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Meio Ambiente
A multiplicação dos peixes no Ocoy
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07/04/2009

Técnicos da Itaipu colaboraram com a despesca na reserva de Tekoha Ocoy, em São Miguel do Iguaçu, na última quarta-feira, dia 1º de abril. 

 

A despesca é a retirada de peixes dos tanques-redes. Ela acontece quando os peixes atingem o tamanho ideal para consumo, após um período médio de três meses de cultivo.

 

O coordenador do projeto Sustentabilidade das Comunidades Indígenas da Itaipu, João Carlos Bernardes, da Divisão de Ação Ambiental (MAPA.CD), além de Celso Buglione Neto e Alderico Coltro, da Divisão de Reservatório (MARR.CD), estiveram na reserva e, além de ajudar na despesca, também auxiliaram na distribuição dos peixes para os índios.

 

O trabalho integra as ações do programa “Mais Peixes em Nossas Águas”. Foram coletadas mais de mil unidades nessa última despesca, todos da espécie pacu, natural da Bacia do Paraná, resultando em pouco mais de uma tonelada de peixes. Eles foram distribuídos para as 122 famílias indígenas da comunidade.

 

A criação de peixes em tanques-redes dá aos índios autonomia na produção e complementa, de forma nutritiva, a alimentação de toda a aldeia – processo que conta com a participação ativa da binacional. A despesca acontece uma ou duas vezes por mês, ao mesmo tempo em que mais alevinos são lançados aos tanques. “Isso garante peixes durante praticamente o ano todo para a reserva”, afirma Bernardes.

 

Criadouros

 

A parceria entre Itaipu e a comunidade Ocoy acontece desde 2005, quando dez tanques-redes foram instalados para abrigar os alevinos. A pedido da comunidade, em 2006 o número subiu para 20 e, desde 2008, 40 tanques funcionam como criadouros naturais. A empresa apoia dando orientação técnica para auxiliar no trabalho de criação dos peixes, fornece ração e os juvenis que habitarão os tanques antes da despesca. Os índios são responsáveis por alimentar os peixes e fornecer mão-de-obra para preservar as gaiolas.

 

Nutrição

 

Segundo Marlene Curtis, gerente da MAPA.CD, a criação de peixes em tanques-redes é apenas uma das ações apoiadas pela Itaipu para a subsistência dos índios. “Outra é o suporte que damos ao plantio de alimentos e à produção e comercialização de artesanato”, ressalta. De acordo com a gerente, um dos marcos dessa parceria foi a construção, feita pela Itaipu, no ano passado, de um Centro de Nutrição e Artesanato na comunidade Ocoy.

 

No local, um grupo de mulheres se reúne diariamente para produzir artesanato, garantir renda familiar e o fortalecimento cultural da comunidade. No centro também é realizado um acompanhamento semanal nutricional das crianças, em parceria com a Pastoral da Criança, Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Prefeitura de São Miguel do Iguaçu”, afirma