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Meio Ambiente
Itaipu vai levar experiência com biogás a estados do Codesul
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05/04/2011

A Itaipu deverá colaborar com os governos do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul no desenvolvimento de projetos de aproveitamento de dejetos da agropecuária para a geração de energia. A sinalização de parceria entre os governos estaduais e a binacional ocorreu após a apresentação do diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, sobre a Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, nesta segunda-feira (4), na posse do novo presidente do Codesul, o governador Tarso Genro (RS).

O Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) reúne representantes dos governos dos três estados da Região Sul e também o Mato Grosso do Sul. “Foi uma reunião excelente. Há uma percepção muito clara do enorme potencial de desenvolvimento desse tipo de geração de energia. E também da importância que isso tem dentro da política nacional de descarbonização da matriz energética”, afirmou Samek (à esq).

O diretor falou sobre as unidades de demonstração da Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, que já estão gerando sua própria eletricidade e até comercializando o excedente para a Copel. Nas próximas semanas, técnicos do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul deverão visitar o Oeste Paranaense para conhecer de perto essas iniciativas.

O encontro também serviu para reforçar a parceria da Itaipu com o governo do Paraná. Copel, Emater e Iapar têm cooperado diretamente com a Itaipu em projetos como o Condomínio de Energias Renováveis da Agricultura Familiar, localizado na microbacia do Rio Ajuricaba, em Marechal Cândido Rondon.

Para o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Cícero Bley, tanto os governos como a iniciativa privada estão começando a perceber que há no meio rural um produto com o mesmo peso do etanol, com a diferença que o biogás pode ser gerado em pequenas propriedades, enquanto o álcool depende de grandes extensões de terra e usinas de cana.

“A geração de energia a partir do biogás tem uma característica descentralizada e complementar ao modelo de grandes usinas do setor elétrico nacional. Juntas, essas duas formas de geração de energia resultam em um modelo com ainda mais segurança energética”, explicou Bley.

Segundo o superintendente, o governo federal vem desenvolvendo uma política nacional para estimular esse tipo de projeto, por meio dos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. E a Itaipu vem se colocando como um elo de ligação entre o governo, o setor elétrico e o setor produtivo agropecuário para viabilizar esses projetos.

“No caso do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, por exemplo, a Anvisa vem determinando uma reorganização do setor produtivo do fumo. E a agroenergia surge como uma excelente alternativa de geração de renda para os produtores que precisam encontrar uma nova vocação”, disse.