O Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), da Itaipu, recebeu na última sexta-feira (30) um filhote de onça-pintada capturado na Ilha de Marajó, no Pará. O animal, uma fêmea com aproximadamente quatro meses de idade e oito quilos, passa por período de quarentena para ambientação e avaliação médica.

O biólogo Marcos de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas de Itaipu, explicou que a onça estava no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Macapá (AP), após ser capturada no Pará. A mãe do animal teria sido abatida por caçadores.

De acordo com Marcos de Oliveira, a decisão de transferir a onça para Foz do Iguaçu partiu do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “O animal precisava de cuidados especializados e por isso decidiram enviá-lo para cá”, explicou.

Juma e Valente

O RBV mantém outras três onças-pintadas: os machos Tonhão e Valente e a fêmea Juma. Os dois últimos animais estão em exposição e são as maiores atrações do Zoológico Roberto Ribas Lange, dentro do RBV.

A ideia, segundo Marcos, é que o novo animal, no futuro, seja integrado ao programa de reprodução da unidade. Única fêmea do refúgio, Juma, com mais de 20 anos de idade, não está mais em fase reprodutiva.

“O primeiro passo será a verificação do estado de saúde, com exames detalhados, e a adaptação ao cativeiro. Na sequência, vamos preparar um local adequado para o animal”, disse Oliveira.

Outras apreensões

Na última semana, o Refúgio Biológico recebeu outros cinco animais: um filhote de jaguatirica, que também veio do Pará; dois tamanduás – um apreendido na região e outro em Santa Catarina; uma lontra e um furão – ambos apreendidos em Santa Catarina. Todos são machos e passam por período de quarentena.

De acordo com o médico veterinário Wanderlei de Moraes, da MARP.CD, inicialmente os animais ficarão no Hospital Veterinário; posteriormente, se tiverem condições de exposição, serão transferidos para o Zoológico Roberto Ribas Lange. Caso sejam incluídos nos projetos de reprodução em cativeiro do refúgio, irão para o Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu Binacional (Casib).