A partir desta sexta-feira (3) e até o fim do mês, a Iluminação da Barragem de Itaipu ganhará tons de rosa - símbolo da luta contra o câncer de mama em todo o mundo. A adesão à campanha Outubro Rosa é uma iniciativa binacional, brasileira e paraguaia.

A Itaipu também vai iluminar a fachada do Ecomuseu, as calotas do Parque da Piracema e o portal da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), próximo à Barreira de Controle, na entrada da usina.

É a segunda vez consecutiva que a usina adere à campanha mundial com o espetáculo de refletores e luminárias, mas a empresa já vem mantendo há vários anos atividades para lembrar o movimento e divulgar ações de enfrentamento à doença.

Para Margaret Groff, diretora financeira executiva de Itaipu, cuja área mantém o Programa Pró-Equidade de Gênero da usina, a iniciativa mostra a responsabilidade da empresa para um movimento que visa chamar a atenção sobre um aspecto importante, a prevenção.

“A Itaipu, que por si só já é grandiosa, torna-se ainda mais gigante quando adere a uma causa nobre como essa”, diz. “É bom lembrar que o câncer de mama acomete não só as mulheres, mas também os homens. Todos devem se prevenir, tomando os cuidados necessários.”

A coordenadora do Programa de Incentivo à Equidade de Gênero da Itaipu, Maria Helena Guarezi, segue a mesma linha: “Não se acomode nem se intimide; previna-se.” Quando diagnosticada precocemente, a doença tem até 95% de chance de cura.
 
No mundo

Os mais famosos monumentos ao redor do planeta ganham luzes rosa em outubro, como a Torre Eiffel, em Paris; a Estátua da Liberdade e o Empire State, em Nova York; a Casa Branca, em Washington; o Palácio de Buckingham e a Torre de Londres, na capital britânica; as Cataratas do Niágara, no Canadá; e o Taj Mahal, na Índia.

No Brasil, entre os mais conhecidos, aderem ao Outubro Rosa o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; o Palácio do Planalto, em Brasília; e o Jardim Botânico de Curitiba.

Também serão iluminados, em outras partes do planeta, vários outros monumentos, edifícios, prédios públicos, ruas, praças e pontes de vários países.
 
O mês e a doença

A cor rosa foi usada pela primeira vez como símbolo da campanha de conscientização contra o câncer de mama em 1990, quando a Fundação do Câncer de Mama Susan G. Komen, dos Estados Unidos, ofereceu bonés dessa cor a sobreviventes da doença que participavam da Corrida para a Cura, em Nova York.

Depois, em vez de bonés, foram oferecidos laços, quase uma tradição americana, que marcaram várias lutas, inclusive contra a Aids. O rosa foi escolhido por ser um símbolo feminino, já que a doença vitima mais as mulheres, e também porque é uma cor brilhante, vibrante e forte, exatamente o oposto do que o câncer representa.
   
Prevenção

Independentemente das causas, o importante é a prevenção, já que o diagnóstico precoce é fundamental para um bom resultado no tratamento da doença. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda o exame clínico anual das mamas a partir dos 40 anos de idade, e um exame mamográfico a cada dois anos para mulheres de 50 a 69 anos.

Números

A doença registra cerca de 1,6 milhão de novos casos por ano, ou um quarto de todos os tipos de câncer. No Brasil, foram 52 mil novos casos em 2013.
 
Iluminação Rosa

Os turistas e moradores de Foz do Iguaçu poderão ver a “usina rosa” às sextas e sábados, às 20h (no horário de verão, que começa no dia 19 de outubro, será às 21h).

A Iluminação da Barragem tem um público médio de 300 pessoas por noite de apresentação. O espetáculo foi criado em 2001 e renovado dez anos depois.

Como é

Na apresentação, 519 refletores e quase mil luminárias se acendem no paredão da barragem, em sincronia com uma trilha sonora criada especialmente para o espetáculo. O show de sons e luzes valoriza cada detalhe da obra de concreto, principalmente o formato de catedrais da barragem. Também fica iluminado o Painel do Barrageiro, obra do artista plástico paranaense Poty Lazzarotto, localizado ao lado do Mirante Central.  Um filme sobre a construção de Itaipu, com duração de seis minutos, é exibido antes da Iluminação.

A Iluminação da Barragem exigiu a instalação de mais de 60 quilômetros de fios, cabos e eletrodutos, que interligam os refletores, numa extensão de mil metros. A potência instalada ali daria para garantir o consumo de uma cidade de 15 mil habitantes.

A Iluminação da Barragem de Itaipu é a primeira etapa de um projeto mais amplo, que envolve também a iluminação do vertedouro. O espetáculo foi criado por Peter Gasper, um dos maiores especialistas em luminotécnica do Brasil. Gasper, que morreu este ano, foi responsável também pela iluminação do Memorial da América Latina, da Catedral de Brasília, do Palácio da Alvorada e do Museu Imperial.

Não só os turistas, mas a própria comunidade pode assistir a esse espetáculo proporcionado pelos refletores que iluminam a barragem e pela trilha sonora criada pelo diretor musical Antonio Fava. A música torna essa imagem de luz um espetáculo inigualável.