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Responsabilidade Social
Rio+20: projetos da Itaipu beneficiam 2 mil famílias de baixa renda
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13/06/2012

Desde em 2003, a Itaipu Binacional e diversos parceiros do programa Cultivando Água Boa vêm conseguindo mudar a realidade de populações em situação de risco social na área de influência do reservatório (a Bacia Hidrográfica do Rio ParanáParte 3). São pescadores artesanais, indígenas e catadores de materiais recicláveis, em um total de mais de 2 mil famílias atendidas. As ações que beneficiam essas comunidades estão abrigadas nas iniciativas Produção de Peixes em Nossas Águas, Sustentabilidade de Comunidades Indígenas e Coleta Solidária, que serão apresentadas em diversas atividades da Conferência da Terra, a Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro entre 13 e 22 de junho.

No segmento dos pescadores, por exemplo, a Itaipu vem conseguindo mudar a cultura extrativista com a adoção da aquicultura (criação de peixes em tanques-redes). Em seis municípios da região, o peixe passou a fazer parte do cardápio na merenda escolar. “A inclusão da carne de peixe na merenda foi possível graças a uma máquina que separa as espinhas. A produção de carne mecanicamente separada chega a 30 toneladas”, explica o gestor do projeto, Irineu Motter, da Itaipu.

No total, são cerca de 850  pescadores assistidos, organizados em sete colônias e duas associações. Desde 2003, a Itaipu investiu R$ 4,2 milhões no projeto, o que permitiu a implantação de 550 tanques-redes na região. A pesquisas feitas pela Itaipu sobre a capacidade de suporte ambiental do reservatório para esse tipo de atividade resultou no lincenciamento pelo Ibama dos três primeiros parques aquícolas do Brasil.

Indígenas

O cultivo de peixes em tanques-redes também é uma prática que vem ajudando na melhoria das condições de vida de comunidades indígenas atendidas pelo Cultivando Água Boa. No Ocoy, por exemplo, os 40 tanques-redes respondem por uma produção anual de 8 toneladas de peixes. O apoio da Itaipu e demais parceiros do programa também se estende à infraestrutura (construção de casas e cascalhamento das estradas internas) e a melhorias nas práticas agropecuárias, por meio da aquisição de equipamentos para plantio, insumos, animais e sementes, preparo de solos, apoio à bovinocultura de leite, à apicultura e assistência técnica com técnicos indígenas e não-indígenas.

Nas três reservas indígenas (Tekoha Añetete, Tekoha Itamarã e Tekoha Ocoy), as famílias são acompanhadas e orientadas no tratamento preventivo contra a desnutrição  infantil , participando de cursos e orientação para o uso de alimentos, plantas medicinais e aromáticas. A sustentabilidade alcançada nas comunidades tem, inclusive, atraído famílias indígenas de fora da região. Em 2010 e 2011, nas reservas do Itamarã e do Añetete, o número da famílias passou de 25 para 35 e de 45 para 73, respectivamente. Hoje, as três comunidades abrigam cerca de 260 famílias (1.300 pessoas).

O cacique da aldeia de Itamarã, Isario Karai Mirin Popykua, nascido na comunidade do Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, atesta que as condições melhoraram muito desde 2004, quando ele chegou à aldeia, onde vive até hoje. Entre deixar o Ocoy, nos anos 80, e o retorno para o Oeste Paranaense, ele viveu no Centro Oeste, em uma terra demarcada dividida com a etnia caingangue. “Lá, a gente não tinha acesso à agricultura e à educação como aqui. Nem o apoio que temos para manter as nossas tradições”, afirmou o líder comunitário.

Na opinião da gerente da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu, Marlene Curtis, a valorização da cultura e tradições dos guarani é de grande importância na integração das famílias e da  comunidade. “Através de práticas como o artesanato e o coral, o modo de ser guarani é valorizado, constituindo-se no principal pilar para a sustentabilidade das três comunidades ”.

Catadores

As ações da Itaipu voltadas aos catadores de materiais recicláveis se tornaram uma referência no País. Prova disso é que a Itaipu compõe o Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores e atua, desde 2008, em parceria com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Em 2012, formalizou um novo convênio com o Instituto Lixo e Cidadania para atender, além dos catadores da região da Bacia do Paraná 3 (BP3), aos da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral do Paraná.

Outro resultado está no fortalecimento das cooperativas e associações da região, criadas com apoio da Itaipu. A Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu (Coaafi) ), por exemplo, aprovou projeto junto ao Minitério do Trabalho e Emprego (MTE) para investir na capacitação de catadores autônomos da região A cooperativa também aprovou projeto junto ao BNDES, para a aquisição de equipamentos.

Em todos os 29 municípios que fazem parte da BP3, são cerca de mil catadores atendidos pelo projeto, organizados em 25 associações e três cooperativas. Outro resultado do projeto está na criação de um veículo elétrico para transporte de materiais coletados pelos catadores. Através de convênio com o movimento nacional da categoria, foram doados 150 carrinhos que estão em testes em várias cidades do País (o modelo está em exposição no estande da Eletrobras, no Parque dos Atletas, durante a Rio+20).

“O papel da Itaipu é ser um instrumento de fortalecimento das associações e cooperativas, para que elas se capacitem, consigam elaborar projetos e acessar  recursos, e sejam contratadas pelo poder público municipal. Dessa forma, os catadores se valorizam como sujeitos políticos e prestadores de serviços nos seus respectivos municípios”, afirma Luiz Carlos Matinc, gestor do programa Coleta Solidária.

Jovem Jardineiro

Outra iniciativa do Cultivando Água Boa que beneficia pessoas de baixa renda é o programa Jovem Jardineiro. Trata-se de um projeto educativo, que já formou 229 jovens através de oficinas teórico-práticas, estruturadas em torno de três eixos: promoção da sustentabilidade na comunidade, conservação ambiental e consumo consciente, e plano de vida e carreira.

“O projeto prepara os jovens para o mundo do trabalho, buscando desenvolver competências para o trabalho em equipe, o empreendedorismo social, o exercício da autonomia e da cidadania”, resume o gestor do programa, Vinícius Ortiz de Camargo.

Para mais informações e entrevistas, favor contatar:

Assessoria de Imprensa da Itaipu Binacional
imprensa@itaipu.gov.br
55 45 3520-5230

Marlene Curtis – Gerente da Divisão de Ação Ambiental
marlene@itaipu.gov.br

Luiz Carlos Matinc – Gestor do programa Coleta Solidária
matinc@itaipu.gov.br
Vinícius Ortiz de Camargo – Gestor do programa Jovem Jardineiro
ortiz@itaipu.gov.br