bittencourt de Lima assumiu no lugar de Soraya Penzin – ambas da Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI).

Na assembleia, também foram eleitos os sete novos integrantes do conselho de administração do CIBiogás e os cinco novos membros do conselho fiscal (e seus respectivos suplentes).

Entre os presentes na reunião estavam o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; o presidente do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Florindo Dalberto; e o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Júlio Felix.

A assembleia reuniu ainda representantes da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), Eletrobras, Petrobras, Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGás-ER), e prefeituras da região Oeste do Paraná – entre outras instituições.

Na assembleia, Cícero Bley apresentou a prestação de contas dos primeiros seis meses do CIBiogás e fez um balanço da atuação do centro. No período, segundo ele, o centro conseguiu mobilizar quase R$ 180 milhões para diversos projetos de desenvolvimento de tecnologias ligadas ao biogás, tanto do Brasil como do exterior.

“Raramente você consegue uma situação dessa logo na fundação de um centro”, comentou. “Claro que todo esse valor não vai ficar dentro do CIBiogás, mas são projetos que construímos com os nossos parceiros”, acrescentou, destacando o apoio da própria Itaipu e da Fundação PTI.

Cícero Bley disse também que a diretoria provisória cumpriu rigorosamente todo o rito legal para a formalização do centro e conseguiu, ao mesmo tempo, posicionar o biogás como fonte renovável da matriz energética brasileira – compromisso assumido ainda no ano passado, durante a Rio+20.

“O que nos surpreende, em apenas seis meses, é a lista de projetos que foram desenvolvidos, ou que estão em andamento, todos ligados a essa nova fronteira de produção de energia que é o biogás”, disse Jorge Samek, citando como exemplo o Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon (PR), que serviu de modelo para outro projeto de biogás na província (Estado) de San Jose, no Uruguai.

“Há uma solicitação da Organização das Nações Unidas para que experiências bem sucedidas sejam rapidamente replicadas”, acrescentou Samek, que no começo desta semana, acompanhado de Cícero Bley e do ministro de Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, participou em Nova York da reunião do conselho consultivo do programa Energia Sustentável para Todos (SE4ALL), organizado pela própria ONU.

Na ocasião, o gestor do SE4ALL, Kandeh Yunkella, pediu o apoio da Itaipu para desenvolver programas de minigeração de energia e microrredes em Angola, na África, tomando como base a experiência no condomínio Ajuricaba. A mesma experiência pode ser levada para outros países.

“O próprio Yunkella lembrou que, quando o mundo inteiro vivia um problema ligado ao petróleo, o Brasil desenvolveu o Proálcool; quando começaram as preocupações com mudanças climáticas e o efeito estufa, o Brasil veio com uma matriz limpa (a hidreletricidade); e agora, quando surgem essas questões ligadas a energia distribuída, nós temos a biomassa”, relacionou.

Samek lembrou que, atualmente, o mundo ainda tem cerca de 1,4 bilhão de habitantes sem acesso a energia elétrica. “Talvez essa seja uma grande oportunidade para países que tem 60% ou 70% da população sem acesso a energia elétrica, mas que têm, ao mesmo tempo, muita biomassa e possibilidades de arranjos locais”, acrescentou.