Líder mundial na geração de energia limpa e renovável

Meio Ambiente
Itaipu registra o nascimento do quinto filhote de harpia em cativeiro
Tamanho da letra
02/02/2011

Veterinários, biólogos e tratadores do Refúgio Biológico Bela Vista de Itaipu comemoram mais um sucesso do projeto de reprodução de harpia em cativeiro. Agora já são cinco filhotes da ave reproduzidos no local. O mais novo integrante da família nasceu há duas semanas e passa bem.
      
O projeto de reprodução das harpias em cativeiro, desenvolvido pelos veterinários e biólogos de Itaipu, em breve vai virar documento para orientar, em outros lugares do País, a reprodução desses animais ameaçados de extinção. A mais forte ave de rapina do mundo, a harpia atinge quase um metro de altura e chega a pesar até nove quilos.
     

O nascimento do bebê-harpia foi registrado no último dia 16. A ave nasceu com 73,8 gramas e, agora, com 15 dias de vida, está pesando 514 gramas. A reprodução de harpia em cativeiro é muito difícil. Por isso, o filhote recebe atenção especial: é mantido numa incubadora com temperatura e umidade controladas.

        
Além disso, ave recebe diariamente cinco refeições – a comida é servida diretamente na boca, com a ajuda de uma pinça. Ainda não é possível saber qual é o sexo da harpia, isso porque a identificação é feita com base na curva de crescimento da ave. As fêmeas crescem mais.
       
A vida boa não para por aí. Para se desenvolver, ficar forte e, ao mesmo tempo, saudável, o filhote recebe vários estímulos. A mordomia inclui a reprodução do canto de outras harpias, uma espécie de aconchego longe dos braços da mãe.
      
Câmaras de cria
     
No criadouro do Refúgio de Itaipu, as harpias são reproduzidas em ambientes sem nenhum contato visual com o espaço externo. O recinto tem apenas uma abertura na parte superior para o banho de sol. A comida é colocada por um cano de PVC. Esta medida ajuda a evitar o vínculo alimentar com o ser humano, que pode interferir na reprodução.
     
O início
       
O primeiro exemplar macho de harpia chegou ao Refúgio no dia 2 de setembro de 2000. A ave tinha cerca de dez meses de idade e pesava 3,5 quilos. A harpia foi encontrada pela Polícia Civil num bairro de Foz do Iguaçu. Dois anos depois, veio uma fêmea. A ave foi enviada pelo zoológico de Brasília, um voto de confiança importante para o sucesso na formação do casal.
    
De abril de 2002 a julho de 2004, cada um vivia num recinto diferente. Os veterinários decidiram investir na formação de um casal. O casamento seria a consequência natural de um longo namoro a distância. Inicialmente, os dois tiveram contato visual e auditivo por uma janela de aproximação instalada entre os dois recintos.
             
A ‘barreira’ foi quebrada em novembro de 2005. Em março de 2006, houve a primeira postura. E, depois, várias outras, sem sucesso. Em 2009, dois filhotes sobreviveram. E em 2010 nasceram e sobreviveram outros dois.  No mesmo ano, em dezembro, o refúgio recebeu do Parque das Aves uma harpia macho. A família cresceu com o nascimento do quinto filhote, agora, em janeiro.