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No coração de Itaipu: a inovação da Eletromecânica
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26/03/2009

Uma luz acendeu na cabeça do soldador Adilton Victoriano, 8 anos de Itaipu, e na do caldeireiro Jefferson Gilberto, 3 anos, quando lhes chegou o projeto para mais um trabalho na Oficina Eletromecânica. “Por que não fazer diferente?”, pensaram.   

 

 

A ideia rendeu mais uma economia para Itaipu e mostra que, mesmo quando está programada a parada da unidade geradora, há espaço para inovação.

  

Foi assim na modificação de uma tubulação hidráulica na cota 98 (veja nas próximas matérias da série “No coração de Itaipu”), atividade feita durante a manutenção da U07. O time da Engenharia de Manutenção fez o desenho, levou o projeto à Oficina Eletromecânica e o engenheiro mecânico José Augusto Azevedo, responsável pela Oficina, encaminhou para ser executado pelos técnicos. Adilton e Jefferson entraram em ação.

 

“Quando recebemos o projeto, vimos que a tubulação poderia ser feita com menos curvas”, disse Jefferson. A ideia ganhou o aval de José Augusto e, depois da aprovação da Engenharia, foi feita a mudança no projeto.

 

“Tivemos uma economia muito grande em material e tempo de serviço”, orgulha-se José Augusto. A inovação será realizada nas manutenções quadrienais das 20 unidades geradoras. Em números, a economia total é de 20 curvas de tubulação, as 40 soldas necessárias para essas curvas e 60 suportes. Além, claro, da economia do trabalho para se fazer tudo isso.

 

A força da Oficina

 

Os técnicos da Oficina Eletromecânica mostram que não brincam em serviço quando o trabalho é descascar abacaxis. Vocês bem se lembram das trocas da vedação nos braços dos servomotores: toda a equipe da mecânica estavaconcentrada na máquina quando, opa!, umas das travas hidráulicas emperrou.

 

Mexe daqui, mexe dali e nada. “Percebemos que se continuássemos fazendo força poderíamos danificar a peça”, explicou Gabriel Caballero (SMMU.DT), responsável pela área mecânica da turbina, do regulador de velocidade e da tomada d’água. A saída foi criar uma ferramenta especialmente para retirar essa peça.

 

Aí é por conta do pessoal da Oficina. Foi o próprio Caballero quem fez o desenho – dois anéis que se encaixariam na peça. Os técnicos da Oficina fizeram a caldeiraria e a usinagem da ferramenta, o time da mecânica a aplicou na peça e, voalá, conseguiram soltar a trava.