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Jair Bolsonaro reafirma compromisso do País com construção das pontes entre Brasil e Paraguai
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26/02/2019

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou, na manhã desta terça-feira (26), o compromisso do País com a construção de duas pontes entre Brasil e Paraguai. A declaração foi feita durante a solenidade de posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, no Edifício de Produção da usina hidrelétrica, em Foz do Iguaçu (PR). A cerimônia contou com a presença do presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez, entre outras autoridades dos dois países.


Bolsonaro discursa na posse de Silva e Luna. Fotos: Alexandre Marchetti.

“A segunda ponte sobre o Rio Paraná e a sobre o Rio Paraguai são de fundamental importância para os nossos povos. Contem com o apoio de nosso governo para concretizar este objetivo”, anunciou Bolsonaro, ao lado do novo diretor-geral brasileiro. Foi a primeira vez que o novo governo brasileiro endossou publicamente as tratativas iniciadas no ano passado para a construção das duas pontes.

Bolsonaro e o presidente paraguaio se encontrarão novamente no dia 12 de março, em Brasília. “Vamos tratar de temas relevantes, nas questões políticas, econômicas, comerciais e de cooperação”, afirmou Benítez. “Seguramente vamos avançar em nosso projeto de integração física com a construção de duas pontes”, concluiu o presidente paraguaio.


Jair Bolsonaro e o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez: integração.

A assinatura da declaração presidencial que autorizava a construção das duas pontes foi feita em dezembro do ano passado, também na usina de Itaipu, pelo então presidente brasileiro, Michel Temer, e pelo presidente paraguaio, Mario Benítez. As pontes serão construídas sobre o Rio Paraná, ligando Foz do Iguaçu (PR) e Presidente Franco (PY), e sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY). Conforme determinação dos dois governos, a Itaipu Binacional financiará a obra e seguirá orientação da Advocacia-Geral da União (AGU), respeitando a natureza jurídica da empresa.

Integração regional

A cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro foi o momento para os dois países sócios da Itaipu Binacional, Brasil e Paraguai, reafirmarem também o compromisso da empresa com a integração regional. Antes do início da solenidade, os presidentes brasileiro e paraguaio se reuniram em um encontro bilateral. Além do tema das pontes, eles trataram de outras questões como o combate conjunto ao crime organizado na fronteira e a relação comercial.


Novo diretor-geral recebe presidente Bolsonaro na usina de Itaipu.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro lembrou a história da construção da usina hidrelétrica e a importância da empresa para o desenvolvimento regional. “Designei para comandar Itaipu um contemporâneo da Academia Militar das Agulhas Negras”, afirmou o presidente sobre o novo diretor-geral brasileiro. “Desejo a você os mais sinceros votos de sucesso nesta nova missão, para que possamos trazer ainda mais prosperidade para o povo brasileiro e nosso querido povo paraguaio.”

Mario Benítez corroborou sobre a responsabilidade que o general Joaquim Silva e Luna terá ao lado do diretor-geral paraguaio, Jose Alberto Alderete, em administrar a binacional. “Tem o grande desafio de conduzir o maior empreendimento de produção de energia elétrica do mundo”, disse. “A Itaipu Binacional é orgulho de brasileiros e paraguaios e se transformou em um pilar de desenvolvimento para Brasil e Paraguai.”


Silva e Luna assina termo de posse ao lado de Bento Albuquerque e Ernesto Araújo.

Termo de posse

A assinatura do termo de posse foi feita pelos ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e pelo diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna.

O general é o 13º diretor-geral brasileiro da empresa. “Embora tudo esteja em permanente evolução, sabemos que a missão não é construir uma nova obra, mas prosseguir aperfeiçoando o trabalho dos que nos antecederam, de modo a deixar para as novas gerações uma plataforma melhor, que sirva de base para novos avanços”, afirmou.


Após transmissão de cargo, presidente concedeu entrevista coletiva.

União fortalecida

Em dezembro de 2018, os governos do Brasil e do Paraguai anunciaram, em um encontro na Itaipu Binacional, a construção de duas novas pontes ligando os dois países, com o objetivo de fortalecer o processo de integração regional e melhorar a infraestrutura para o comércio e o turismo. Uma das pontes será sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu (PR) e Presidente Franco, cidade vizinha a Ciudad del Este. A outra obra será no Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e o município paraguaio Carmelo Peralta.

A ponte que vai ligar Foz a Presidente Franco já foi licitada e a obra contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), em 2014. O projeto, no entanto, não teve continuidade e agora será retomado com recursos de Itaipu. A obra tem custo previsto de R$ 302,5 milhões (considerando estrutura e desapropriações), além de R$ 104 milhões para a construção de uma perimetral no lado brasileiro.


Presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo e autoridades brasileiras e paraguaias.

A ponte será do tipo estaiada, com duas torres de sustentação de 120 metros de altura. O projeto prevê pista simples, com acostamento e calçada. A extensão é de 760 metros, com vão livre de 470 metros. A estimativa é que as obras sejam concluídas em até três anos.

Já a perimetral terá 15 quilômetros e vai ligar a BR-277 à aduana da Argentina e à nova ponte. O valor de R$ 104 milhões contempla os custos do projeto, desapropriações, construção de quatro viadutos e duas aduanas (uma na cabeceira da nova ponte e outra na fronteira com a Argentina). A obra já foi licitada pelo Dnit, mas o resultado ainda não foi homologado.

Com a nova ligação Foz-Presidente Franco, a Ponte Internacional da Amizade, hoje saturada, será exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo. Essa ponte é hoje o principal corredor econômico entre o Brasil e o Paraguai e ajudou a transformar o município paraguaio na terceira maior zona franca do mundo.

O acordo entre os dois países define que a margem paraguaia de Itaipu vai arcar com os custos de construção da ponte no Mato Grosso do Sul e a margem brasileira entrará com recursos para a ponte em Foz do Iguaçu. A expectativa é que a ponte no Rio Paraguai tenha as mesmas características e os mesmos custos das obras que serão realizadas no Rio Paraná.