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No coração de Itaipu: inspeção no eixo da turbina
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25/03/2009

Os turistas que fazem a visita especial se impressionam com o girar constante do eixo da turbina. Mas, na máquina 07, o eixo está parado e bem travado.

 

Por ali, a equipe da Técnica se empenha na manutenção do sistema regulador de velocidade, dando continuidade à inspeção quadrienal da unidade geradora.

 

Foram desmontados os dois servomotores e retirados um a um os 24 mancais intermediários, peças que ficam entre as palhetas e o aro de operação, impedindo que a água da caixa espiral suba até a tampa da turbina. Calma, é muito termo técnico para pouca explicação. Como o pessoal da Manutenção, vamos por partes.

 

O sistema mantém constante a velocidade de rotação da turbina, garantindo a qualidade da energia de Itaipu. Ou seja, sempre na frequência de 50 ou 60Hz, dependendo da unidade geradora. Mas como isso acontece? Quem nos explica é o técnico especializado Gilvan de Souza, da SMMU.DT, responsável pela manutenção mecânica do sistema regulador de velocidade.

 

Segundo Gilvan, é o sincronismo de várias peças que mantém a velocidade constante. São dois poderosos braços hidráulicos – os servomotores – de 10 toneladas cada, que giram um aro de operação de 80 toneladas. Este aro se conecta a 24 palhetas (sete toneladas cada, não perca a conta), localizadas entre a roda da turbina e a caixa espiral. O abrir e fechar dessas palhetas leva maior ou menor quantidade de água da caixa espiral à roda da turbina. Ufa! Você conseguiu acompanhar a explicação técnica até aquui? Pois tem mais.

 

Um forte abraço

 

Para girar o aro, como um DJ faz com um disco de vinil, os braços hidráulicos dos servomotores exercem uma força de 700 toneladas. Números grandiosos e uma precisão de milímetros. O movimento exige uma quantidade grande de óleo: 15 mil litros armazenados em três reservatórios e em outras tubulações do sistema. O óleo passou por um processo de filtragem e os reservatórios foram inspecionados.

 

A vedação dos servomotores, para impedir que este mundo de óleo vaze, também passa por mudança. “O sistema de vedação original é da década de 80”, disse Gilvan com um arco de borracha na mão. O arco, ou gaxeta no nome técnico, passa a ser de poliuretano, bem mais resistente e eficiente. São dois por servomotor.

 

Já os mancais intermediários têm uma função parecida: impedir que a água suba pelas palhetas até a tampa de distribuição, no eixo da turbina. “As palhetas são peças móveis, por isso precisam de uma vedação para que a água não suba”, explicou Cláudio Urbano de Mattos, da SMMU.DT, responsável pela turbina. E ele fecha com mais números: as 24 peças, de duas toneladas cada uma, foram inspecionadas. Aquela que mostrou vazamento teve a vedação substituída.