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Itaipu propõe centro de proteção de estruturas estratégicas
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29/08/2013

Foz do Iguaçu, no Paraná, poderá abrigar o primeiro Centro de Estudos Avançados em Proteção de Infraestruturas Críticas da região Sul do País. A ideia é que o centro ofereça serviços que envolvam inteligência, desenvolvimento de metodologias e certificações, além de um laboratório de segurança eletrônica, de comunicações e cibernética.

A proposta foi apresentada nesta quinta-feira (29), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), pelo assessor de Informações da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu Binacional, coronel Carlos Roberto Sucha, durante o 1º Seminário sobre Proteção e Infraestruturas Críticas (IEC Foz 2013).

Um protocolo de intenções para a criação do centro foi assinado pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek; pelo diretor do Departamento de Segurança de Informações e Comunicações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Raphael Mandarino Jr.; pelo comandante do Centro de Defesa Cibernética do Exército, José Carlos dos Santos; e pelo gerente do Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (Proteger), José Fernando Iasbech – entre outras autoridades.

“Temos obrigação de proteger o que é patrimônio dos países, de nosso povo. Com esta iniciativa, poderemos compartilhar conhecimento, capacitar pessoas e trabalhar forte para a segurança”, afirmou Samek.

Para o diretor-geral brasileiro de Itaipu, o desenvolvimento do País e a exploração de petróleo na camada de pré-sal exigem reforço em áreas estratégicas, especialmente na segurança cibernética. “Tecnologias novas exigem um olhar mais expressivo para essas questões e isso deve ser feito de forma integrada, considerando nossos vizinhos latino-americanos”, concluiu.

Objetivos

Segundo Sucha, a proposta do novo centro de estudos avançados tem o objetivo inicial de mapear, classificar e oferecer soluções para elevar os níveis de segurança estratégica da própria Itaipu, com a adesão e o envolvimento das áreas internas. Em seguida, atuaria nas empresas do setor elétrico e também na região compreendida pelas fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai.

No futuro, a nova estrutura poderia fornecer metodologias, serviços e soluções tecnológicas para outros países vizinhos, transformando-se em referência dentro da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Poderia, ainda, avaliar e certificar estruturas estratégicas do Brasil e do exterior em relação ao nível de segurança.

“Estamos pensando em segurança em um sentido mais amplo, abrangendo também nossos vizinhos”, comentou Sucha. “E queremos olhar a segurança como necessidade social. Dependendo do nível alcançado, você melhora a qualidade de vida das pessoas e garante a sobrevivência de indivíduo e instituições”, completou.

Ainda segundo o coronel, a ideia é que o centro seja criado em três fases, com dois anos de implantação. Parcerias com órgãos que atuam na segurança nacional estão sendo articuladas por Itaipu – como o próprio Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Centro de Defesa Cibernética do Exército, Polícia Federal, Ministério das Comunicações, Sistema Proteger e o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), entre outros.

Definição

Estruturas estratégicas são definidas como todas as instalações, bens e serviços que, em caso de interrupção ou destruição total ou parcial, poderiam provocar impacto social, ambiental, econômico, político, de relações internacionais ou à segurança do Estado e da sociedade.

É o caso do setor elétrico, ao qual Itaipu está conectada. “A energia é um vetor que talvez tenha o maior impacto na relação de interdependência. A falta de energia poderia prejudicar diversas áreas – as comunicações, o transporte, as finanças. Por isso, são estruturas que precisam de um instrumento especial de proteção”, afirmou Carlos Sucha.

Segundo ele, o projeto de Itaipu prevê a atuação do futuro centro em quatro grandes áreas: recursos humanos (para fomentar a mentalidade estratégica); cultura (desenvolver normas e metodologias); inteligência (acompanhamento dos indicadores de proteção); e ciência e tecnologia (laboratório de segurança eletrônica, de comunicações e cibernética).

“A sociedade, como um todo, muitas vezes só pensa em segurança quando há uma ameaça perceptível. Por isso, não age e é reativa quando surge o imprevisto. A ideia aqui é que sejamos proativos, ou seja, que analisemos os riscos antes que os problemas surjam. E, assim, possamos agir preventivamente”, completou Sucha.