Rio+20: diretora apresenta os avanços da equidade de gênero na Itaipu
Tamanho da letra
21/06/2012
A diretorafinanceiraexecutiva de Itaipu, Margaret Groff, empregada de carreiranaempresa e segundamulher a ocupar um cargo de diretoria no ladobrasileirodabinacional, afirmou, naRio+20, que o incentivoàigualdade de gêneroé um dos caminhospara a promoção do desenvolvimentosustentável.
Margaret participou, nestaquarta-feira (20), daconferênciacoordenadapelaex-presidente do Chile, Michele Bachelet, diretoraexecutivadaONUMulheres.
Em seudiscurso, Margaret agradeceu a diretoraexecutivadaONUe a parabenizoupeladedicaçãoaoempoderamentodamulheres. "Temos a certeza de queestamossendorepresentadasporumagrandeprofissional, quetem no seupropósito a causadamulher e age com o coração em prol do fortalecimentodelas no mundo. As mulheresmerecemtê-lacomorepresentante e sótêm a agradecerporsuagrandeliderança".
Maiorparticipaçãofeminina
Numencontro similar, nasegunda-feira (18), Bacheletafirmouque o verdadeirodesenvolvimentosustentáveldahumanidadesóvaiacontecer com umamaiorparticipaçãofeminina em todosossetoresdasociedade, mas, principalmente, napolíticamundial.
Nestaquarta, Bacheletreafirmou: “As mulheressãolideranças-chave do desenvolvimentosustentável". Elatambémreiterouquetodososcompromissos e metasrelevantespara se alcançar a equidade de gênerojáforamproclamados em conferênciasinternacionais e escritos em documentos e declarações. E concluiu: "Énecessáriopassardaretóricaàprática". Osavançosnaequidade de gênerocontribuíramnaelaboração do relatório final da Rio+20, quedeveserconcluídonestesábado.
Naprática
No casodaItaipu, o incentivoàequidadeétraduzido em políticapública e vaialém dos murosdaempresa. Pioneiranaimplantação de ações de promoçãoàigualdade de gênero no setorelétrico, a empresamantémdesde 2004 um programaespecíficosobre o tema.
O debate abordou a igualdade de gênero e o empoderamentodasmulheresnaconcretização do desenvolvimentosustentável, em trêsdimensões: econômica, social e ambiental. Margaret lembrouqueItaipuestárepresentadana Rio+20 porprogramasquecontemplamtodosessespilares.
Em relação àigualdade de gêneroparaos negócios sustentáveis, a Itaipu, queé signatária dos Princípios de Empoderamento de Mulheres, vem incentivando suas empregadas a desenvolverem competências para assumir cargos de chefia.
Nos últimos nove anos, o número de mulheres em postos de liderança dobrou - subiu de 10% no total de cargos de chefia para 21%. No eixo ambiental e social, Itaipu também dá sua contribuição. A empresa tem apoiado programas de agricultura, de capacitação e de educação voltados para as mulheres.
A empresa também tem investido em movimentos de mulheres empreendedoras e executivas na disseminação e no fortalecimento do empoderamento das mulheres, tanto com os stakeholders e fornecedores, como com as universidades e a sociedade em geral.
Um dos exemplos disso é participação de Itaipu na publicação do livro “Mulheres, Elas Fazem História", que trata de experiências profissionais, práticas empresariais e reflexões sobre a liderança feminina.
A obra, lançada em Curitiba, em março deste ano, apresenta ao público, principalmente às mulheres, modelos femininos empresariais bem-sucedidos. Além de fazer uma abordagem técnica sobre o tema, o livro relata a trajetória de 64 executivas de empresas brasileiras. Margaret entregou um exemplar da obra para Bachelet.
Política de gênero
No final do ano passado, a diretoria e o conselho de Itaipu aprovaram a implantação de uma política de equidade de gênero na empresa, válida para ambas as margens da usina. A política tem sete diretrizes, 20 objetivos e 55 atividades.
Até 2002, nenhuma mulher havia ocupado uma diretoria de Itaipu. A primeira foi Gleisi Hoffmann, atual ministra chefe da Casa Civil, que ocupou a Diretoria Financeira Executiva. Quando ela estava no cargo, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia. E Dilma foi a grande responsável pela articulação e implantação das ações de equidade de gênero nas empresas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia, do qual Itaipu faz parte.
Atualmente, dos doze cargos de diretoria, no Brasil e Paraguai, três são ocupados por mulheres: Margaret Groff, no lado brasileiro e, no lado paraguaio, María Mercedes Elizabeth Rivas Duarte (diretora financeira) e Diana Beatriz García Galeano (diretora de Coordenação).
Itaipu segue as diretrizes do Ministério de Minas e Energia e do Plano Nacional de Política para as Mulheres, além de integrar o grupo de trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) para definição de estratégias e implementação dos Princípios de Empoderamento da Mulher.
Selo Pró-Equidade de Gênero
Desde 2006, a Itaipu Binacional é certificada pelo Selo Pró-Equidade de Gênero. Concedido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal, o selo é um reconhecimento ao trabalho pioneiro desenvolvido pela empresa com adoção de boas práticas de gênero na gestão de pessoas e na cultura organizacional.
A primeira edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do governo federal, em 2006, reuniu 15 empresas. Em 2007 e 2008, esse número subiu para 23 corporações participantes e, nos anos de 2009 e 2010, chegou a 58 empresas. Atualmente, o Programa engloba mais de 80 empresas e instituições públicas e privadas, num universo de 830 mil homens e mulheres trabalhadoras.
No último dia 23 de maio, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, assinou, em Brasília (DF), o termo de compromisso da 4ª edição do Programa. Este ano, a Fundação Itaiguapy, que administra o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu também aderiram ao termo.