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Institucional
PIIT abre caminhos para jovens rumo ao mercado de trabalho
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05/06/2013

Depois da festa de despedida, do abraço nos amigos e de encostar o cartão azul no relógio ponto pela última vez, os jovens participantes do Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT) ainda têm mais uma etapa antes do “adeus”: fazer a rescisão de contrato no Ministério do Trabalho. É o momento decisivo. E agora, o que fazer? Que caminho seguir? O que fazer com o dinheirinho do FGTS?
        
Segundo o coordenador do PIIT, Marcos Antônio Castro de Araújo, o Marcão, da Divisão de Seleção e Acompanhamento de Recursos Humanos (RHDA.AD), o objetivo do Programa é justamente fazer com que essa transição da adolescência para as responsabilidades da vida adulta seja mais suave. Os jovens recebem informações, conselhos e são incentivados a ir atrás de seus objetivos desde cedo.
    
  
Em 25 anos de PIIT, o número de jovens que participaram do programa já ultrapassa 4.700. E, junto com eles, são beneficiadas também suas famílias – que, além da ajuda financeira, têm em casa garotos e garotas mais responsáveis e conscientes. Para Marcão, o PIIT é, acima de tudo, uma forma de passar valores e de preparar para o mercado de trabalho.
       
Um bom exemplo do sucesso do programa é o ex-PIIT Luiz Eduardo Barbosa. Na manhã de segunda-feira (3), ele e o pai estavam cedinho no Ministério para acertar a documentação: agora, ele não é mais participante do PIIT. Sonhos não faltam: Luiz Eduardo está cursando o Técnico em Segurança do Trabalho no Senai e, no final do ano, já terá o diploma na mão.
      
Como trabalhava no Escritório Central, ele logo foi se apresentar ao pessoal da Divisão de Engeharia de Segurança do Trabalho (RHSS.AD). “Já enviei meu currículo e vou tentar estágio na Itaipu”, promete. O pai, Luiz Laudelino Barbosa, é só orgulho e sorrisos – sabe que o filho é responsável e vai longe. “A educação depende deles, mas a gente tem que incentivar sempre”, aconselha.
     
Agilidade
      
Quem organiza as rescisões de contrato dos PIITs é a Guarda Mirim, mas a documentação da Itaipu tem que estar bem organizada para que dê tudo certo. Por isso, é importante que os gerentes e supervisores mantenham o cartão-ponto em dia e encaminhem com as justificativas o quanto antes ao RHGM.AD, para processar os descontos, quando necessário.
       
“Nesse tipo de contrato, com período pré-estabelecido, as empresas têm apenas um dia útil para trazer toda a documentação e fazer todos os pagamentos ao jovem”, explica Gilberto Braga, gerente regional do trabalho e emprego em Foz do Iguaçu. Caso a documentação não esteja pronta, a empresa deve pagar multa de um salário ao empregado e um salário ao Ministério do Trabalho.
     
      
Na Itaipu, o Marcão está sempre de olho para que a documentação seja entregue de acordo – e para que os jovens possam “voar” sozinhos o quanto antes. Ou, no caso de Luiz Eduardo, guiar: com o dinheiro da rescisão, ele vai pagar as aulas da autoescola. “Vai ser uma ajuda e tanto, então nem penso em sair gastando”, disse.
   

O programa
      
O Programa de Iniciação e Incentivo ao Trabalho (PIIT), que já rendeu à Itaipu o título de Empresa Amiga da Criança, é aberto a jovens com idade entre 15 e 17 anos, de famílias de baixa renda e cursando ensino médio ou fundamental em escola pública.
 
Criada em 1988, a iniciativa oferece a oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho nas cidades de Curitiba e Foz do Iguaçu, no Brasil; e Ciudad Del Este, Hernandarias e Presidente Franco, no Paraguai.
  
Em Curitiba, a Itaipu tem convênio com a Associação de Educação Familiar e Social do Paraná (AEFES-PR); em Foz do Iguaçu, com a Guarda Mirim. Ambas as entidades são referências na inserção de jovens no mercado de trabalho. Todos os anos, mais de 300 menores aprendizes passam por Itaipu encaminhados por estas instituições.
 
O programa se divide em três modalidades: Adolescente Aprendiz, Adolescente em Iniciação ao Trabalho e Jovem Jardineiro. Os jovens trabalham por até dois anos na Itaipu.
   
Eles recebem uma bolsa-auxílio mensal no valor de um salário mínimo vigente, seguro de vida, vale-transporte, vale-alimentação e assistência médica e odontológica. O expediente, com carga máxima de 4 horas diárias, é feito no contraturno escolar, para não prejudicar os estudos.