A Itaipu Binacional informa que, apesar do compromisso da empresa e de todos os esforços para a conservação da biodiversidade em suas áreas protegidas, dois criminosos conseguiram invadir o perímetro da usina e mataram a tiros uma fêmea de veado bororó (Mazama nana), espécie classificada como vulnerável no Paraná. Os invasores foram surpreendidos pela segurança da Itaipu logo após o crime, pouco antes da meia-noite de sábado (2).

Diante da aproximação de seguranças de serviço, os criminosos fugiram, embrenhando-se na mata e abandonando o animal abatido, bem como uma espingarda calibre 32, uma faca, três lanternas e uma fisga de ferro. O corpo do veado, abatido com um tiro na altura do pescoço, foi encaminhado para o hospital veterinário da Itaipu, onde será submetido a avaliação e necrópsia. Vale destacar que a Lei de Crimes Ambientais (9.605) prevê penas de seis meses a um ano para caça ilegal, e pena de três anos para porte de arma ilegal. No caso, as duas penas seriam acumuladas.

A notícia é especialmente lamentável para a Itaipu, uma vez que na sexta-feira (1), a equipe da área de conservação da biodiversidade comemorou o registro fotográfico, por um empregado da empresa, de dois exemplares dessa espécie pastando tranquilamente nas proximidades do Mirante Central da Usina, coroamento do esforço que a binacional sempre empreendeu em suas áreas protegidas. Essa observação foi considerada como um excelente indicador dos resultados alcançados até agora.

A Itaipu se compromete a reforçar não só as suas ações de segurança, mas também as ações de educação ambiental junto às comunidades do entorno da usina, para que situações como essa não voltem a acontecer.

As áreas protegidas da Itaipu e em especial o Refúgio Biológico Bela Vista são alguns dos poucos espaços em que o veado bororó ainda pode ser encontrado na natureza, o que faz dessas unidades um verdadeiro “refúgio”, e é motivo de orgulho para a empresa.

No Brasil e no Paraná, a espécie veado-bororó é considerada vunerável e criticamente em perigo no Rio Grande do Sul. Essa classificação é estabelecida pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, em inglês). A organização estabelece nove categorias para estabelecer o grau de perigo de uma espécie: Extinta (EX), Extinta na natureza (EW), Em perigo crítico (CR), Em perigo (EN), Vulnerável (VU), Quase ameaçada (NT), Segura ou Pouco preocupante (LC), Dados insuficientes (DD) e Não avaliada (NE).