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Responsabilidade Social
Programa da Itaipu é apresentado como modelo para a coleta de resíduos
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24/09/2013

 Programa Coleta Solidária, desenvolvido pela Itaipu, foi apresentado nesta segunda-feira (23), durante o 1º Seminário Regional Sul e Centro-Oeste do Projeto Articula (Ação), como experiência a ser seguida no fomento e desenvolvimento da coleta de resíduos sólidos.

A apresentação foi feita pelo superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Jair Kotz. Organizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria Nacional de Economia Solidária, o encontro prossegue até quarta-feira (25), no Salão Mercosul, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

A proposta do evento é encontrar formas de melhorar a qualidade de vida dos catadores por meio da organização e desenvolvimento de cooperativas. Ao mesmo tempo, aumentar a vida útil dos aterros sanitários.

Segundo a coordenadora do Articula (Ação), Ronalda Barreto Silva, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada pelo presidente Lula em 2010, a meta está mais próxima de ser alcançada. Até 2014, os lixões devem ser eliminados das cidades brasileiras. Do contrário, receberão menos recursos do Governo Federal.

“Graças à Itaipu, esta região está mais avançada. Entretanto, em outras, muito ainda precisa ser feito para cumprir a lei. Este encontro busca encontrar mecanismos para fazer isso acontecer”, ressalta Ronalda.

O programa

O objetivo do Coleta Solidária, lançado por Itaipu em 2003 como uma das ações do Programa Cultivando Água Boa (CAB), é aumentar a renda dos catadores de materiais recicláveis, formar cooperativas e transformar a atividade em profissão. Começou em Foz do Iguaçu, com a doação de carrinhos, uniformes e capacitação.

O Coleta Solidária foi além da Bacia do Paraná 3 (BP3) e atualmente já atinge mais de 60 cidades, entre eles Palotina, Serranópolis e até municípios da região metropolitana de Curitiba. “O projeto cresceu. A renda dos catadores aumentou mais de 300%. Mas ainda há muito a ser feito”, disse Jair Kotz.

Na opinião de Viviane Mertig, Presidente da Cooperativa de Foz, o Coleta Solidária não apenas contribuiu para o aumento da renda, mas aumentou a autoestima dos catadores. “Nos cursos, aprendi que o meu trabalho auxilia no desenvolvimento das cidades e contribui para a preservação do meio ambiente”, afirmou.

Para Viviane, o grande desafio é obter o reconhecimento das prefeituras e o pagamento, por parte do município, pelo trabalho dos catadores. “Por que não contratar as cooperativas para fazer coleta de materiais recicláveis? Hoje fazemos isso, mas não recebemos”.

O encontro

No seminário serão discutidos também assuntos como a abordagem dos catadores avulsos e o encaminhamento para os programas do governo federal; formação de catadores, alfabetização e elevação da escolaridade; e a organização de entidades de catadores e redes de economia solidária.

Os temas foram definidos no 1º Seminário da Senaes Pró-catador: Articulação de Entidades Parceiras, realizado de 29 a 31 de julho, em Brasília. A estratégia está de acordo com a Política Nacional de Recursos Sólidos, que determina a reciclagem máxima possível de materiais.

A iniciativa do governo federal criou uma hierarquia para a gestão e o gerenciamento de resíduos e sugere prevenção, reutilização, tratamento e disposição em aterros somente dos rejeitos. Ela também coloca o gerador de resíduos como responsável por sua destinação, sem tirar das prefeituras a responsabilidade, mas compartilhando-a. A ação também é voltada à integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas atividades que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.