O diretor-geral paraguaio de Itaipu, James Spalding, disse que a entrada em operação da linha de 500 kV, entre a usina de Itaipu, em Hernandárias, e a subestação de Villa Hayes, na grande Assunção, é a grande prioridade do governo paraguaio.
 
A afirmação foi feita nesta quinta-feira, dia 22, durante a primeira reunião da Diretoria Executiva, que contou com a participação dos novos diretores paraguaios. Miguel Gómez foi o último nome a ser oficializado pelo presidente Horácio Cartes na diretoria de Itaipu. O decreto de nomeação de Goméz frente à Diretoria Financeira foi publicado no início da manhã desta quinta-feira (22).

Quadro de diretores: Nelton Friedrich, Francisco Domaniczky, Carlos Paris Ferraro, Margaret Groff, James Spalding, Jorge Samek, Cesar Ziliotto, Sanchez Tilleria, Miguel Gomez e Edesio Passos

A composição da diretoria paraguaia é formada pelo diretor técnico, José María Sánchez Tillería; diretor administrativo executivo, Carlos Paris Ferraro; diretor de Coordenação executivo, Pedro Domaniczky, que é empregado de carreira; e Benigno López, como diretor jurídico executivo, além de Spalding, que passa a responder pela Diretoria Geral.

Segundo Spalding, o desafio mais imediato é colocar em operação a linha de 500 kV. O sistema inclui obras de ampliação da subestação da margem direita da Itaipu e a construção de 347 quilômetros de linhas de transmissão e de 759 torres para levar a energia gerada na usina até Assunção, capital do Paraguai.
 
Os testes operacionais com a linha devem começar em setembro. A expectativa é que até outubro o sistema entre em funcionamento. O Paraguai é um grande produtor de energia, mas não dispunha – pelo menos até agora -- de infraestrutura suficiente para levá-la até a capital do país.
 
“Ter a possibilidade de contar com mais energia em Assunção, é fundamental para garantir novos investimentos para o país, sobretudo no setor industrial”, afirmou o diretor-geral paraguaio. Ele complementou que a obra vai possibilitar mais desenvolvimento para que o Paraguai possa erradicar a pobreza e criar mais postos de trabalho.
 
“Queremos acelerar essa fase (de transição) para que cada um de nossos diretores comece já a trabalhar em prol do desenvolvimento dos dois países”, disse Spalding.
 
Mudança administrativa
 
Spalding disse que quer dar uma caráter técnico à administração paraguaia e que pretende liderar pelo exemplo, atuar de forma transparente, com toda honestidade e austeridade que o cargo exige. “Atuei 17 anos no setor público e quatro no particular. E essa sempre foi minha forma de trabalhar”, afirmou. 

O diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, que também responde pela Diretoria Técnica Executiva, disse que uma mudança de diretoria sempre gera uma grande expectativa. Desde 2003, quando assumiu a Diretoria Geral Brasileira de Itaipu, Samek já conviveu com sete diretore-gerais paraguaios - Spalding é oitavo.
      
Samek contou que, depois da posse de Horácio Cartes, teve uma conversa com o presidente paraguaio, na sede da Itaipu, em Assunção, no Paraguai. “Tudo aquilo que o presidente disse que espera da Itaipu coincide com o que nós esperamos. A opção por um perfil técnico para nomear seus diretores nos dá tranquilidade de que vamos fazer um boa parceria”, diz o DGB.