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Itaipu e PTI conquistam Prêmio Ozires Silva
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12/02/2010

As ações de apoio ao empreendedorismo sustentável desenvolvidas pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em parceria com o Centro Internacional de Hidroinformática (CIH) e com a Itaipu Binacional, por meio do programa Cultivando Água Boa, resultaram na conquista do Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável, na categoria  “Empresa de Social ou Cívica de Médio Porte”. Além dessa conquista, quatro empresas integrantes do programa  PTI Empreededorismo foram contempladas com o prêmio.


Juan Carlos Sotuyo, Antonio José Correia Ribas,
Cícero Bley Junior, Antonio Fernando Terna

Machado e representantes das empresas
incubadas no PTI, também vencedoras do prêmio.


Promovida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), a premiação destaca as principais iniciativas empreendedoras e sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento local e regional. O nome do prêmio leva o nome de Ozires Silva, um dos maiores empreendedores brasileiros e fundador da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

A entrega da premiação foi na noite de quarta-feira (10), em Curitiba, e contou com a presença do assistente do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Antonio José Correia Ribas, do coordenador do Centro Internacional de Hidroinformática, Cícero Bley Junior, do diretor-superintendente da Fundação PTI, Juan Carlos Sotuyo, e do gerente do programa PTI Empreededorismo, Antonio Fernando Terna Machado.

Empregos e sustentabilidade


O empresário que dá nome ao prêmio, Ozires Silva, também participou da premiação. Em seu discurso,
ele chamou a atenção para um aspecto importante,
que é o desenvolvimento do processo educacional.

 

No case vencedor, “PTI: Fabricando Empreendimentos a Serviço da Sustentabilidade”, foram destacados os esforços direcionados à conscientização do empreendedorismo e à conservação do meio ambiente, por meio da geração de novas empresas. O trabalho realizado beneficiou a sociedade com a geração de sete empresas, localizadas em municípios da Bacia do Paraná 3, no Oeste do Paraná.

Essas empresas têm contribuído para o desenvolvimento de ações socioambientais voltadas à redução do impacto ambiental diagnosticado anteriormente na região. Ao mesmo tempo, o programa promoveu a geração de oportunidades de trabalho, fortalecendo a economia local, e adotou uma metodologia de participação da comunidade.

A primeira etapa do programa, iniciado em 2008, foi o lançamento do edital de pré-incubação para interessados em desenvolver trabalhos ambientais na Bacia do Paraná 3. O objetivo era promover a pré-incubação de equipes concentradas nas áreas de Educação Ambiental, Elaboração de Projetos de Adequação Ambiental de Produtores Rurais e Monitoramento e Avaliação Ambiental.

Ao todo, foram sensibilizadas 187 pessoas, originárias das instituições de ensino superior de Foz do Iguaçu, Medianeira, Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon. O resultado desse processo foi a criação de sete empresas: uma para a prestação de serviços na área de Educação Ambiental; duas para a prestação de serviços de Monitoramento Participativo de Rios; e quatro para a prestação de serviços de Elaboração de Projetos de Adequação Ambiental de Propriedades Rurais.

Atualmente, das empresas criadas, seis estão executando seus contratos sob a gestão do CIH e com o apoio da equipe técnica da Diretoria de Coordenação de Itaipu e do PTI Empreendedorismo.

O coordenador do CIH, Cícero Bley, lembrou que, quando os projetos de planejamento ambiental começaram a ser discutidos, havia a opção de trazer grandes empresas e universidades para executá-los. Porém, segundo ele, a Itaipu e o CIH optaram por criar uma estrutura regional com vocação para o planejamento ambiental, por meio da capacitação e incentivo à criação de novas empresas na área. O resultado, segundo Cícero, é que hoje essas empresas desenvolvem projetos de alta qualidade, que têm mobilizado a atenção de agências de fomento, como o BNDES e a Agência Francesa de Desenvolvimento.

“O Brasil tem dinheiro para investir em projetos de sustentabilidade. O que falta são bons projetos. Essas empresas desenvolveram mais de 5 mil projetos de planejamento ambiental, que estão se tornando referência nacional”, afirmou Cícero.

A premiação


Premiação destaca iniciativas empreendedoras e sustentáveis.

O Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável foi concedido nas seguintes modalidades: Empreendedorismo no Setor do Agronegócio; Empreendedorismo no Setor Industrial; Empreendedorismo no Setor de Comércio e Turismo; Empreendedorismo no Setor de Transporte e Logística; e Empreendedorismo Cívico/Público.

