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No coração de Itaipu: inspeção no gerador
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24/03/2009

“Manutenção é limpeza”. Esta é a filosofia do técnico especializado Paulo Henrique de Nóbrega, da Divisão de Manutenção de Equipamentos de Geração (SMMG.DT), responsável pela equipe da Elétrica na manutenção do gerador da U07.

 

Enquanto a turma da Mecânica se empenha na troca dos radiadores, o time da Elétrica, com flanelas e outros aparatos, faz o seu trabalho de limpeza e inspeção do gerador.

 

Nesta atividade, o pessoal da SMMG.DT se divide em três frentes de trabalho. As três esmiuçam todas as conexões elétricas do gerador, desde escovas de 60 mm, no interior do anel coletor, até barras estatóricas de 4 metros de altura, no estator.

 

Antes, uma tela mental: visualize o rotor conectado à turbina e girando a toda velocidade. Em volta dele, o estator paradinho, repleto de barras de cobre. Desta interação é criado o campo magnético que resulta na energia de Itaipu. Isso, bem em linhas gerais.

 

Pois, para criar esta energia, é preciso uma indução eletromagnética, uma excitação inicial. No anel coletor, um compartimento interno logo abaixo das tampas de fechamento da unidade geradora, o pessoal da elétrica fez inspeção das escovas de grafite. São elas que levam a excitação inicial ao gerador.

 

Mas então é a vez das flanelas entrarem em ação. Em uma área chamada “barramento circular”, ainda no gerador, a equipe de Nóbrega limpa as barras do estator. “Limpeza é manutenção preventiva”, tornou a ensinar o professor. Há duas semanas, Nóbrega capacitou uma turma de técnicos em solda nas barras estatóricas, sempre frisando esta lição inicial.

 

Olhos biônicos

 

Segundo Nobrega, trabalhar no gerador exige “auto-controle” dos técnicos. Cada ferramenta que entra tem que ser registrada. Nada fica no gerador. “Um pequeno alfinete entre as bobinas pode gerar um grande problema”, conta. As pontas metálicas podem corroer as barras, chegando ao limite de parar toda uma máquina.

 

Depois de usar uma simples flanela, então, a equipe da Elétrica, com apoio do Laboratório (SMIL.DT), usa um equipamento de 37 mil dólares para buscar pequenos objetos eventualmente soltos no gerador. Uma câmera faz as vezes de olhos dos técnicos; se esgueira pela peça, capta imagens e as transmite a um monitor. Lugares invisíveis a olho nu podem ser observados.

 

“Quando trabalhamos aqui dentro temos que esquecer o mundo lá fora; temos que nos concentrar e nos focar neste trabalho”, conclui Nóbrega.