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Sistema online moderniza trabalho de catadores
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07/08/2009

O Centro Internacional de Hidroinformática (CIH), em cooperação com a Diretoria de Coordenação e a Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu, entregou, nesta terça-feira (4), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), o Cadastro Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis. Online, o sistema vai contribuir diretamente para a organização, integração e fortalecimento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), além de permitir o acompanhamento da frota de carrinhos elétricos desenvolvidos por iniciativa da Itaipu e do MNCR.

 


O novo sistema tem múltiplas utilidades
O sistema foi elaborado pelo CIH, em software livre, pode ser acessado pela internet (http://cncmr.hidroinformatica.org) e é completamente inédito no Brasil. Compareceram ao lançamento o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Jair Kotz, a gerente da Divisão de Ação Ambiental, Marlene Curtis, e o gestor do Projeto Coleta Solidária, Luiz Carlos Matinc, além de representantes do CIH e do MNCR.

       
De acordo com Gláucio Roloff, coordenador técnico do CIH, o sistema é um apoio do centro à Itaipu e ao MNCR. Ao permitir o cadastro nacional e o georeferenciamento das atividades dos catadores, ele promove a chamada “inteligência geográfica”. As utilidades são múltiplas. “Além de permitir localizar cooperativas, determinar as melhores rotas para os catadores, evitar a sobreposição de territórios e definir os melhores pontos para a implantação de novos galpões, ele ainda pode ajudar na gestão da frota dos carrinhos elétricos”, explica Roloff.

      
Segundo Davi Amorim, coordenador de comunicação do MNCR, o número de catadores organizados por cooperativas, associações ou grupos e devidamente cadastrados chega a 40 mil. Uma proporção relativamente pequena (5%), se comparada ao contingente de trabalhadores não organizados. “Estimamos que, em todo o Brasil, devem existir cerca de 800 mil catadores”, diz Amorim. “O sistema pode nos ajudar a aumentar o atual número de associações e de trabalhadores organizados”, avaliou. Para Valdirene Ruiz Lopes, representante do MNCR no estado de São Paulo, “a ferramenta é acessível e muito útil”. “Ela vem de encontro às necessidades surgidas na rua e nas cooperativas”, afirma.

     
Para Jair Kotz, as potencialidades do sistema são animadoras. “Podemos chegar ao ponto de ter o controle do que está sendo coletado e reciclado em todo o Brasil”, ressalta. Mas a iniciativa também já colhe frutos imediatos, de acordo com o superintendente. “Na medida em que se valoriza o trabalho do catadores promovendo a integração e a organização da classe, se amplia a motivação e a percepção de futuro dessas pessoas, que desempenham importante função ambiental”, destaca.

  

Itaipu e o MNCR

 


Cooperação entre Itaipu e MNCR permite o desenvolvimento tecnológico dos carrinhos elétricos
Segundo Matinc, a entrega da ferramenta é apenas mais uma etapa do esforço iniciado em 2003, quando a Itaipu pôs em prática o Projeto Coleta Solidária “para fazer com que os catadores sejam reconhecidos como prestadores de serviço públicos e tratados com o respeito que merecem”.

    

Desenvolvido em parceria com diversas entidades, entre elas o MNCR, as ações do projeto se estendem por toda a região da Bacia do Paraná 3 e já resultou na formalização de quatro cooperativas e 16 associações, além da capacitação de mão-de-obra e da entrega de equipamentos como prensas, balanças e uniformes.

    

Em 2008, a Itaipu e o MNCR formalizaram um convênio de cooperação técnica para o desenvolvimento tecnológico dos 80 carrinhos de coleta elétricos produzidos pela CER.GB, em parceria com outras entidades, e entregues ao movimento, em diferentes pontos do Brasil. O acordo também prevê a gestão de aterros sanitários para a geração de energia e o estudo de logística urbana para a otimização da coleta de material reciclável.