Durante a solenidade, o superintendente do ISAE/FGV, Norman Arruda Filho, destacou a importância do Prêmio que, a cada ano, busca melhorar a qualidade dos projetos premiados. Segundo ele, a premiação é um incentivo para que o empreendedorismo sustentável entre na  pautas das empresas. “As instituições estão buscando uma linha de convergência entre a inovação, o empreendedorismo e a sustentabilidade, valores que podem promover um desenvolvimento mais justo e sustentável, transformando, efetivamente, o Brasil no país do agora. O Brasil tem uma cultura empreendedora, porém é necessário desenvolver essa cultura com bases sustentáveis”, disse.

O empresário que dá nome ao prêmio, Ozires Silva, também participou da premiação. Em seu discurso, ele chamou a atenção para um  aspecto importante, que é o desenvolvimento do processo educacional. Segundo ele, o começo de tudo passa pela educação. “Eu me orgulho desse prêmio levar o meu nome e espero contribuir ainda mais para o crescimento do Brasil, assim como essa nova leva de empreendedores está contribuindo. Eles são essenciais para que o nosso país continue crescendo e se desenvolvendo da forma que desejamos”, concluiu.

Para Juan Carlos Sotuyo, a conquista permite ampliar a rede de relacionamentos das empresas. Em seu discurso, ele ressaltou as diversas iniciativas do PTI para o desenvolvimento sustentável e agradeceu aos parceiros do Parque, em especial ao CIH, ao programa Cultivando Água Boa e ao Itai – Instituto de Tecnologia em Automação e Informática.

“As ações desenvolvidas pelo PTI e seus parceiros resultaram na criação de aproximadamente 30 empresas. São empreendimentos formados por jovens de nossa região, que vêm contribuindo para o desenvolvimento sustentável da nossas cidades”, afirmou. Sotuyo também agradeceu às empresas que concorreram ao prêmio e “que muito nos honraram”.

Para o gerente do programa PTI Empreededorismo, o prêmio representa o reconhecimento dos esforços e da parceria entre o PTI, o CIH e a Itaipu Binacional. “Todos participaram da construção dessa conquista que, com certeza, é a primeira de muitas”, disse Fernando.

Ele também comemorou a premiação recebida por quatro empresas integrantes do programa PTI Empreededorismo. “Para as empresas, é um estímulo para que continuem a inovar e tenham mais visibilidade, pois, de empresas nascentes, agora são consideradas empresas diferenciadas e reconhecidas”.

Além das conquistas, Fernando também destacou o avanço considerável do programa de Empreendedorismo nos últimos dois anos. Em 2008, o programa apoiava 12 empresas. Já em 2009, o número de empresas passou para 24. A meta para 2010 é ocupar 100% dos espaços disponíveis para a instalação de empresas no PTI, além de conquistar novos recursos de subvenção nas agências de fomento e continuar inovando.

Prêmio a empresas

Quatro empresas participantes do programa PTI Empreendedorismo também receberam o Prêmio Ozires Silva: a Prognus Software Livre, a Köhler Biodigestores, a Ecovis Consultoria e Monitoramento Ambiental e a FIEL.

A Prognus, empresa especializada no desenvolvimento e no suporte profissional em soluções de software livre e programas de código aberto, foi vencedora da categoria  Empreendedorismo no Setor de Comércio e Turismo. O projeto contemplado foi a ferramenta Expresso Livre, uma solução completa de comunicação empresarial unificada para micro, pequenas e grandes empresas.

Na categoria Empreendedorismo no Setor do Agronegócio, a empresa vencedora foi a Köhler Biodigestores, que apresentou o seu principal produto: o biodigestor em fibra de vidro, que  se diferencia em relação aos demais pelo baixo custo, facilitando a sua aquisição por pequenos produtores rurais.

Já a Ecovis ganhou na categoria Empreendedorismo Cívico/Público, pela sua atuação no Programa de Monitoramento Participativo da Qualidade da Água de Rios, que é  desenvolvido em 18 microbacias de 11 municípios da Bacia do Paraná 3, e tem como uma de suas premissas a atuação da comunidade, por entender que o segmento social é o mais atingido pela falta de qualidade da água.

E, na categoria Empreendedorismo no Setor de Transporte e Logística, o prêmio foi para a empresa FIEL, que apresentou o projeto do veículo Pompéo, um inovador meio de transporte de três rodas, moderno e de custo reduzido, projetado para solucionar o transporte urbano de passageiros de forma ecologicamente correta.