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Meio Ambiente
Rio+20: Itaipu leva experiências de educação ambiental na BP3
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12/06/2012

A Itaipu Binacional apresentará na Conferência Rio+20, de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, a experiência e os resultados de quase 10 anos de ações de educação ambiental postas em prática na Bacia Hidrográfica do Rio ParanáParte 3 (região que abrange os rios conectados com o reservatório da hidrelétrica). Nesse período, o programa Cultivando Água Boa envolveu mais de 22 mil pessoas em diversas frentes da educação ambiental, desde palestras de sensibilização à formação de educadores.

Na Rio+20, a Itaipu estará presente nos eventos ligados à Carta da Terra e ao Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (este confeccionado durante a Rio 92). “Ambos são documentos que fundamentam as ações educativas desenvolvidas no Cultivando Água Boa e que abrangem a educação formal (em escolas), não-formal (fora do ambiente escolar) e difusa (em materiais educativos, sites etc)”, explica o diretor de Coordenação e Meio Ambiente da Itaipu, Nelton Friedrich.

A binacional também participará dos eventos da Rede Brasileira da Agenda 21, compartilhando a metodologia da Agenda 21 do Pedaço, que é elaborada de forma participativa em cada uma das comunidades e respectivas microbacias hidrográficas atendidas pelo programa.

Hoje, são 135 microbacias na região que estão zerando seus passivos ambientais, com ações coletivas como a recomposição e proteção de matas ciliares, a readequação de estradas rurais e a implantação de abastecedouros comunitários; e também ações individuais, como a adoção de novos modos de ser, sentir, viver, produzir e consumir.

“A educação ambiental desempenha um papel fundamental no conjunto de projetos do programa Cultivando Água Boa, pois é por meio da sensibilização, conscientização  e a mobilização das pessoas que as conquistas são alcançadas pela comunidade, que passa a se sentir co-responsável pela qualidade socioambiental no seu pedaço do planeta”, comenta a gestora do programa Leila de Fátima Alberton, da Itaipu.

Como o programa é implantado

Ações de sensibilização são o centro da metodologia de implantação do programa Cultivando Água Boa em uma microbacia hidrográfica e sua respectiva comunidade. E por isso é responsabilidade da educação ambiental, que por sua vez é gerida por Coletivos Educadores, que reúne 69 instituições espalhadas pelos 29 municípios que fazem parte da Bacia do Paraná 3.

Em todas as microbacias, essa sensibilização ocorre através das Oficinas de Futuro, que são inspiradas nos conceitos de Paulo Freire. Trata-se de um diagnóstico participativo, em que a comunidade é estimulada a pensar sobre sua condição, imaginar o futuro que deseja e pôr em prática soluções para os problemas que enfrenta.

Essa prática foi batizada de Agenda 21 do Pedaço e é distribuida em quatro etapas. A primeira delas é o Muro das Lamentações, em que toda a comunidade dialoga sobre os problemas socioambientais. Em seguida, passa-se para a segunda fase, a Árvore da Esperança, em que os participantes explicitam o que sonham para o lugar onde vivem.

Na terceira etapa, o Caminho Adiante, são definidas as metas para as ações corretivas e, por fim, é celebrado um compromisso de cuidado com as águas, o Pacto das Águas, em que a comunidade, as lideranças e o poder público selam uma parceria em prol da sustentabilidade. Os 52 pactos já celebrados somam um público de 19.700 pessoas, formado principalmente por agricultores de caráter familiar.

Outra frente das ações de educação ambiental é a formação de educadores, através de uma metodologia conhecida como Círculos de Aprendizagem. A cada etapa, o círculo de participantes se amplia e os que concluem aquela etapa têm o compromisso de trazer novos participantes. Com isso, 115 comunidades de aprendizagem foram formadas, contribuindo para a formação de 7.200 educadores ambientais populares.

Essa metodologia interessou ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que firmou um acordo de cooperação com a Itaipu, em 2006, e que resultou na criação do Centro de Saberes e Cuidados Socioambientais da Bacia do Prata. O centro, que tem sede no Parque Tecnológico Itaipu e que também estará presente na Rio+20, atua de forma semelhante, para formar educadores nos cinco países que compõem a Bacia do Prata (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). Atualmente, o centro está concluindo a formação de 4.500 pessoas na região (900 por país).

Valorização do patrimônio

A Itaipu tem outra iniciativa voltada para a conscientização a respeito da temática socioambiental e que atua em sintonia com as ações de educação ambiental. É o programa Valorização do Patrimônio Institucional e Regional, que teve sua origem com a criação do Ecomuseu, em 1987, uma das medidas de mitigação do impacto da construção da hidrelétrica.

Com mais de 1 milhão de visitantes desde sua fundação, o Ecomuseu hoje faz parte do Complexo Turístico da Itaipu e conta com espaço de exposição permanente, exposições itinerantes, além de atender a escolas da região em ações educativas. É, também, o núcleo da Rede Regional de Museus, Memória e Patrimônio Natural, e que conta com a participação de representantes dos 29 municípios da região.

Com essa rede são articuladas ações como o Festival das Águas (festival de música em torno da cultura da água) e a formação de pessoas para atuar na gestão do patrimônio cultural e natural. “É a comunidade que orienta as ações do programa, de forma participativa”, sintetiza a gestora do programa, Maria Emília Medeiros de Souza.

Para mais informações e entrevistas, favor contatar:

Assessoria de Imprensa da Itaipu Binacional
imprensa@itaipu.gov.br
55 45 3520-5230

Leila de Fátima Alberton – Gestora do programa Educação Ambiental
leilafa@itaipu.gov.br

Maria Emília Medeiros de Souza – Gestora do programa Valorização do Patrimônio Institucional e Regional
emilia@itaipu.gov.br