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Meio Ambiente
Itaipu e Embrapa querem ampliar uso do biogás e do plantio direto
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15/02/2012

Uma parceria entre a Itaipu e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai ampliar o uso do biogás e do sistema do plantio direto no País. Pesquisadores da instituição, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estão nesta semana na hidrelétrica para definir os projetos de pesquisa para os dois temas. O encontro começou na segunda-feira (13) e vai até quinta (16), no Centro de Estudos do Biogás, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
 
A ideia é sair de Itaipu com um passo a passo das ações que serão adotadas pela Embrapa e pela binacional. No caso dos projetos sobre plantio direto, as iniciativas terão também o apoio da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP). As ações estão incluídas dentro do programa do Governo Federal para reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Até 2020, o setor agropecuário brasileiro deve deixar de emitir 1 bilhão de toneladas de CO2, dentro do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

O encontro foi dividido em dois módulos: entre segunda e terça-feira, foi definido o projeto de pesquisa para desenvolver tecnologias de tratamento de dejetos de animais, com ênfase na produção de biogás e fertilizantes. Na quarta e quinta-feira, serão traçadas as ações para a pesquisa de sistema de plantio direto.
 
Ao todo, estão envolvidos pelo menos 20 pesquisadores das unidades de Agricultura, Suíno e Aves, Solos, Agroenergia, Soja, Trigo, Meio Ambiente e da sede da Embrapa. Pela Itaipu, o trabalho é coordenado pela Assessoria de Energias Renováveis e pela Diretoria Geral Brasileira da binacional.

Tecnologia
 
Os projetos são amplos e prevêem, por exemplo, a criação de novas tecnologias para a cadeia produtiva do biogás. Entre as iniciativas que foram discutidas nessa segunda está o desenvolvimento de novos biodigestores, com maior eficiência energética e mais adequados às diversas realidades brasileiras. Outro ponto da pesquisa pretende desenvolver novos reatores biológicos, de alta eficiência, além de novas tecnologias para filtragem do biogás para a produção de biometano veicular.
 
O conhecimento adquirido por Itaipu com o biogás na Bacia do Paraná 3 deve contribuir para as pesquisas. Desde 2009, a empresa desenvolve o Condomínio de Agroenergia do Rio Ajuricaba, em funcionamento em Marechal Cândido Rondon (PR). No local, 27 famílias contam com um biodigestor integrado à propriedade e produzem 690 m³ de biogás a partir dos dejetos de animais.
  
Em relação aos projetos que estão sendo traçados nesta semana, ainda não é possível definir quantas propriedades rurais poderão ser beneficiadas em todo o Brasil, uma vez que cada item deve envolver dezenas de pesquisadores, segundo a Embrapa.