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Peça de 761 toneladas da Petrobras passa pela Itaipu
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05/08/2013

A terceira e maior peça da fábrica de fertilizantes (UFN3) que a Petrobras está implantando no Mato Grosso do Sul desembarcou neste domingo (4), na usina de Itaipu, de onde seguiu em direção ao aterro sanitário do bairro Porto Belo, em Foz do Iguaçu. Na quarta-feira (7), a peça começará a ser transportada para a travessia pelo reservatório, na Prainha de Três Lagoas. A viagem com destino a Três Lagoas (MS), que só deve acontecer no sábado (10), terá um percurso de 750 quilômetros e vai levar em média oito dias.

O reator de amônia, fabricado na China, pesa 761 toneladas, tem 6,40 metros de altura e quase 40 metros de comprimento. A peça gigantesca tem mais do que o dobro do peso do maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da turbina, com 290 toneladas.

Procedente do porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS), o reator seguiu o mesmo caminho das peças anteriores trazidas pela Petrobras. A chiler de amônia, de 320 toneladas, e uma caixa de purificador, com 173 toneladas, chegaram à usina por via fluvial, desde Mar del Plata .

Para vencer o desnível de 120 metros provocado pela barragem da usina, foi montada uma megaoperação de transporte, que conta com apoio da Itaipu. A operação começou em abril.

Depois de desembarcada na margem do Rio Paraná, próximo à foz do Rio Bela Vista, em uma rampa de concreto construída exclusivamente para esta finalidade, a peça será transportada numa carreta especial, com 160 pneus.

O comboio seguiu pelo aeródromo Hércules, no bairro Porto Belo, cruzando a Avenida Tancredo Neves, até o bairro Três Lagoas. Na região da prainha, a peça será acomodada em uma barcaça com 80 metros de comprimento e 16 metros de largura. Dali, o equipamento segue viagem pelo reservatório de Itaipu até o destino final.

Hidrovia

Para o gerente do Departamento de Obras e Manutenção, Andreas Arion Schwarz, coordenador dos trabalhos por Itaipu, as megaoperações de transporte das peças da Petrobras confirmam a viabilidade de exploração do transporte hidroviário no Rio Paraná.

“Se foi possível fazer o transporte dessas peças gigantescas pelo reservatório, e transpor a barragem de Itaipu, por que não usar esse caminho para o escoamento de outras riquezas, como outros equipamentos, máquinas e commodities?", questiona.

Segundo ele, Itaipu está preparada para apoiar e ser parceira de projetos nesse sentido. “Só depende da iniciativa privada demonstrar interesse em investir no negócio”, afirma. A estrutura de acesso e desembarque para as embarcações existe e pode ser aperfeiçoada.

Ainda segundo Andreas, a  rampa, feita com blocos de concreto pré-moldado, resistiu totalmente à ultima cheia. “A rampa ficou submersa em mais de 20 metros pela última cheia do Rio Paraná e permaneceu intacta”, diz.

Chuvas

A previsão inicial era que o transporte de todo o conjunto de peças da Petrobras seria concluído no final de setembro, mas, em função da cheia do mês passado – quando o nível do reservatório ficou muito acima do normal –, a operação teve que ser adiada. Ainda não há nova previsão de término do trabalho.

Cerca de 100 pessoas atuam em toda o transporte. O trabalho é coordenado pelo Consórcio de Transporte Intermodal-CTM, contratado pela Petrobras para o serviço. A mão de obra utilizada no apoio é local.