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Rio+20: Itaipu abre canal direto de diálogo com secretaria-geral da ONU
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20/06/2012

Na segunda-feira (18), no Planetário do Rio de Janeiro, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, se reuniu com o economista Thomas Stelzer, secretário-geral assistente do Departamento de Assuntos Econômicos da Organização das Nações Unidas (ONU). Stelzer trabalha diretamente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich; o ministro do Meio Ambiente do Paraguai, Oscar Rivas; e a ministra da Secretaria Nacional de Emergência do país vizinho, Gladys Cardozo, também participaram do encontro.
    
Organizada pelo Instituto Humanitare, dentro da agenda de atividades da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sutentável, a Rio+20, a reunião abriu pela primeira vez um canal direto de diálogo entre a maior produtora de energia elétrica do planeta e a secretaria-geral da ONU. Atualmente, Itaipu mantém parcerias e acordos de cooperação com outras instâncias das Nações Unidascomo a Unesco, a Onudi e a FAO.

“Essa é uma grande oportunidade de se constatar o quanto de interesse comum entre Itaipu e ONU e o quanto isso pode ser reforçado organicamente ao longo dos próximos anos”, definiu Friedrich. “Tanto é verdade que ficou muito clara a necessidade de nos encontrarmos mais”, completou.
   
Na reunião, Samek falou sobre a importância da Itaipu para a segurança energética de Brasil e Paraguai e da nova missão da empresa, a partir de 2003 – além de produzir energia elétrica com qualidade, atuar para o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região, temas em evidência na Rio+20. “Somente o Projeto Cultivando Água Boa desenvolve mais de cem ações. E tudo isso feito com muita parceria”, relatou.

A necessidade de estabelecer parcerias e de buscar o crescimento sustentável também ficou evidente no pronunciamento de Stelzer, que elegeu a energia como o centro de uma revolução necessária para o fim das agressões ao planeta. Ao contrário do Brasil, cuja matriz energética é limpa, a maioria dos países desenvolvidos usa fontes poluentes – como o petróleo e o carvão – para produzir energia. “Teremos que reduzir em 50% as emissões de CO2 [nas próximas décadas]”, indicou.
 
“O desafio é produzir oportunidade para as 80 milhões de pessoas que entram no mercado de trabalho todo ano. Temos que pensar como a economia vai crescer, porque a maneira que cresceu até hoje nos levou a uma situação insustentável”, reforçou Stelzer.
 
Metamorfose positiva
   
O ministro Oscar Rivas disse que, em 20 anos, após a conferência do Rio de Janeiro em 1992, a América do Sul sofreu uma “metamorfose positiva”, que pode ser exemplo para o resto do mundo. “Para nós, a Rio+20 é um ponto de inflexão na história da humanidade. Creio que esse é o novo momento de partida. Mesmo que não cheguemos a um consenso, esperamos uma forte união dos países para empurrar um pouco mais adiante essa agenda que estamos construindo”, afirmou.

Relação direta
 
Nelton Friedrich disse que o fato de um alto emissário da ONU falar com tanta contundência sobre meio ambiente e a importância da redução das emissões reforça as iniciativas de Itaipu para construção de uma agenda sustentável. “E só a relação possibilita uma aproximação maior. Quanto mais as autoridades se relacionam, mais é possível construir ações conjuntas. Por isso acho que esse encontro abriu também esse caminho, mais forte, de uma relação mais direta com o próprio secretário-geral da ONU”, comentou.